27 janeiro 2011

G1 - Dilma diz não 'compactuar' com violação de direitos humanos - notícias em Política

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília

Presidenta Dilma Rousseff participa de cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto Presidenta Dilma Rousseff participa de cerimônia
alusiva ao Dia Internacional em Memória das
Vítimas do Holocausto (Foto: Roberto Stuckert / PR)

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (27), ao discursar em homenagem às vítimas do Holocausto, que não vai "compactuar" com desrespeitos aos humanos em outros países.

"É nosso dever não compactuar com qualquer forma de violação dos direitos humanos em qualquer país, inclusive no nosso. Meu governo prefere sempre as múltiplas formas da democracia, mesmo que não concordem conosco em algum momento, ao silêncio da ditadura", afirmou durante solenidade do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, em Porto Alegre (RS).

Desde que foi eleita presidente, Dilma tem sido questionada se manteria a postura de "tolerância" e boa convivência com países que adotam práticas contrárias aos direitos humanos, como o Irã. Em entrevista, dias depois do segundo turno da eleição presidencial, ela afirmou considerar uma "barbaridade" a condenação à morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Mohammed Ashtiani, mesmo considerando os "usos e costumes" do país islâmico. Sakineh é acusada de adultério e participação na morte do marido.

Durante o discurso, Dilma lembrou os esforços do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações de paz no Oriente Médio. "Nós não somos um povo que odeia, que cultiva o ódio. Tenho a honra de dar continuidade a um governo que buscou a afirmação da paz em todos os recantos, em especial no Oriente Médio."

Lula sempre defendeu que os Estados Unidos deixem de ser os únicos intermediadores nas negociações de paz entre palestinos e israelenses. Durante os oito anos de mandato, ele iniciou uma aproximação do Brasil com países islâmicos e intermediou com o Irã um acordo de troca de combustível nuclear. O acordo foi rejeitado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A homenagem desta quinta às vítimas do Holocausto foi instituída há seis anos pela Assembléia Geral das Nações Unidas e marca o dia em que tropas soviéticas libertaram o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, em 1945.

Memória
Dilma afirmou ainda, durante o evento, que a "memória" do Holocausto é essencial para evitar a ocorrência de novas "barbáries". "No caso do holocausto, o dever da memória não deve se confundir com a passividade da lembrança. A memória serve para que a intolerância e injustiça não se banalizam. A memória é arma humana para impedir repetição da barbárie."

Ela lembrou que na Alemanha nazista, anos antes do início da Segunda Guerra Mundial, já existiam sinais claros de agressão aos direitos humanos, mas muitos se silenciaram diante da violência contra os judeus.

"Temos que lembrar sempre para impedir que aqueles que não são objeto da barbárie não se silenciem e pratiquem a coragem de se manifestar contra essas práticas e experiências contra a vida humana", afirmou.

Segundo Dilma, "no Brasil o dever da memória é algo indissossiável do dever de festejar a vida." "Somos um povo que encara como sendo um momento muito especial da vida entender, compreender que é importante lembrar sempre, afirmar sempre que nós rejeitamos a barbárie", disse a presidente, que lutou contra a ditadura militar no Brasil e foi vítima de tortura.

Racismo
A ministra da Secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosário, também presente à solenidade, disse que o Brasil repudia manifestações antisemitas. “Nos posicionamos claramente contra a atitude ou qualquer manifestação neonazista na pátria brasileira”, afirmou

Ela lembrou que a legislação brasileira não prevê prazo de prescrição nem liberdade sob fiança para o crime de racismo. “Orgulhamo-nos da comunidade judaica e qualquer outra comunidade no Brasil. As comunidades são parte da nação brasileira”, complementou.

Já o presidente da Comunidade Judaica no Brasil, Carlos Lotterman, lembrou o passado de Dilma, que foi torturada durante o regime militar. "A senhora sabe muito bem o que é ser torturada, ter seus direitos renegados", afirmou. Segundo Lotterman, "nossos presidentes no Brasil têm sido fiéis à democracia e ao respeito às minorias."

