O poder mundial é limitado pela impotência humana. A onipotência é ilimitada em virtude da autoridade divina. Ou, como diz a Bíblia: “O Senhor frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos. O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do seu coração por todas as gerações. Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança” (Sl 33.10-12).
Da insegurança política
A insegurança das nações reflete-se hoje em muitas áreas:- nas discussões políticas sobre as mudanças climáticas: a única certeza, sempre manifestada por unanimidade, é a concordância em marcar a próxima reunião.
- na economia: há orgulho por causa do progresso, enquanto grandes bancos quebram e perdem bilhões.
- na instabilidade militar: a Guerra Fria volta a tomar forma.
- na mente das pessoas: a espiral de toda sorte de perturbações emocionais aumenta de forma crescente. Os psicoterapeutas prosperam.
- nas questões religiosas com relação à pergunta sempre relevante: O que é a verdade?
Os esforços humanos, por mais bem intencionados que sejam, encontram barreiras praticamente intransponíveis. Um comentário da revista alemã Stern revela esse desamparo diante das grandes questões da humanidade: “No Ocidente, hoje mais do que há algumas décadas, vê-se com mais clareza que a política e a ciência estão sendo exigidas além de suas capacidades no esforço para se criar um mundo justo”.[2] O povo de Israel sempre sofreu decepções quando confiou em homens e na política mundial. O fato desse povo ainda existir deve-se apenas ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, graças às promessas que Ele lhe fez. Essas promessas, registradas na Sua Palavra, são o penhor de que o futuro dessa nação tão atacada está assegurado. Mas Israel não encontrará segurança real enquanto não se voltar de todo o coração para seu Messias, Jesus. Alguém disse com razão: “Não precisamos de um programa, precisamos de uma pessoa”. E essa Pessoa é Jesus Cristo, “o qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes” (1 Pe 3.22).
Não é só o mundo como um todo e Israel como nação atacada que se ressentem da falta de segurança. Essa insegurança está aninhada nos corações dos homens individualmente.
Segurança profética
Estaremos nos baseando no livro de Isaías ao analisarmos o tema desta mensagem. Isaías é o legítimo “evangelista” dentre os profetas. Seu livro também costuma ser chamado de Bíblia em formato reduzido:• O livro de Isaías tem 66 capítulos, e a Bíblia tem 66 livros.
• O livro de Isaías tem duas partes principais, escritas pelo mesmo autor – a Bíblia também tem duas partes, inspiradas pelo Espírito Santo.
• Os primeiros 39 capítulos de Isaías têm como tema central o juízo divino sobre os pecados. Os 27 capítulos da segunda parte falam mais de graça e restauração; essa parte também é chamada de “grandiosa poesia messiânica”. A Bíblia, por sua vez, tem 39 livros do Antigo Testamento, muitas vezes falando do juízo. E ela tem 27 livros do Novo Testamento, cujo tema central é a graça de Deus.
• O livro de Isaías é citado ou mencionado mais de 210 vezes no Novo Testamento – apenas os capítulos 40 a 66 por mais de 100 vezes. [3]
Os 27 capítulos da segunda parte de Isaías harmonizam-se surpreendentemente com os livros do Novo Testamento. Isso não pode ser mero acaso. Vejamos alguns exemplos:
• Isaías 40 é o primeiro capítulo da segunda parte do livro; corresponde ao 40º livro da Bíblia, ou seja, ao primeiro livro do Novo Testamento (Evangelho de Mateus). Está escrito:“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. A glória do Senhor se manifestará e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse” (Is 40.3-5).
Em contraposição, lemos no Evangelho de Mateus: “Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3.3). Isso refere-se a João Batista. E no Evangelho de João está escrito:“...vimos a sua glória...” (Jo 1.14).
• Isaías 44 corresponde ao 44º livro da Bíblia, que é Atos dos Apóstolos: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes; brotarão como a erva, como salgueiros junto às correntes de águas. Um dirá: Eu sou do Senhor; outro se chamará do nome de Jacó; o outro ainda escreverá na própria mão: Eu sou do Senhor, e por sobrenome tomará o nome de Israel” (Is 44.3-5). Essa é uma maravilhosa indicação do tema central de Atos dos Apóstolos: o derramamento do Espírito Santo, as primeiras conversões e a mudança de rumo dos gentios, voltando-se para o Deus de Israel.
