17 junho 2014

A Palavra que Determina o Futuro


A Palavra que Determina o Futuro

Norbert Lieth
Veio a mim a palavra do Senhor dos Exércitos, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Tenho grandes zelos de Sião e com grande indignação tenho zelos dela. Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; Jerusalém chamar-se-á a cidade fiel, e o monte do Senhor dos Exércitos, monte santo. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém sentar-se-ão velhos e velhas, levando cada um na mão o seu arrimo, por causa da sua muita idade. As praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se isto for maravilhoso aos olhos do restante deste povo naqueles dias, será também maravilhoso aos meus olhos? – diz o Senhor dos Exércitos. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo, tirando-o da terra do Oriente e da terra do Ocidente; eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em justiça. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Sejam fortes as mãos de todos vós que nestes dias ouvis estas palavras da boca dos profetas, a saber, nos dias em que foram postos os fundamentos da Casa do Senhor dos Exércitos, para que o templo fosse edificado. Porque, antes daqueles dias, não havia salário para homens, nem os animais lhes davam ganho, não havia paz para o que entrava, nem para o que saía, por causa do inimigo, porque eu incitei todos os homens, cada um contra o seu próximo. Mas, agora, não serei para com o restante deste povo como nos primeiros dias, diz o Senhor dos Exércitos. Porque haverá sementeira de paz; a vide dará o seu fruto, a terra, a sua novidade, e os céus, o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde tudo isto. E há de acontecer, ó casa de Judá, ó casa de Israel, que, assim como fostes maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis bênção; não temais, e sejam fortes as vossas mãos. Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Como pensei fazer-vos mal, quando vossos pais me provocaram à ira, diz o Senhor dos Exércitos, e não me arrependi, assim pensei de novo em fazer bem a Jerusalém e à casa de Judá nestes dias; não temais. Eis as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo, executai juízo nas vossas portas, segundo a verdade, em favor da paz; nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso, porque a todas estas coisas eu aborreço, diz o Senhor. A palavra do Senhor dos Exércitos veio a mim, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: O jejum do quarto mês, e o do quinto, e o do sétimo, e o do décimo serão para a casa de Judá regozijo, alegria e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades; e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor e buscar ao Senhor dos Exércitos; eu também irei. Virão muitos povos e poderosas nações buscar em Jerusalém ao Senhor dos Exércitos e suplicar o favor do Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zacarias 8).
Depois da mensagem de advertência no capítulo 7, o capítulo 8 traz uma mensagem encorajadora. Uma criança castigada também precisa ser consolada. Oséias diz que o Senhor despedaça, mas também sara, faz a ferida, mas também a liga (Os 6.1). O período de luto deve chegar ao fim e o tempo de jejum deve tornar-se um tempo de alegria (Zc 8.19). O Senhor encoraja Seu povo com as palavras: “Sejam fortes as mãos de todos vós que nestes dias ouvis estas palavras da boca dos profetas, a saber, nos dias em que foram postos os fundamentos da Casa do Senhor dos Exércitos, para que o templo fosse edificado” (v.9). Os profetas mencionados são Ageu e Zacarias, que estavam em Jerusalém quando as obras de reconstrução do templo recomeçaram (Ed 5.1). Em outra passagem o Senhor diz: “...não temais, e sejam fortes as vossas mãos... não temais!” (vv.13,15).
Zacarias 7 termina com a frase: “Espalhei-os com um turbilhão por entre todas as nações que eles não conheceram; e a terra foi assolada atrás deles, de sorte que ninguém passava por ela, nem voltava; porque da terra desejável fizeram uma desolação”.
O capítulo 8 apresenta um tom diferente, falando da reunião de Israel nos últimos tempos e de sua renovação, pois quando o Senhor enviou esta profecia o povo já havia voltado da Babilônia. “Eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em justiça” (v.8).
Neste artigo trataremos de quatro pontos principais:
  • Quem determina o futuro.
  • Para que serve o futuro.
  • O que o futuro traz.
  • Aprendendo da história para encarar o futuro.