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), participou da solenidade, assim como o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ari Pargendler, e a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas.

Como funciona um júri popular - Maringá


  • Como funciona um júri popular






1. Quando ocorre

Casos de assassinato, tentativa de homicídio, aborto e incentivo ao suicídio podem ser levados a júri popular. Os jurados são, então, convocados sem a prerrogativa de declinar da função. A pessoa que não comparecer ao tribunal poderá responder por crime de desobediência. Por isso, caso não possa comparecer o escolhido precisa explicar sua situação ao juiz com antecedência.

2. Sorteio
Em Maringá, um sorteio prévio aponta 25 jurados e, no dia do julgamento, um novo sorteio aponta sete pessoas que formarão o chamado "Conselho de Sentença". Defesa e acusação podem recusar um determinado número de jurados, sendo feito, então, novo sorteio. O relatório do processo precisa ser lido pelos jurados, que ficam proibidos de conversar sobre o caso em questão ou sobre qualquer outro processo. No entanto, eles podem falar entre si sobre outros assuntos.

3. Restrições
Os jurados podem conversar apenas com o juiz, escrivão ou oficial de justiça. Não podem ter contato com o mundo exterior, não podem telefonar nem receber telefonemas, ler jornal, ouvir rádio ou assistir à TV – nem mesmo nos intervalos da sessão. Oficiais de Justiça se encarregam de vigiar os jurados o tempo todo, acompanhando-os até mesmo ao banheiro.

4. Longe da família
Se a sessão se estende por dois ou mais dias, os jurados têm de dormir nas acomodações dos tribunais ou são levados para hotéis nas proximidades. Não podem conversar com a família e os oficiais de justiça permanecem nos quartos até os jurados dormirem, para garantir que eles não conversem sobre o que julgam.

5. Seção
No início da sessão, são ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, depois as da defesa. No caso Fabiula, que chocou Maringá, essa fase durou cerca de 3 horas.

6. Perguntas
Os réus são interrogados pela defesa e pela acusação. Neste momento, o júri popular também pode fazer perguntas, com o intermédio do juiz. Trechos do processo, provas, entre outros são lidos.

7. Argumentos
São disponibilizadas 2h30 e meia para os argumentos da acusação e o mesmo para a defesa. Depois, há duas horas de réplica (a critério do promotor) e o tempo igual de tréplica.

8. Veredicto
Grande momento da participação do júri popular, o veredicto é formulado com voto em sala secreta. Jurados vão até área reservada com o juiz, promotor e advogados para responder a quesitos estabelecidos pelo juiz.
A decisão dos jurados não precisa ser unânime. Depois, o magistrado formula o veredicto.

9. Sentença
O Tribunal do Júri decide apenas se o réu deve ou não ir para a cadeia. Quem estipula a pena é o juiz presidente da sessão do júri. É ele quem faz a leitura da sentença.

Caso seja reconhecido equívoco ou arbitrariedade no julgamento, o Tribunal de Justiça pode anular a decisão. Aí outro júri terá de ser convocado para julgar novamente o caso.

26 janeiro 2011

Especialista alerta sobre perigo dos anabolizantes

Com o verão e a proximidade do Carnaval, cresce a obsessão das pessoas com o corpo perfeito. E quem não se preparou com antecedência pode ter a tentação de usar anabolizantes para ficar com músculos maiores e poucos meses. Mas o uso desse tipo de composto pode causar problemas graves de saúde e até a morte.

Quem usa esse tipo de produto sem indicação médica pode sofrer, por exemplo, com atrofia dos testículos, que é causa comum de infertilidade, disfunção erétil e lesões renais e no fígado.

Assista à reportagem do Record Notícias.