• Em Isaías 45 prenuncia-se o 45º livro da Bíblia, que á a Carta aos Romanos. Nesse capítulo do livro de Isaías a palavra “justiça” é salientada de forma especial, pois aparece seis vezes. Também se menciona que Israel será salvo (v.25). Isso corresponde com exatidão ao assunto da Carta aos Romanos.
• Na seqüência, Isaías 49 corresponde à Carta aos Efésios. Nesse capítulo vemos a salvação sendo oferecida também aos gentios e a declaração de que o Senhor foi dado como luz para os gentios (vv.1,6). Este é exatamente o tema da Carta aos Efésios: os gentios sendo incorporados à Igreja dos salvos (Ef 2.16-18; 3.5-6).
O rolo de Isaías com seu texto completo foi encontrado em Qumran em 1947. Esse achado foi datado como sendo do segundo século antes de Cristo, confirmando que essa escritura é inspirada por Deus em sua totalidade.
• Isaías 66 corresponde ao último livro da Bíblia, que é o Apocalipse. “...porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (Is 66.22). O tema do Apocalipse é a introdução no novo céu e na nova terra:“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra já passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (Ap 21.1-2).
O rolo de Isaías com seu texto completo foi encontrado em Qumran em 1947. Esse achado foi datado como sendo do segundo século antes de Cristo, confirmando que essa escritura é inspirada por Deus em sua totalidade. Os rolos de Qumran foram descobertos justamente na época da fundação do Estado de Israel, o que deixa transparecer uma óbvia direção divina, e o texto de Isaías recebeu muito destaque nesse achado de inestimável valor histórico. Tudo leva a crer que o Deus de Israel estava querendo estabelecer um sinal. E o que isso significa para você, pessoalmente? Significa que você pode contar com esse Deus, que pode entregar sua vida a Ele e olhar para o futuro confiando nEle!
Baseados em Isaías 40 e 41, examinemos a confiança que Deus oferece. Mas prestemos atenção a um fato: as profecias de Isaías têm um cumprimento duplo, pois retratam juntamente a primeira e a segunda vinda de Jesus.
O duplo sofrimento e o duplo consolo
“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados” (Is 40.1-2). Quando a iniqüidade de Israel estará perdoada, quando Israel receberá o perdão por seus pecados? Depois que Jerusalém receber em dobro das mãos do Senhor. Então o Senhor voltará a Sião para afastar de Israel a sua impiedade (veja Rm 11.25; Ez 36.33).Jerusalém suportou uma dose dupla: o cativeiro babilônico e o cativeiro romano (em 70 d.C.), a destruição do primeiro Templo e a destruição do segundo Templo. Duas vezes Jerusalém foi consolada: uma vez por ocasião do retorno do cativeiro babilônico sob Zorobabel e Esdras (veja Zc 4; Ag 2), e pela segunda vez no retorno do cativeiro mundial, da volta da Diáspora (Dispersão) no fim dos dias (em 1948); agora, a Igreja deveria assumir esse consolo.
No passado, tratava-se da primeira vinda de Jesus, que João Batista anunciava no espírito de Elias; hoje trata-se de Sua volta, que a Igreja apregoa.
O caminho para o retorno do Senhor em glória
A volta de Cristo se anuncia em diversas etapas:1. O contraste entre a insegurança dos povos e a segurança da eterna Palavra de Deus torna-se cada vez mais evidente (veja Is 40.6-8). Essa Palavra é retomada por Pedro, que a aplica a nosso tempo e à Igreja (veja 1 Pe 1.23-25).
2. O Arrebatamento da Igreja se delineia (veja Is 40.9-11). De Sião partiu originalmente a boa-nova do Evangelho (v.9). Ao próprio Israel precisa-se anunciar hoje: “Eis aí está o vosso Deus!” (v.9). Ele não decepciona jamais! O Arrebatamento está às portas. “Eis que o Senhor virá com poder...” (Is 40.10). Em outras palavras, Jesus voltará em glória (veja Mt 24.30). “...e o seu braço dominará” (Is 40.10). Isso significa o domínio do Messias, Ele é o braço de Deus em ação. “...eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa” (v.10).Que galardão, que recompensa é essa? É a Igreja de Jesus, já arrebatada, que voltará com Ele em glória, sendo ela o penoso fruto do trabalho de sua alma (veja Is 53.12; 2 Ts 1.7; Ap 19.11ss.). Depois de Sua volta em poder e glória junto com Sua Igreja, o Messias apascentará Seu povo como Bom Pastor (veja Is 40.11).