Quem determina o futuro

Israel não está sujeito a nenhuma força do destino, a nenhum governante ou dominador terreno nem ao transcorrer da História, mas a Deus.
Não são os povos que determinam o futuro de Jerusalém. Nem resoluções ou sanções da ONU, nem a vontade do islã decidem sobre o futuro de Israel. Israel não está sujeito a nenhuma força do destino, a nenhum governante ou dominador terreno nem ao transcorrer da História, mas a Deus: “Veio a mim a palavra do Senhor dos Exércitos, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Tenho grandes zelos de Sião e com grande indignação tenho zelos dela” (Zc 8.1-2). Esses dois versículos soam como um trovão vindo da eternidade. São palavras para Israel, mas dirigem-se contra as nações. Por assim dizer, trata-se do eco das palavras de Zacarias 1.14-15: “Com grande empenho, estou zelando por Jerusalém e por Sião. E, com grande indignação, estou irado contra as nações que vivem confiantes”. Aqui fala o Senhor dos Exércitos. É palavra Sua que o profeta recebe. Esta declaração de que é o Senhor falando se estende por todo o capítulo (vv. 1, 2, 3, 4, 6, 7, 9, 14, 17, 18, 19, 20, 23).
O futuro de Israel não está baseado em uma invenção humana, da mesma forma como Israel também não é um produto de conquistas humanas ou fruto do acaso. A recondução dos judeus ao seu lar e a formação do Estado de Israel em 1948, assim como a tomada de Jerusalém em 1967, são provas da força da Palavra de Deus. O fato de os judeus viverem novamente em sua terra é uma prova da verdade e da confiabilidade da Palavra de Deus. Passado, presente e futuro de Israel estão submissos às declarações de Deus, de Suas profecias e promessas.
Mas também todo aquele que crê em Jesus, todo cristão renascido pelo Seu Espírito está sob as firmes promessas de Deus em Jesus Cristo: “A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada” (1 Pe 1.25). Israel é um povo de maravilhas, pois tem um Deus maravilhoso: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se isto for maravilhoso aos olhos do restante deste povo naqueles dias, será também maravilhoso aos meus olhos? – diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 8.6). A Palavra de Deus sobrepuja qualquer idéia humana. Provavelmente os próprios israelitas quase não conseguiam acreditar no que estavam ouvindo. Mas alguma coisa seria impossível para Deus? Na verdade, todas as coisas são possíveis para Ele! Ele ajuda a sair de situações completamente sem perspectiva e ilumina a mais profunda escuridão. Ele levou Seu povo vindo do terrível Holocausto de volta para casa, deu-lhe as maiores vitórias sobre seus inimigos, e também lhe dará o futuro messiânico. Já no capítulo 3.8 ouvia-se esta mensagem: “Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens de presságio; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo”.
As maravilhas em Israel referem-se, na verdade, a um único homem: Jesus Cristo. Ele é o Renovo, o Maravilhoso Conselheiro (Is 9.6), que veio e virá para Israel, que fez e fará maravilhas. Será que alguma coisa seria difícil demais para Ele (Gn 18.14)? Quando Manoá, pai de Sansão, perguntou pelo nome do Senhor, Ele respondeu: “Por que perguntas assim pelo meu nome, que é maravilhoso?” (Jz 13.18). Este Deus determinará e conduzirá o futuro de Israel de forma maravilhosa.
Ainda precisamos de uma prova do poder da Palavra de Deus? Aqui está: “Eis que salvarei o meu povo, tirando-o da terra do Oriente e da terra do Ocidente; eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em justiça” (Zc 8.7-8). A frase “da terra do Oriente e da terra do Ocidente” muito provavelmente simboliza o mundo inteiro, que experimenta o nascer e pôr do sol (confira Is 11.12; 43.5-6).
Naquela época, a saída de Israel da Babilônia foi uma condução de todo um povo de volta para sua pátria vindo de um único lugar. Em nossos dias, a volta de Israel à sua terra acontece a partir dos quatro cantos do mundo. Nunca houve coisa igual na história de Israel. Isto prova a confiabilidade mas também a atualidade da Palavra de Deus em nosso tempo. A condução de Israel em direção ao Messias não pode ser detida. Nada pode impedir que Deus realize Seu plano. O Holocausto não conseguiu impedir os planos de Deus, e qualquer outro poder do mundo tampouco o conseguirá.
A história recente de Israel assemelha-se ao cheiro bom que vem da cozinha quando o almoço está quase pronto e falta pouco para nos sentarmos à mesa. A restauração de Israel em nossos dias é o aperitivo para o cumprimento completo no Milênio (v.8).