Pagani mostra fotos oficiais do substituto do Zonda


Publicado em 26/01/2011 às 11h40

Pagani mostra fotos
oficiais do substituto do Zonda

Carro, batizado de Huayra, tem portas "asa de gaivota" e motor V12 de 710 cv

DivulgaçãoDivulgação
O Pagani Huayra, substituto do Zonda, tem portas "asa de gaivota" e motor V12 de 710 cv de potência
Veja mais




Veja fotos do Pagani Huayra

Com isso, a campanha de "vídeos teasers" - que serviam para atiçar a curiosidade do público - 
foi por água abaixo, e a montadora italiana se viu obrigada a publicar nesta quarta-feira (26) 
as imagens oficiais do carro.

Como já adiantamos nesta terça-feira (25), o Huayra - nome indígena inca que significa vento -
 tem portas estilo "asa de gaivota", como na Mercedes-Benz SLS.

De acordo com a montadora, o motor, fabricado pela AMG,
 é um V12 6.0 de 710 cv que, segundo previsões de especialistas, levará o carro a mais de 400 km/h.

G1 - Vazamento de água em rua de Nova York ‘congela’ carro - notícias em Planeta Bizarro

25/01/2011 11h29 - Atualizado em 25/01/2011 11h49

Americano usou uma marreta para quebrar gelo que cobria veículo.

Nova York vem sofrendo com baixas temperaturas neste inverno.

Do G1, em São Paulo

Um morador de Nova York encontrou o seu carro completamente encoberto de gelo após um tubo vazar água em uma rua da cidade e atingir o veículo. Nova York vem sofrendo com baixas temperaturas neste inverno no Hemisfério Norte. O americano usou uma marreta para quebrar o gelo que cobria o carro.Um morador de Nova York encontrou o seu carro completamente encoberto de gelo após um tubo vazar água em uma rua da cidade e atingir o veículo. Nova York vem sofrendo com baixas temperaturas neste inverno no Hemisfério Norte. O americano usou uma marreta para quebrar o gelo que cobria o carro. (Foto: AP)

G1 - Número de usuários de internet no mundo alcança os 2 bilhões - notícias em Tecnologia e Games

Da France Presse

Usuário mexe em smartphone BlackBerryUsuários de internet alcançam marca de 2 bilhões.
(Foto: Enny Nuraheni/Reuters)

O número de usuários de internet no mundo alcançou os 2 bilhões de pessoas, anunciou nesta quarta-feira (26) o chefe da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadun Touré.

"No início do ano 2000, havia apenas 500 milhões de assinantes de celulares e 250 milhões de usuários de internet", explicou. "No início de 2011, os assinantes da telefonia móvel eram mais de 5 bilhões enquanto que os usuários de internet superavam ligeiramente os 2 bilhões", acrescentou

Igreja Catolica usa a Biblia e desmascara a seita da Rede Globo.”Os espíritas devem ser tratados, tanto no foro interno como no foro externo, como verdadeiros hereges e fautores de heresias diz os Bispos Catolicos.


já que os crentes os evangélicos não escrevem nada sobre essa mini serie da globo do chico xavier vou colar algo aqui que católicos escreveram em seu blog e com muita autoridade .temos sim que nos posicionar,os evangélicos por não quer ser atrasados ou não querer perder seguidores estão fazendo pacto até com o diabo não vê ai o caso do Edir macedo apoiando o aborto.lemos com atenção 