3. A Grande Tribulação se anuncia (veja Is 40.15-17). Ao ler uma passagem assim, muitos acusam a Deus de lidar cruelmente com a humanidade. Em seu orgulho cego e sua rejeição da vontade de Deus, essas pessoas não percebem que é Deus quem as acusa. Nações são como um grãozinho de pó para Ele. O que o homem imagina que é? Deus deixará as nações consternadas por causa de seu orgulho; não apenas as ilhas, mas até os céus e a terra serão abalados (veja Hb 12.26-27). A insegurança que se avizinha assumirá proporções nunca vistas. Catástrofes naturais se multiplicarão, ameaças de guerra aumentarão, a economia experimentará novas e profundas quedas, a paz e a segurança anunciadas para a região de Israel se converterão no contrário.
A segurança do Deus incomparável
A insegurança que se avizinha assumirá proporções nunca vistas. Catástrofes naturais se multiplicarão, ameaças de guerra aumentarão, a economia experimentará novas e profundas quedas, a paz e a segurança anunciadas para a região de Israel se converterão no contrário.
Israel é eleito: “Os países do mar viram isto e temeram, os fins da terra tremeram, aproximaram-se e vieram” (Is 41.5):Insegurança. “Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo” (Is 41.8): Segurança. A eleição de Israel baseia-se na amizade de Deus com Abraão (veja Tg 2.23) e encontra seu ponto máximo no Servo Jesus Cristo. Por isso, Deus não termina Sua amizade, pois não é como nós, seres humanos, como os políticos do mundo (veja Gl 3.17). Existe algo melhor do que ter a Deus como amigo? Se Ele é por você, quem será contra você? Nem mesmo a morte pode separá-lo do Senhor (veja Rm 8.37-39). Jesus diz: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” (Jo 15.14).
A amizade fiel de Deus ficou provada: “tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei” (Is 41.9). Primeiramente, Deus conduziu Seu amigo Abraão das extremidades da terra (de Ur na distante Caldéia) até Canaã e prometeu-lhe a terra por possessão eterna (veja Gn 17.8). O profeta Isaías não limitou sua declaração a Abraão, Ele a estendeu profeticamente até a volta final da última semente de Abraão, que é o povo judeu. Esse é o sentido da profecia para Israel e o contexto do livro de Isaías. Por isso, Isaías fala no plural:“que eu tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos... eu te escolhi, e não te rejeitei...”. Abraão, afinal, não veio das extremidades da terra nem dos seus recantos mais remotos – seus descendentes, sim. É o que vemos acontecendo há algumas décadas (veja Dt 30.4ss.). Essas gerações que descendem de Abraão não foram rejeitadas; por isso elas existem! O fato de Israel existir novamente como Estado é uma prova visível da fiel amizade de Deus com Abraão (veja Gl 3.17).
Israel não teria motivos para temer: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10). Essa conclamação a não temer é repetida nos versículos 13 e 14. o profeta antevê que seu povo sentirá medo repetidamente, até nos tempos finais; a história o confirma. É medo da opressão, do abandono, do isolamento e da insegurança. Por isso, as repetidas respostas de Deus a esses temores de Seu povo. Aqui, em Isaías, a segurança que vem de Deus ergue sua voz e fala para a situação de insegurança de Israel.
“tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei” (Is 41.9)
1. “eu sou contigo”.
2. “eu sou o teu Deus”.
3. “eu te fortaleço”.
4. “e te ajudo”.
5. “e te sustento”.
6. “com a minha destra fiel”.
Essas razões são concretizadas pelo Messias de Israel, que é Jesus Cristo. Ele é a destra fiel, e por Sua morte e ressurreição trouxe justiça. Em Sua volta reside a garantia de segurança para Israel. Podemos tomar essa promessa pessoalmente, aplicando-a à nossa própria vida.