Para que serve o futuro

O futuro serve à glória do Senhor Jesus. Isso é depreendido de Zacarias 8.3: “Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; Jerusalém chamar-se-á a cidade fiel, e o monte do Senhor dos Exércitos, monte santo”. Quem volta? Aquele que já esteve aqui uma vez: Jesus Cristo!
A restauração de Israel serve para um único e elevado propósito: que o Senhor Jesus possa voltar para instalar o Seu reino em Israel, com Israel e por meio de Israel.
A restauração de Israel serve para um único e elevado propósito: que o Senhor Jesus possa voltar para instalar o Seu reino em Israel, com Israel e por meio de Israel. Entendemos isso pelas palavras de Tiago em Atos 15.15-16: “Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei”.
Jesus é o Deus de Israel, e Ele leva Seu povo de volta à Sua terra, com o único objetivo de tornar-se o Deus de Israel de forma visível para todo o mundo: “Eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em justiça” (Zc 8.8). O versículo 3 fala que Jerusalém será chamada de cidade fiel, e o versículo 8 menciona que a verdade será uma das características dessa cidade. Nessas duas vezes, tanto fidelidade como verdade dizem respeito à verdade de Deus. Na primeira vez Jerusalém é chamada de “cidade fiel” porque esta cidade lembra a fidelidade de Deus. Aqui torna-se visível que o Senhor cumpriu as Suas promessas. Então Ele será o seu Deus “em verdade e em justiça”. Todas as nações se admirarão disso, incluindo o próprio Israel. Por essa razão, o futuro de Israel também serve para:
– Cumprir a promessa dada por Deus a Abraão: “E há de acontecer, ó casa de Judá, ó casa de Israel, que, assim como fostes maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis bênção; não temais, e sejam fortes as vossas mãos” (Zc 8.13). Deus prometera a Abraão:“De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!” (Gn 12.2). Esta aliança com Abraão baseava-se em uma promessa livre e soberana de Deus (Gn 12.1,3; 15.7-18; 22.16-18). Em Deuteronômio 29 Moisés faz uma aliança com o povo (v. 1) e fala sobre a bênção que Israel receberia pela sua obediência (vv. 1-2ss), mas também sobre a maldição pela desobediência (vv. 15ss). A maldição de Moisés referia-se ao rompimento da aliança do Sinai que Deus havia feito com Seu povo. Em Êxodo 19.5-8 o povo concordou com a aliança de Deus oferecida por meio de Moisés, isto é, a aliança condicionada pela obediência. Mas Israel desobedeceu e foi castigado. Assim como a maldição de Moisés sobre Israel se tornou verdade, também a promessa de Deus para Abraão se cumprirá.
– As nações. A tarefa de Israel como nação é ser uma bênção para todos os povos. Isto ainda está por vir. “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades; e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor e buscar ao Senhor dos Exércitos; eu também irei. Virão muitos povos e poderosas nações buscar em Jerusalém ao Senhor dos Exércitos e suplicar o favor do Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zc 8.20-23).
A notícia de que o Senhor reina em Jerusalém se espalhará como um fogo na estepe seca. Nações inteiras virão para buscar ao Senhor. Haverá um despertamento mundial e inédito entre as nações, e elas reconhecerão algo maravilhoso: “que Deus está convosco”. Hoje Israel ainda é o povo desprezado e menosprezado pelas nações. É ridicularizado, levado aos tribunais dos povos e condenado. Não se vê nada de especial em Israel – então por que justamente este povo seria o povo de Deus? Mas isto não ficará assim (cf. Zc 2.11; 14.16-19; Is 2.3).