FALSOS CRISTÃOS
Sendo o Brasil um país tradicionalmente Católico, os espíritas se apresentam como “cristãos” e difundem principalmente o “Evangelho Segundo o Espiritismo”. Começaram por dizer que o espiritismo é apenas ciência e filosofia, não cogitando de questões dogmáticas; que eles não combatem crença alguma; que o Católico para ser espírita, não precisa deixar de ser Católico; que todas as religiões são boas, contanto que se faça o bem e se pratique a caridade, etc.; e por isso vão dando nomes de Santos nossos aos centros espíritas. O Conselho Federativo resolveu prescrever a seguinte norma geral: “As sociedades adesas (à Federação Espírita Brasileira), mediante entendimento com a Federação, quando esta julgar oportuno e as convidar para isso, cuidarão de modificar suas denominações no sentido de suprimir delas o qualitativo de “Santo” e de substituir por outras, tiradas dos princípios e preceitos espíritas, dos lugares onde tenham sua sede, das datas de relevo nos anais do espiritismo e dos nomes dos seus grandes pioneiros”. Assim, por exemplo, começa algum centro espírita por chamar-se “Centro São Francisco de Assis”, depois, quando a Federação julgar oportuno, suprimirá o qualitativo de “santo”, e afinal, quando seus adeptos já estiverem suficientemente distanciados da Santa Igreja, será “Centro Allan Kardec”…
O ESPÍRITA PERANTE A SANTA MADRE IGREJA
Em 1953 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil reafirmou a determinação feita pelo Episcopado Nacional da Pastoral Coletiva de 1915, revista pelos Bispos em 1948 nestes termos: “Os espíritas devem ser tratados, tanto no foro interno como no foro externo, como verdadeiros hereges e fautores de heresias e não podem ser admitidos à recepção dos Sacramentos, sem que antes reparem os escândalos dados, abjurem o espiritismo e façam a profissão de Fé”.
Segundo o novo Código de Direito Canônico (de 1983), “chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Santo Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com Fé Divina e Católica, ou se duvida pertinazmente a respeito dela” (Cân. 751); e no Cânon 1364, parágrafo 1, a nova legislação eclesiástica determina que o “herege incorre automaticamente em excomunhão”, isto é: deve ser excluído da recepção dos Sacramentos (Cân. 1331, parág. 1), não podem ser padrinhos de Batismo (Cân. 874), nem da Confirmação (Cân. 892) e não lhe será lícito receber o Sacramento do Matrimônio sem licença especial do Bispo (Cân. 1071) e sem as condições indicadas pelo Cânon 1125. Também não pode ser membro de associação ou irmandade católica (Cân. 316). (d. Boaventura Kloppenburg (ofm), Bispo Emérito da Diocese de Novo Hamburgo-RS/Brasil).

fonte-Epocaestado Brasil

25 janeiro 2011

Imagens do satélite da Nasa mostram o antes e o depois da região serrana


A Nasa, agência espacial norte-americana, revelou imagens de como era a região serrana antes e depois da tragédia das chuvas que devastaram bairros inteiros no dia 11 de janeiro e fizeram centenas de vítimas.

As imagens foram captadas no dia 13 de fevereiro de 2003 e comparadas com as de 18 de janeiro deste ano.
 
Tragédia das chuvas

Gospel e pop, Aline Barros cita a Bíblia contra a pirataria


Foto: Divulgação
A capa do livro da cantora Aline Barros
Redação CORREIO

Autobiografia da cantora religiosa vendeu 50 mil exemplares em três meses. Para evitar polêmicas, ela não revela os 'artistas seculares' que ouve.


A leitura de "Aline Barros - fé e paixão" começa com uma menina que conseguiu vender só um cachorro-quente em um dia de trabalho em uma barraca no Rio de Janeiro. E termina com a discografia comentada da principal cantora gospel do Brasil, graças a 5 milhões de CDs vendidos em 16 anos. Com capítulos pontuados por salmos, a biografia de Aline foi comprada por 50 mil fãs em três meses.
“Coloquei ali dentro princípios que nortearam a minha vida”, explica ela, hoje com 33 anos, em entrevista ao G1. “Eu era uma menina que não imaginava ser cantora. Nunca acreditei que iria brilhar nas primeiras páginas de revistas e nos jornais. Tudo aconteceu naturalmente. Hoje, tenho o respeito de evangélicos, católicos, espíritas... O que atrai as pessoas é o perfume de amor que a gente exala.”
O começo da carreira veio quando tinha 17 anos, com a ajuda de Ricardo Feghali e Cleberson Hortsh, músicos do grupo Roupa Nova. “Eu era muito novinha”, recorda. “Tinha dois aninhos quando os conheci. Chamava de Tio Feghali. Eles eram amigos dos meus pais. Eu me sentia à vontade por trabalhar com eles. Eu já cantava algumas músicas em Igrejas, tocava violão. Eu só queria que me gravassem.”