As nações, essas sim, têm motivos para temer. “Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que estão indignados contra ti; serão reduzidos a nada, e os que contendem contigo perecerão. Aos que pelejam contra ti, buscá-los-ás, porém não os acharás; serão reduzidos a nada e a coisa de nenhum valor os que fazem guerra contra ti. Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo” (Is 41.11-13). Leon de Winter escreveu: “Os países islâmicos jamais poderiam aceitar o Israel de hoje como seu igual... Israel está cercado pelo Irã, pela Síria, pelo Hezb’allah (Partido de Alá) e pelo Hamas, e o porta-voz deles, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, expressa com clareza seus desejos mais profundos: eliminar Israel, castigar a arrogância de Israel e degradar os judeus à condição de minoria sob domínio islâmico”.[4] Mas, apesar das mais infames calúnias, das mais duras perseguições e das mais brutais tentativas de aniquilação durante sua dispersão de quase dois mil anos, o povo judeu não pereceu – pelo contrário! Os inimigos de Israel de ontem, hoje e amanhã passaram, passam e passarão ainda mais mal. Durante sua campanha pelo Oriente Médio, há 200 anos, Napoleão disse: “A História não se decide no Ocidente, mas no Oriente!”[5] Peter Scholl-Latour cita seu professor de árabe, Jacques Berque: “O destino de Jerusalém não é uma questão política; o destino de Jerusalém é uma sentença de juízo final![6] E Siegfried Schlieter comenta: “A questão de Jerusalém é politicamente insolúvel. Ela será decidida apenas no dia do juízo final”.[7]
O deserto florido e a existência das cidades israelenses são a prova de que Deus atua nos dias de hoje, e agirá no futuro: “Os aflitos e necessitados buscam águas, a não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, eu, o Deus de Israel, não os desampararei. Abrirei rios nos altos desnudos e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em açudes de águas e a terra seca, em mananciais. Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta e a oliveira; conjuntamente, porei no ermo o cipreste, o olmeiro e o buxo, para que todos vejam e saibam, considerem e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isso, e o Santo de Israel o criou” (Is 41.17-20).
Podemos confiar na palavra profética de Deus. “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o veremos. Eis que sois menos do que nada, e menos do que nada é o que fazeis; abominação é quem vos escolhe” (Is 41.23-24). A nulidade de todas as religiões, a falta de autenticidade e credibilidade da política, seus prognósticos inviáveis e seus esforços vacilantes e duvidosos estão em flagrante contraste com a confiabilidade das revelações divinas acerca do futuro. Lemos acerca da confiança que a profecia bíblica merece:“Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Ouvi-me vós, os que sois de obstinado coração, que estais longe da justiça. Faço chegar a minha justiça, e não está longe; a minha salvação não tardará; mas estabelecerei em Sião o livramento e em Israel, a minha glória” (Is 46.9-13).
Com Jesus, a justiça de Deus, começará um novo capítulo para Israel e o mundo inteiro.
Quando Henrique VIII da Inglaterra (1491-1547) jazia em seu leito de morte, mandou chamar o bobo da corte... O rei disse: “Meu amigo, devo partir”. “Para onde?”, perguntou o bobo. –“Não sei”. “Quando voltareis?” – “Não vou voltar mais”. “Quem vai convosco?” – “Ninguém”. “Vos preparastes para a viagem?” – “Não”. Então o bobo da corte pegou seu cetro de bufão e seu barrete, jogou-os sobre a cama do rei e explicou: “Majestade, vós me ordenastes que eu deveria entregar meu cetro de bobo da corte a alguém que fosse mais bobo do que eu. Vós sois esse alguém, pois ides embora sem saber para onde e não tendes acompanhante”.[8]Agarre a justiça de Deus, ela está perto de seu coração. É o Senhor Jesus. Ele quer ser seu acompanhante, Ele quer ser sua segurança. Entre com Ele em uma nova vida! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Três tipos de crises mundiais forçam a unidade das nações: a crise ambiental, o terrorismo internacional e as crises econômicas. Nesse sentido, alguém declarou: “Estamos sendo arrastados em direção à nova ordem mundial, empurrados pela histeria climática, esmagados pelas finanças”. A crise mais recente que nos atingiu foi a crise financeira mundial...
Antes de tratarmos de um tema polêmico, seguindo a orientação de Tiago 5.1-9, quero enfatizar que, em princípio, a riqueza não é proibida pela Bíblia. Conhecemos homens da Bíblia que eram ricos, como o bem-sucedido Filemom, os ricos patriarcas e o bilionário Davi. Se meus cálculos estiverem corretos, o rei Davi, por exemplo, possuía cerca de 3.400 toneladas de ouro e 34.000 toneladas de prata, que colocou à disposição para a construção do templo (1 Cr 22.14). E ele não ficou mais pobre por isso. A Bíblia não proíbe a riqueza, mas adverte acerca dos perigos que ela representa e lamenta seu uso fora da vontade de Deus (Mc 4.19; Lc 12.15; At 5.4; Cl 3.5-6; 1 Tm 6.9-10,17; 2 Pe 2.14-15).