O que o futuro traz

Os efeitos do Milênio sobre Israel serão uma bênção inimaginável. Juntamente com as ruínas da cidade de Jerusalém sendo reedificadas, as pessoas também serão restauradas:“Ainda nas praças de Jerusalém sentar-se-ão velhos e velhas, levando cada um na mão o seu arrimo, por causa da sua muita idade. As praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão” (Zc 8.4-5).
Depois da destruição de Jerusalém o profeta Jeremias chorou e lamentou-se: “Sentados em terra se acham, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; lançam pó sobre a cabeça, cingidos de cilício; as virgens de Jerusalém abaixam a cabeça até o chão. A língua da criança que mama fica pegada, pela sede, ao céu da boca; os meninos pedem pão, e ninguém há que lho dê” (Lm 2.10; 4.4). Os judeus ainda viam estas imagens com clareza diante de seus olhos. Como esta promessa deve tê-los encorajado! Parecia que Deus havia feito referência àquele sofrimento para lhes dar nova esperança para o futuro: Deus despertará nova vida, as pessoas ficarão velhas, e as crianças brincarão novamente nas ruas, livres e desimpedidas e não ameaçadas pelo terrorismo (cf. Is 65.19ss). Hoje quase não conseguimos imaginá-lo, mas um dia isto acontecerá.
Mas não só a cidade despertará para uma nova vida, não só as pessoas nem só as nações, mas também a terra e o campo.
Mas não só a cidade despertará para uma nova vida, não só as pessoas nem só as nações, mas também a terra e o campo:“Mas, agora, não serei para com o restante deste povo como nos primeiros dias, diz o Senhor dos Exércitos. Porque haverá sementeira de paz; a vide dará o seu fruto, a terra, a sua novidade, e os céus, o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde tudo isto” (Zc 8.11-12).Quando Deus perdoa, nova vida surge! Deus perdoa o pecado dos homens, mas também anula a maldição da terra, o que terá como conseqüência a restauração da natureza: “...e tirarei a iniqüidade desta terra, num só dia. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, cada um de vós convidará ao seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira” (Zc 3.9-10). Onde hoje ainda espreitam terroristas e há constantes ataques, perigo de guerra e destruição, um dia brotará a semente da paz que o Senhor realizou na cruz e completará na Sua volta. Hoje Israel é constantemente ameaçado pela falta de água, mas então uma corrente de água viva fluirá do templo e tornará a terra extremamente fértil (Ez 47).
Esta promessa também tem um aspecto muito sério, que não pode ser ignorado, pois o Senhor diz: “Farei que o resto deste povo herde tudo isto”. E em Romanos 9.27 o apóstolo Paulo diz claramente: “O remanescente é que será salvo”. Para este remanescente o luto se transformará em alegria: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: O jejum do quarto mês, e o do quinto, e o do sétimo, e o do décimo serão para a casa de Judá regozijo, alegria e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz” (Zc 8.19). O versículo 19 se reporta à pergunta feita pelo povo de Betel em Zacarias 7.3 e à resposta negativa dada por Deus no capítulo 7.5-6. Mas agora Israel recebe uma resposta positiva, que vai muito além daquilo que eles tinham imaginado: mais dois períodos de jejum são acrescentados aos do quinto e sétimo meses, que eles já realizavam, isto é, no quarto e no décimo mês, mas estes jejuns serão tempo de festa e motivo de celebração para Israel.
Deus pode transformar luto em alegria! Quando uma pessoa recebe o perdão do Senhor Jesus, nada permanece como estava. A parábola do filho pródigo é um bom exemplo dessa verdade: “Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se” (Lc 15.24). Essa parábola refere-se primeiramente a Israel, o filho perdido que um dia voltará à casa do Pai, mas também a toda pessoa que volta para Deus, que se arrepende e passa a seguir a Jesus. O Senhor Jesus disse que a alegria que Ele nos dá jamais será tirada de nós (Jo 16.22).