Cantora gospel e pop, Aline Barros cita a Bíblia contra a pirataria em seu livro
No livro, Aline não deixa de mencionar o mal que teve em suas pregas vocais. Há oito anos, uma fenda fez com que ela ficasse com 5% da voz. Após o aviso médico de que poderia nunca mais voltar a cantar, passou horas trancada no quarto, aos prantos. “Minha voz foi modificando muito. Até por conta do problema que tive”, lembra. “Nunca tive aula de canto. Eu não tinha muito cuidado. Não me preocupava em aquecer e desaquecer a voz”, lamenta.
Ao falar sobre pirataria, que “afeta todos os artistas”, ela cita uma passagem de outro livro. “Eu oriento as pessoas, digo que é errado. A Bíblia mesmo fala sobre isso: dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Quando você compra algo pirata, não está contribuindo. É errado. Tenho orado bastante para outros meios melhorarem essa questão”, conta.
No fim deste mês, lança o CD “Extraordinário amor de Deus”. “As canções têm o meu dedinho”, avisa. “Cada CD é como se fosse um filho pra mim. Este é uma convocação geral para que pessoas de todas as idades façam a diferença. São 14 faixas, cada uma mais linda do que a outra.”
Entre um lançamento e outro, Aline também se arrisca pelo mundo do streaming. “De vez em quando, eu entro no YouTube para ver o que está acontecendo com a música. Vou a shows. Eu trabalho no meio musical, tenho que ficar antenada para novas tendências”, justifica.
A pesquisa em busca do que está sendo produzido na “música secular”, como chama artistas que não são do universo gospel, perturba alguns. “É complicado citar nomes de bandas e cantoras. Acabo criando polêmica. Tem gente [do meio gospel] que não acha legal. Há pessoas que não aceitam ouvir música secular”, explica.
Só resta, então, especular se Aline prefere Lady Gaga, Marisa Monte, Taylor Swift, Celine Dion ou Shakira. As informações são do G1.