1. Um sinal dos últimos dias
“Tesouros acumulastes nos últimos dias” (Tg 5.3).
A palavra profética de Deus conecta os tempos finais com o mundo financeiro. Este é um sinal dos últimos tempos. O setor financeiro terá um papel significativo nestes dias e será um tema dominante. Não creio que Tiago 5 trate apenas de indivíduos ricos, que sempre existiram, mas de um mundo enriquecido e de nações economicamente ricas, como as de hoje. O cenário predito na Bíblia condiz com o mundo financeiro dos últimos dias.
Alguns exemplos:
A última hora
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora” (1 Jo 2.15-18).
Os grandes bancos, que obtiveram lucros bilionários, ainda assim demitiram e estão demitindo milhares de empregados.
Nossa época, como nenhuma outra, é determinada por emoções, imagens e pela ostentação de riqueza e poder. Heinz Schumacher, na sua tradução da Bíblia [para o alemão], traz a seguinte explicação sobre “soberba da vida” (v.16): “Vangloriar-se daquilo que a pessoa é, do que tem e do que pode em sua vida terrena”.[1] O comentário bíblico de Menge diz que a “soberba da vida” é “orgulho como postura de vida (ou: gabar-se da fortuna, exibir-se com dinheiro, a pompa terrena)”.
Com certeza, é muito significativo o fato de João ligar o mundo financeiro e sua derrota futura com a “última hora” e o “Anticristo” que virá. Ele o faz de modo semelhante a Tiago, que fala dos “últimos dias” nesse contexto. João também é o escritor do Apocalipse, e justamente quando trata da união mundial anticristã e da derrocada da Babilônia financeira, ele repetidamente menciona esta hora (Ap 18.10,17,19).
Jeroboão
A história de Jeroboão é relatada a partir de 1 Reis 11. Ele levou o povo a descaminhos como nenhum outro antes dele. Por isso ele é um tipo de Anticristo. E o Israel do seu tempo exemplifica um povo que, nos últimos dias, deixar-se-á seduzir novamente. Jeroboão provocou uma revolta, dividiu o reino e tomou dez tribos para si. Conseguiu ser declarado rei sobre Israel (dez tribos). Erigiu um bezerro de ouro em Betel e outro em Dã, uma contraposição ao serviço a Deus no templo em Jerusalém. Jeroboão instituiu um sacerdócio falso e mudou até mesmo as datas da festa dos Tabernáculos. “Pois, quando ele rasgou a Israel da casa de Davi, e eles fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate, Jeroboão apartou a Israel de seguir o Senhor e o fez cometer grande pecado” (2 Rs 17.21).
Os atos de Jeroboão foram tão terríveis que a Bíblia repetidamente fala do “pecado de Jeroboão”. Porém, é interessante ler o seguinte a respeito desse homem: “Ora, vendo Salomão que Jeroboão era homem valente e capaz, moço laborioso, ele o pôs sobre todo o trabalho forçado da casa de José” (1 Rs 11.28).
Um “último Jeroboão” se levantará sobre Israel e sobre o mundo, e ele também fará com que tudo gire em torno de finanças.
A ira de Deus por causa do dinheiro
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Cl 3.5-6).
Essa ira de Deus não se refere ao Dia do Juízo, mas à Tribulação futura mencionada no Apocalipse, algo que Isaías também liga com a Babilônia dos últimos tempos (Is 13.1,9-13; cf Sf 2.2-3; Rm 1.18; Ap 6.16-17).
O que será essa “idolatria” da qual o Apocalipse tanto fala, e da qual as pessoas não se arrependerão (Ap 9.20-21)? Haverá novamente ídolos de pedra ou madeira para serem adorados, ou o objeto de culto será algo mais moderno? Basta lembrar que a carta aos Colossenses chama a avareza de idolatria e enfatiza que, por sua causa, a ira de Deus virá sobre o mundo desobediente (Cl 3.5-6) e que o Apocalipse descreve essa ira de Deus – então saberemos que idolatria é essa: a dança ao redor do bezerro de ouro (o mundo financeiro) nos tempos finais. “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria” (Cl 3.5; NVI).