Aprendendo da história para encarar o futuro

Essas promessas tremendas e essas grandiosas perspectivas de futuro para Israel não podem servir de carta branca para uma vida superficial, que não tenha Deus como objetivo ou até mesmo seja uma vida voltada para o pecado. Por isso vamos voltar mais uma vez às palavras já lidas no capítulo 7.9-10: “Eis as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo, executai juízo nas vossas portas, segundo a verdade, em favor da paz; nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso, porque a todas estas coisas eu aborreço, diz o Senhor” (Zc 8.16-17). E no versículo 19, versículo de alegria, lemos: “Amai, pois, a verdade e a paz”.
A comunhão com Deus sempre inclui uma vida santificada. Ninguém pode crer sinceramente na bondade de Deus e ao mesmo tempo viver em pecado. Na verdade, a fé precisa ser aprovada por meio das obras. Não podemos fingir amar a Deus enquanto odiamos o nosso irmão. Também não podemos dizer que seguimos a Deus enquanto O traímos. Do mesmo modo, não podemos nos alegrar com a verdade da Palavra ao mesmo tempo em que mentimos: “Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade” (Tg 3.13-14). Quem tem Jesus tem a vida, e essa vida deve e tem de caracterizar o nosso dia-a-dia! Senão estaremos nos enganando a nós mesmos.

11 junho 2014

A Gloriosa Graça de Deus


A Gloriosa Graça de Deus

David M. Levy
Há aproximadamente cem anos, Julia H. Johnson compôs a letra de um hino intituladoGrace Greater Than Our Sin [“Graça Maior que o Nosso Pecado”; conhecido em português pelo título: Graça de Deus, Infinito Amor]. A quarta estrofe desse hino sintetiza com muita propriedade o conceito da graça de Deus:
Maravilhosa, 
incomparável graça,
concedida livremente a todo
o que nEle crer;
tu que anelas ver Sua face,
queres neste instante
Sua graça receber?
Nós que recebemos a graça de Deus por intermédio de Jesus Cristo, de fato, constatamos quão maravilhosa e incomparável é essa graça. Entretanto, qual é o significado da expressão Graça de Deus?

A Definição da Graça de Deus

A definição encontrada em um dicionário para o termo graça é a seguinte: “O favor imerecido que Deus concede ao homem”. Embora tal definição seja verdadeira, é incompleta. Graça é um atributo de Deus, um componente do caráter divino, demonstrada por Ele através da bondade para com o ser humano pecador que não merece o Seu favor.
Um Deus santo não tem nenhuma obrigação de conceder graça a pecadores, mas Ele assim o faz segundo o bem querer da Sua vontade. Ele demonstra graça ao estender Seu favor, Sua misericórdia e Seu amor para suprir a necessidade do ser humano. Visto que o caráter de Deus é composto de graça, movido por bondade Ele espontaneamente se dispõe a conceder Sua graça à humanidade pecadora em nosso tempo de aflição. A graça de Deus pode ser definida como “aquela qualidade intrínseca do ser ou essência de Deus, pela qual Ele, em Sua disposição e atitudes, é espontaneamente favorável” a outorgar favor imerecido, amor e misericórdia àqueles que Ele escolhe dentre a humanidade desmerecedora.1