23 janeiro 2011

SOS Região Serrana RJ - IADJ

Sua Misericórdia dura para sempre


Sua Misericórdia Dura Para Sempre

Há muitos anos atrás, um famoso artista de Hollywood entregou sua vida ao Senhor. Mas o dinheiro, a fama e a corrupção começaram a agir em sua vida, e aos poucos ele foi se distanciando de Deus. Conta-se que sua esposa finalmente o confrontou e disse: “É melhor você se acertar com Deus porque o seu pecado irá arrastá-lo ao abismo; e quando isso acontecer, vai levar toda a sua família com você”.
O pecado age dessa forma. É como um câncer que pode destruir os homens mais poderosos e de mais elevada posição, os melhores e os mais inteligentes. Mais freqüentemente do que imaginamos, suas conseqüências afetam famílias inteiras, como uma legítima metástase. Foi o que aconteceu com Davi e Bate-Seba. Sua história é trágica, mas, apesar de tudo, tem um final triunfante, por causa de um Deus misericordioso e amoroso que graciosamente concede a vitória para pecadores que se arrependem sinceramente.
“Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra... Davi ficou em Jerusalém” (2 Sm 11.1). Talvez ele não tenha conseguido dormir naquela noite, porque a Bíblia diz: “...levantou-se Davi do seu leito e andava passeando no terraço da casa real” (11.2).
De lá, ele viu uma linda mulher tomando banho: “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem... a mulher concebeu e mandou dizer a Davi: Estou grávida” 11.4-5).
A Bíblia apresenta Bate-Seba como uma mulher quieta, submissa, cujo nome tem sido associado, ao longo dos séculos, com os mais terríveis pecados de Davi, com adultério e assassinato premeditado. O sórdido episódio abriu um triste e trágico capítulo na vida de um rei que havia sido bondoso, e destruiu a paz da família real.
Alguns comentaristas pintaram Bate-Seba de maneira pouco lisonjeira em sua moral, culpando-a, na essência, pela infidelidade de Davi e de seu desejo de buscar um relacionamento sexual com a mulher de outro homem, contrariando tudo o que ele sabia ser o certo. O fato é que Bate-Seba estava em sua casa, e não estava fazendo nada de incomum ou provocativo. De acordo com Charles Ryrie, em seu comentário na Bíblia Anotada: “As casas no Oriente Médio possuíam um pátio cercado que era considerado parte da casa. Bate-Seba, banhando-se à luz de lamparina, não foi indecorosa, pois estava em sua casa. O interior do pátio, todavia, podia ser visto do telhado da casa de Davi, situada em terreno mais elevado no monte Sião”.[1]
A Bíblia nem mesmo diz se Bate-Seba sabia porque Davi estava chamando-a naquela noite. No entanto, como serva leal, ela não tinha alternativa a não ser obedecer. As Escrituras pintam Bate-Seba como uma mulher quieta e submissa que não possuía a sabedoria ou a astúcia, nem a ousadia ou a segurança da esposa de Davi, Abigail, que é chamada de“sensata e formosa” (1 Sm 25.3). Há mais de vinte anos atrás, quando ainda era casada com o egoísta Nabal, Abigail havia impedido Davi de assassinar toda a sua casa pela raiva que ele sentia por Nabal (1 Sm 25.23-35).
Se Bate-Seba fosse como Abigail, poderia ter convencido Davi a não concretizar o desejo que estava em sua mente. Mas ela não era assim, e fez o que lhe mandaram fazer. Quando, mais tarde, descobriu que estava grávida de Davi, mandou avisá-lo.
Em uma tentativa completamente errada de tentar esconder o seu pecado e enganar Urias, o marido de Bate-Seba, levando-o a acreditar que o bebê era dele, Davi mandou chamá-lo do campo de batalha esperando que ele fosse para casa ficar com sua esposa. Mas Urias era um homem íntegro e disse: “A arca, Israel e Judá ficam em tendas; Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados ao ar livre; e hei de eu entrar na minha casa, para comer e beber e me deitar com minha mulher? Tão certo como tu vives e como vive a tua alma, não farei tal coisa” (2 Sm 11.11).