Pelo visto, acumular dinheiro, esbanjá-lo e exibi-lo será um fenômeno característico dos tempos finais.
2. A atualidade das afirmações proféticas
Em princípio, a riqueza não é proibida pela Bíblia. O rei Davi era bilionário; entre outros bens, ele possuía cerca de 3.400 toneladas de ouro.
“Tesouros acumulastes nos últimos dias... Tendes vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência” (Tg 5.3,5-6).
O cumprimento total do versículo 6 está reservado para a Grande Tribulação futura, mas o que está descrito nos versículos 3 e 5 já é perfeitamente visível nos dias de hoje. A região da antiga Babilônia está se transformando numa nova Babilônia – basta ver o desenvolvimento de Dubai. Essa região mostra ao mundo inteiro o quanto a Bíblia é atual.[2]
As chamadas “oligarquias” também voltaram a ter destaque desde a década de 90. O termo oligarquia deriva do grego do tempo de Platão (427-347 a.C.), e descreve o “governo sem lei dos ricos que só pensam em seu próprio benefício. Assim como a aristocracia, é o governo de poucos, com a diferença de que a aristocracia, ao contrário da oligarquia, é considerada como um governo legal, voltado ao bem comum”. É interessante considerar que, desde a década de 90, essa palavra voltou a ser significativa na Rússia. Ela refere-se a empresários “que em geral são suspeitos de terem obtido grande riqueza e influência política por meios escusos durante o período caótico que se seguiu ao fim da União Soviética”.[3]
A respeito, li:
...em apenas 10 anos, alguns russos entraram, da noite para o dia, para o clube mundial dos hiper-ricos. Sem escrúpulos, tiraram proveito da transição do sistema comunista para um novo sistema capitalista, garantindo para si, a preço de banana, o filé da economia russa. Estes assim chamados “oligarcas” são os vencedores de um enorme “Banco Imobiliário” (...) Os antigos administradores soviéticos mostraram-se extremamente adaptáveis, descartando rapidamente a sua ideologia e privatizando as estatais para dentro de seus próprios bolsos. (...) Os banqueiros da primeira hora ganharam milhões em dinheiro público com especulação e câmbio, sem correr grandes riscos. Apenas, não concediam muitos empréstimos. Na primeira metade da década de 90, os banqueiros eram a elite da oligarquia. (...) Na fase inicial, a propriedade das estatais foi distribuída amplamente entre a população, por meio de certificados de participação. Essa distribuição foi teórica, pois logo os antigos administradores e os novos ricos tinham garantido essas empresas para si. Isso foi possível graças à hiperinflação e à crise”.[4]
“Tesouros acumulastes nos últimos dias!”.
O manuseio injusto de dinheiro e poder
“Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tg 5.4).
• A renda mensal média dos cidadãos de Dubai é de 2.400 euros; já o salário dos trabalhadores estrangeiros, que cumprem jornadas de 15 horas por dia, sob uma temperatura de 40 graus à sombra, é de apenas 100 euros. Esses são os escravos de hoje.[5]
• A oligarquia, nome para um governo sem lei exercido pelos ricos, só tem seu próprio benefício em vista, e não se importa com o bem comum.
• Os grandes bancos, que obtiveram lucros bilionários, ainda assim demitiram e estão demitindo milhares de empregados.
• No final de novembro de 2008, a União Européia (UE) decidiu reduzir drasticamente as subvenções para os agricultores europeus, privando-os de uma receita importante para a manutenção de seus empreendimentos.
O colapso econômico foi predito
No Portão de Brandenburgo (em Berlim) 200.000 pessoas aclamaram Barack Obama, mesmo sem conhecer seu programa de governo.
“Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias” (Tg 5.1-3).
O repentino colapso financeiro é um exemplo para o Dia do Senhor, que sobrevirá ao mundo como um ladrão à noite. Justamente no meio de um pico econômico, quando todos estavam otimistas, veio o crash, a crise financeira atual. A miséria e a aflição literalmente desabaram sobre o mundo das finanças. Grandes setores industriais (indústria automobilística) ruíram, e os bancos se tornaram devedores. De uma hora para outra, a recessão e a depressão se tornaram os assuntos do dia nos países mais ricos. Bilionários e suas famílias perderam grandes fortunas em poucos dias. A economia mundial e todo o sistema financeiro estão abalados. Mas tudo isso é apenas o começo, pois o juízo da própria Tribulação ainda está por vir.