A Declaração da Graça de Deus

Ao longo de toda a Bíblia, a graça de Deus se manifestou em três estágios. No primeiro, Deus revelou Sua bondade e graça ao demonstrar misericórdia, favor e amor para com todos os homens em geral, mas para com Israel em particular. No segundo estágio, Deus expressou ou apresentou Sua graça, de forma mais clara, através de Jesus Cristo, o qual veio ao mundo para pagar pelos pecados do homem mediante Sua morte sacrificial na cruz. No terceiro, a graça de Deus proporciona salvação e santificação a todos os que, pela fé, confiam em Jesus Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas.
Na Septuaginta, uma antiga tradução das Escrituras do Antigo Testamento para a língua grega, o termo grego traduzido por “graça” é charis que significa “graça ou favor imerecido”. As Escrituras Hebraicas não possuem nenhum termo hebraico equivalente. Os termos originais hebraicos traduzidos na Septuaginta por charis são chanan ou chen, que se traduzem por “graça”, “favor” ou “misericórdia”.
Essas duas palavras hebraicas são usadas no Antigo Testamento para retratar o mesmo significado de charis: (1) mostrar misericórdia para com o pobre (Pv 14.31); (2) proporcionar misericórdia àqueles que invocam a Deus em tempo de angústia (Sl 4.1; 6.2; 31.9); (3) demonstrar favor a Israel no Egito (Êx 3.21; 11.3; 12.36); e (4) conceder (Deus) Sua graça a determinadas pessoas, tais como Noé (Gn 6.8), José (Gn 39.21), Moisés (Êx 33.12,17), e Gideão (Jz 6.17). Além disso, a graça de Deus será derramada sobre a nação de Israel no tempo da sua salvação (Zc 12.10).
A graça e a misericórdia também foram manifestadas a nações inteiras. O Senhor, por Sua graça, libertou o povo de Israel da escravidão no Egito.
Outros termos hebraicos, tais como,racham ou rachamim (i.e., “misericórdia”) echesed (“amor leal” ou “bondade”) muitas vezes ocorrem juntos no texto hebraico para expressar o conceito da graça de Deus (Êx 34.6; Ne 9.17; Sl 86.15; 145.8; Jl 2.13; Jn 4.2). Graça, amor e misericórdia estão explicitados na aliança de Deus com o rei Davi, a qual se estendeu a seu filho Salomão mesmo depois que este veio a pecar no decurso de sua vida (2 Sm 7.1-17).
Deus não outorgou Seu amor e graça a Israel por qualquer mérito dessa nação. Deus escolheu Israel para que fosse o povo de Sua propriedade exclusiva através de um ato de pura graça (Dt 7.6-9).
A graça e a misericórdia também foram manifestadas a nações inteiras. O Senhor, por Sua graça, libertou o povo de Israel da escravidão no Egito, supriu as necessidades da nação durante sua peregrinação no deserto e lhes concedeu a terra de Canaã. O amor do profeta Oséias por sua esposa Gômer, uma prostituta, ilustrava a graça e misericórdia de Deus para com Israel. Embora Gômer fosse uma esposa infiel, Oséias demonstrou-lhe graça, misericórdia e amor, ao resgatá-la do mercado de escravos pelo pagamento de um preço. Ela tipificava a nação de Israel redimida da escravidão do pecado.
Pela graça de Deus a ímpia cidade de Nínive foi poupada da destruição ao arrepender-se de seu pecado com a pregação de Jonas.
No Novo Testamento, o conceito de graça encontra uma expressão mais precisa, rica e completa no termo grego charis, o qual ocorre, no mínimo, por 170 vezes. A graça de Deus assume uma dimensão pessoal totalmente nova e se torna evidente ao ser humano nas palavras e obras do ministério redentor de Jesus Cristo. Que prova maior da graça de Deus poderia ser dada do que essa da salvação?
Foi o próprio Deus que, em Sua bondade e graça, tomou a iniciativa de providenciar a salvação para o homem após a queda de Adão no pecado. A graça de Deus se revela à humanidade de duas maneiras fundamentais:

A Graça Comum

A graça comum se refere ao imerecido favor, amor e cuidado providencial de Deus, estendidos a toda a raça humana em corrupção, pelos quais Deus derrama Suas bênçãos sobre todos em geral, tanto sobre os salvos quanto sobre os descrentes (Sl 145.8-9). Deus refreia Sua ira contra a humanidade pecadora, concedendo a uma nação ou a uma pessoa o tempo necessário para que se arrependa – o que vem a ser uma extensão da graça comum do Senhor.
graça comum também pode ser constatada na obra do Espírito Santo, quando este move o coração de uma pessoa ao persuadi-la(lo) e convencê-la(lo) da necessidade de buscar a salvação por intermédio de Jesus Cristo (Jo 16.8-11).