Davi tentou novamente, embebedando Urias. Mesmo assim, Urias passou a noite no palácio do rei, junto dos seus servos. Então, em um ato nada característico de sua personalidade, e com crueldade e sangue-frio, Davi escreveu uma carta a Joabe, comandante de seu exército, e pediu que Urias a levasse até ele. Nessa carta estava escrito: “Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e deixai-o sozinho, para que seja ferido e morra” (2 Sm 11.15). E Urias foi morto. Davi casou-se com Bate-Seba, que deu à luz ao seu filho. “Porém isto que Davi fizera foi mau aos olhos do Senhor” (2 Sm 11.27).
Deus, então, aplicou a vara da disciplina. Primeiro, a criança morreria; segundo, a espada jamais se apartaria da casa de Davi (2 Sm 12.10-14). Com o coração e o espírito quebrantados, Davi se arrependeu profundamente, orou e jejuou por sete dias na esperança de que Deus poupasse a criança. Mas Ele não a poupou. A criança morreu; a metástase havia começado a se alastrar.
Dentro de nove meses Bate-Seba perdeu o marido e um filho. Sua vida mudou para sempre. Pelo que sabemos, aquela criança era seu primeiro filho. A Bíblia não faz menção de nenhum filho que ela tenha tido com Urias. As Escrituras também não atribuem a ela nenhum tipo de culpa. Deus culpou Davi, e foi Davi quem Ele puniu. Mas Bate-Seba, sem dúvida, sofreu tanto quanto ele.
“Recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro?” (Sl 56.8).
Antes desses fatos, Davi havia escrito:“Recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro?” (Sl 56.8). A Escritura não fala de palavra nenhuma que Bate-Seba tenha dito em relação à tragédia que sofreu, mas, com certeza, suas lágrimas fluíram livremente para o odre de Deus.
Deus estende Sua misericórdia a todos aqueles que se arrependem sinceramente. Na Sua insondável sabedoria, Ele distingue o fraco do forte, o humilde do orgulhoso, e prova os corações de todos os homens. Em algum lugar ao longo do caminho, o Deus Supremo provou o coração de Bate-Seba e decidiu abençoá-la. E de fato a abençoou.
Deus tomou para si o menino que foi concebido por Bate-Seba em adultério. Ainda assim, na Sua misericórdia que dura para sempre, Ele deu-lhe outro filho. As Escrituras dizem que“Davi veio a Bate-Seba, consolou-a e se deitou com ela; teve ela um filho a quem Davi deu o nome de Salomão; e o Senhor o amou” (2 Sm 12.24).
Aqui, pela primeira vez, Deus declarou Bate-Seba mulher legítima do rei Davi, santificou seu casamento e o abençoou. Na Sua infinita misericórdia e amor, o Senhor não somente deu a Bate-Seba outro filho, Ele deu ao seu filho a supremacia sobre os irmãos mais velhos, declarando Salomão como herdeiro do trono de seu pai. Mais tarde, Davi iria dizer: “E de todos os meus filhos, porque muitos filhos me deu o Senhor, escolheu ele a Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor, sobre Israel” (1 Cr 28.5).
Bate-Seba não somente tornou-se a rainha-mãe, ela tornou-se ancestral direta de Jesus, o Messias, através de Salomão, e também através de seu filho Natã (1 Cr 3.5; Lc 3.31). Ela é uma das únicas quatro mulheres listadas na genealogia de Cristo (Mt 1.6).
Bate-Seba permaneceu junto a Davi pelo resto de sua vida (mais uns vinte anos) e deu a ele quatro filhos (1 Cr 3.5). Era uma esposa dentre muitas e testemunhou um tumulto familiar que hoje seria considerado uma das piores formas de disfunção nas relações domésticas. Embora Deus amasse a Davi e o tenha perdoado e abençoado, manteve a promessa dEle de que a espada nunca deixaria sua casa porque ele tinha assassinado Urias, marido de Bate-Seba, e tomado sua esposa.
Curiosamente, não existe condenação para Bate-Seba em qualquer parte da Escritura. O pecado é sempre descrito como sendo de Davi somente, principalmente porque Bate-Seba, uma mulher relativamente indefesa na época do Velho Testamento, foi aprisionada na teia de uma outra pessoa, e submetida a um relacionamento acreditando não ter outra escolha. Davi, contudo, teceu a teia quebrando deliberada e indiferentemente três dos Dez Mandamentos: “Não matarás. Não cometerás adultério... Não cobiçarás a mulher do próximo” (Êx 20.13-14,17).
A Lei Mosaica não previa nenhum sacrifício para corrigir essa situação. Davi merecia a morte. Mesmo assim, Deus estendeu Sua misericórdia enquanto providenciava igualmente sua disciplina; e seus efeitos se espalharam pela família de Davi, incluindo sua esposa.