3. A volta do Senhor está próxima
O retorno iminente do Senhor é mencionado três vezes em relação direta com as crises econômicas mundiais:
“Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (Tg 5.7).
“Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.8).
“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.9).
Primeiro é dito duas vezes que o retorno do Senhor está próximo, e em seguida lemos que o juiz está às portas. Jesus virá para arrebatar os Seus e depois virá como Juiz. Os acontecimentos da Tribulação já serão os juízos iniciais desse Juiz.
A rebelião do mundo contra Deus e o seu Ungido é cada vez maior (Sl 2). As pessoas não querem saber de Cristo nem do cristianismo. Os cristãos são rejeitados com freqüência cada vez maior. E, você quer saber de uma coisa? O próprio Deus vai tirá-los do meio das pessoas! O Arrebatamento extrairá o verdadeiro cristianismo do mundo, para que o anticristianismo tenha seu espaço (2 Ts 2.5-12). Deus dará ao mundo o que ele deseja; Saul em vez de Davi, Barrabás em vez de Jesus, o Anticristo em vez de Cristo. O retorno do Senhor está próximo, e o Juiz está às portas.
As crises ambientais, o terrorismo internacional e a crise financeira mundial empurram o mundo para a unidade e na direção de um último “gigante mundial” profetizado na Bíblia. A revistafactum publicou um artigo que dizia: “...Os sinais dos tempos chamam a atenção e lembram que estamos na última etapa da história da humanidade. Os seis primeiros juízos dos selos do Apocalipse prevêem rupturas políticas, sociais, econômicas e militares que remetem ao que já vivemos hoje”.[6]
A Bíblia é clara quando fala de uma reunificação mundial, liderada por um “gigante” anticristão, a quem o dragão dará sua força, seu trono e seu poder absoluto (Ap 13.2). “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem” (Ap 17.12-13).
Diante de tudo isso, não é surpreendente que o presidente alemão, Horst Köhler, afirmou que desejaria que os governos escolhessem “alguns sábios” para regulamentar o mundo globalizado.[7] Ou que Kofi Annan (ex-Secretário-Geral da ONU) tenha enfatizado o fato de que a crise só poderá ser resolvida de forma global.[8]
Já nos acostumamos a expressões como “cúpula econômica mundial”, “sistema financeiro mundial”, “ordem financeira mundial”, “controle financeiro mundial”, “fórum econômico mundial”. Ultimamente, também ouve-se falar cada vez mais de uma “entidade ou banco central mundial”.
Fica claro que os eventos descritos no último livro da Bíblia terão de se cumprir e que isso acontecerá de forma repentina e rápida. Os rumos estão sendo estabelecidos hoje. É preciso formar uma plataforma para o futuro reino mundial anticristão e seu líder. Para isso é preciso que haja unidade e, através de manobras de engano em massa, também deverá ser produzida uma nova prosperidade.
A depressão na década de 1930 na Alemanha selou o fim da democracia parlamentarista. Hitler subiu ao poder.
A depressão na década de 1930 na Alemanha selou o fim da democracia parlamentarista. Hitler subiu ao poder. Com mentiras, enganos, sedução e uma nova prosperidade econômica o país galopou em direção à catástrofe da ditadura, da Segunda Guerra Mundial, da perseguição aos judeus e, finalmente, da derrocada total do “Terceiro Reich”. As crises atuais parecem servir para preparar os acontecimentos do Apocalipse. Elas clamam por segurança confiável, por uma nova ordem mundial, impelem a globalização e exigem um homem forte, um gigante mundial.
Exemplos da mídia
• Romano Prodi (ex-primeiro-ministro da Itália) disse: “Não temos alternativa senão formar os Estados Unidos da Europa”.[9]
• Em um artigo, a revista Die Zeit lamentou que não haja um “líder global” adequado em vista e considerou Barack Obama como “o presidente mundial certo para o século 21”.[10] O noticiário suíço 10 vor 10 tratou do tema “Barack, o salvador”. Em todo o mundo, os meios de comunicação competiram para publicar relatos eufóricos a respeito dele. Ele foi chamado de “Messias” com freqüência cada vez maior. No Portão de Brandenburgo (em Berlim) 200.000 pessoas o aclamaram, mesmo sem conhecer seu programa de governo. O então presidente George W. Bush, que se declarava cristão, era demonizado e odiado, mas as mesmas massas aclamaram um homem que mal conheciam. Isso tudo é um bom exemplo para o futuro. Individualmente, as pessoas podem ser inteligentes, mas as massas sempre estão sujeitas à sedução. A história prova isso, e as conseqüências são assustadoras.
• O ex-secretário da Economia dos EUA, Prof. N. Cooper, já dizia em 1984: “Para o próximo século sugiro uma alternativa radical: a criação de uma moeda comum para todas as democracias industriais, com uma política cambial comum e um banco comum para a fixação de uma estratégia monetária (...) Como países independentes podem conseguir isso? Precisarão entregar o controle da política cambial a uma corporação supranacional”.[11]
• Neste contexto uma declaração do presidente francês Nicolas Sarkozy não causa qualquer espanto: “Durante anos tentamos alcançar algo. A crise deve ser aproveitada como a oportunidade para que ela não se repita. Precisamos de uma economia de mercado humana que funcione. Isso só é possível com regras. Essas regras precisam ser definidas em âmbito global (...) precisamos de uma resposta global para uma crise global...”[12]
• A revista Veja lamentou a falta de um líder político adequado para o mundo, que precisa do estadista certo.[13]
As crises econômicas preparam o mundo para o gigante mundial que virá.
4. O Juiz está diante da porta, e um dia o homem estará diante do Juiz
“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.9).
Cada homem será julgado, e nada será esquecido diante de Deus: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5.10). “Os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo, ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam” (1 Tm 5.24).
Diante do prédio da nossa missão na Suíça há um hotel muito bonito, chamado Sonnental (= Vale do Sol). Ele foi reformado e parcialmente reconstruído por dentro e por fora, com novas dependências e bela decoração. As cores são lindas e o atendimento é excelente. Há nele um grande spa e um restaurante de primeira linha. O Sonnental desfruta de uma boa reputação. Há algum tempo aconteceu algo estranho: uma parte do piso do estacionamento afundou. O buraco era tão grande que um caminhão poderia ter caído nele. O motivo era a existência de uma fossa negra naquele local, da qual ninguém tinha conhecimento e que não aparecia em nenhum documento ou planta.
Uma camada de terra de 2 metros de espessura cobria a fossa. O nível inferior da fossa estava 4,5 m abaixo do piso do estacionamento. Ela tinha sido desativada há muito tempo sem ter sido limpa. Como o conteúdo é muito ácido, com o tempo ele corroeu a cobertura de concreto e causou o desabamento. Cerca de 70m3 de esgoto que ainda estavam na fossa tiveram de ser aspirados por uma firma especializada e levados embora em dois caminhões-tanque. No lugar do esgoto o buraco foi preenchido com 70m3 de bom material e assim o problema foi resolvido.
Um engenheiro comentou: “O fato de a fossa não ter sido esvaziada na época foi um grave crime ambiental, e as conseqüências estão se mostrando hoje. Ninguém sabe quanto esgoto penetrou no lençol freático, já que o seu nível neste local é mais alto que o nível inferior da fossa”.
Esse não é um bom exemplo para os seres humanos? Por fora muitos são um “Vale do Sol”, mas por dentro está escondida uma fossa negra. Por fora as aparências são ótimas, mas interiormente a profunda fossa dos pecados ainda não foi limpa. Os pecados corroem nossa vida e podem causar grandes danos. Porém, quem permite que Jesus a limpe e depois a preencha com seus dons, experimentará a verdade bíblica: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.7-9).(Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Notas:
- NT, Heinz Schumacher, Hänssler, pg 916, comentário 28.
- “Blickfeld”: “Das Seiende, das vergeht, und das Bleibende, das kommt”.
- http://de.wikipedia.org/wiki/Oligarchie.
- www.netstudien.de/Russland.
- israel heute, abril de 2008, PF. 28.
- factum 4/2008, p. 44.
- Reuters.com, 11 de outubro de 2008, 12h40.
- www.20min.ch/news/kreus–und–quer/story/15873676, 11 de outubro de 2008.
- NZZ, 20 de novembro de 2008, International, pg. 7.
- factum 8/2008, p. 6.
- TOPIC, outubro de 2008, p. 5.
- www.bundesregierung.de “Mitschrift Pressekonferenz: Pressekonferenz Bundeskanzlerin Merkel und Präsident Sarkozy”, 12 de outubro de 2008.
- Veja, 1 de outubro de 2008.