Primeiro, o filho mais velho de Davi, Amnon, estuprou sua própria meia-irmã, Tamar. Esta ficou tão arrasada que passou o resto de sua vida solteira na casa de seu irmão Absalão (2 Sm 13.20). Davi, contudo, não fez nada para punir Amnon, que merecia ser morto (Lv 18.9,29). Conseqüentemente Absalão, que amava tanto sua irmã que deu o nome dela à sua filha em sua homenagem (2 Sm 14.27), fez justiça com suas próprias mãos (2 Sm 13.29). Então ele fugiu para a casa de Talmai, rei de Gesur, avô dele e de Tamar (2 Sm 13.37; 1 Cr 3.2).
Absalão voltou para casa três anos depois. Mas Davi, que não fora rígido o suficiente com Amnon, foi bastante duro com Absalão e se recusou a restaurar seu relacionamento com ele. Como conseqüência, Absalão fomentou uma rebelião que obrigou Davi a fugir para salvar sua vida.
Muito provavelmente Bate-Seba e seus filhos fugiram com ele, pois a Bíblia diz: “Saiu o rei, e todos os de sua casa o seguiram; deixou porém o rei dez concubinas, para cuidarem da casa” (2 Sm 15.16).
No final, Absalão morreu. Davi, atormentado pela dor e possivelmente por seu miserável fracasso como pai, chorou alto, clamando: “Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Sm 18.33). Tudo isso por causa do seu pecado com Bate-Seba.
Bate-Seba aparece novamente nas Escrituras logo antes da morte de Davi, quando ele estava com cerca de 70 anos. Ela continua sendo aquela mulher submissa, que faz o que lhe mandam fazer; e Davi ainda continua o pai negligente. Adonias, irmão de Absalão e o mais velho do restante dos filhos de Davi, começou a falar que seria o rei – mesmo sabendo que o reino iria para Salomão, “porque do Senhor ele o recebeu” (1 Rs 2.15). Davi não fez nada para impedi-lo. Então Adonias realizou uma festa, ostensivamente para celebrar sua ascensão ao trono. Quando o profeta Natã percebeu o que estava acontecendo, instruiu Bate-Seba a contá-lo a Davi, que agora já encontrava-se velho e doente.
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).
Bate-Seba obedeceu. Naquilo que foi um dos melhores momentos com sua esposa, Davi declarou a Bate-Seba: “Tão certo como vive o Senhor, que remiu a minha alma de toda a angústia, farei no dia de hoje, como te jurei pelo Senhor, Deus de Israel, dizendo: Teu filho Salomão reinará depois de mim e se assentará no meu trono, em meu lugar” (1 Rs 1.29-30).
Enquanto Adonias estava com seus convidados, Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, coroaram Salomão. Aproximadamente 21 anos depois que Deus tomou o filho de Bate-Seba, que fora concebido em pecado, Ele coroou seu outro filho como rei de Israel.
Bate-Seba aparece ainda mais uma vez. Davi havia morrido, e Adonias aparentemente continuava alimentando esperanças de poder usurpar o trono. Adonias pediu a Bate-Seba que convencesse seu filho Salomão a lhe dar Abisague, uma bonita jovem que havia servido a Davi. Bate-Seba era evidentemente ingênua no que diz respeito aos caminhos do mundo e não entendeu que o pedido de Adonias era uma tentativa de desacreditar seu filho. Na cultura daquele tempo, Abisague era propriedade do rei. Se ele não a quisesse, ninguém mais poderia tê-la. Irado, Salomão negou o pedido e solidificou seu reinado mandando matar Adonias (1 Rs 2.24-25).
Mas a entrada de Bate-Seba na presença de Salomão revela um belo relance do relacionamento entre mãe e filho. A Escritura diz: “O rei se levantou a encontrar-se com ela e se inclinou diante dela; então, se assentou no seu trono e mandou pôr uma cadeira para sua mãe, e ela se assentou à sua mão direita” (1 Rs 2.19). Embora Bate-Seba fosse agora apenas uma viúva entre tantas no palácio, ela era a única viúva que era mãe do rei.
Foi escrito no livro de Gálatas: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Infelizmente, aquele que semeia não é o único que colhe. No instante em que Davi semeou sementes de pecado, as vidas de Bate-Seba e de seus filhos foram mudadas para sempre. Deus, mesmo sendo santo, reto e justo, também é misericordioso. Sua misericórdia dura para sempre e Ele a dispensa graciosamente para qualquer um que verdadeiramente se arrepende. (Lorna Simcox - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)