A Graça Especial

Graça = Favor imerecido que Deus concede ao homem.
A segunda maneira de Deus revelar Seu favor é através da graça especial,comumente denominada de graça eficaz, efetiva ou graça salvadora. A graça de Deus é eficaz na medida em que produz salvação na vida dos indivíduos eleitos que depositam sua fé na morte de Cristo e no sangue que Ele derramou na cruz para remissão de seus pecados. A graça eficaz é conhecida por experiência no momento em que Deus, pela instrumentalidade do Espírito Santo, opera de forma irresistível na mente e no coração de uma pessoa, de modo que o indivíduo escolha livremente crer em Jesus Cristo como seu Salvador.
Os crentes em Cristo são chamados, não segundo suas obras de esforço próprio, mas conforme a “determinação e graça” de Deus (2 Tm 1.9).
O apóstolo Paulo é um exemplo clássico da chamada eficaz de Deus. Ele foi chamado, não por sua vontade, mas “pela vontade de Deus” (1 Co 1.1). Na realidade, ele tentava destruir a Igreja até o momento em que se converteu a Cristo, conversão essa que ocorreu pela graça de Deus (At 9).

A Demonstração da Graça de Deus

A graça de Deus se evidencia de diversas maneiras na vida de um crente em Cristo.

Graça Salvadora

A palavra salvação é um termo abrangente. Refere-se ao ato redentor de Deus pelo qual Ele, no presente momento, redime o indivíduo da penalidade e do poder do pecado, e, no futuro, libertará o crente em Cristo da presença do pecado na ocasião da glorificação dos salvos. A salvação é um dom gratuito de Deus, concedido a uma pessoa em virtude da graça, por meio da fé, independente de qualquer obra ou mérito da parte da pessoa que o recebe. No momento da salvação, a graça imerecida e a fé do crente são dons que procedem diretamente do Senhor àqueles que põem sua fé em Cristo (Ef 2.8-9).
A graça da salvação, oferecida na atual dispensação, inclui cada aspecto da obra redentora de Deus em favor dos crentes em Jesus e abrange a redenção, a propiciação, a justificação, o perdão, a santificação, a reconciliação e a glorificação para aquele que, pela fé, recebe a Cristo.

Graça Santificadora

Deus, por intermédio do Espírito Santo, providenciou dons espirituais sobrenaturais com o objetivo de equipar e capacitar cada crente em Cristo para o seu ministério [i.e., serviço] na igreja local.
Naquele momento em que a pessoa, pela fé, recebe a Cristo, ele (ou ela) é santificado pela graça de Deus. A palavrasantificação significa “tornar santo” ou “separar para Deus” com propósito ou uso sagrado. A Bíblia menciona pessoas, lugares, dias e objetos inanimados consagrados (i.e., separados) a Deus. No que se refere a um indivíduo, a santificação pode ser definida como a obra da livre graça de Deus através do Espírito Santo, na qual Ele separa o crente para ser amoldado ou conforme à imagem de Cristo.
As Escrituras se referem a três estágios de santificação pela graça de Deus. O primeiro deles é o da santificação posicional que diz respeito à posição santa do crente perante Deus, fundamentada na redenção que Cristo efetuou a seu favor.
O segundo estágio é o da santificação progressiva, na qual o crente em Cristo se encontra no processo de ser santificado através da Palavra de Deus (Jo 17.17). Os crentes são exortados a crescer “na graça” (2 Pe 3.18); na busca desse crescimento, tornam-se recipientes do favor imerecido que procede do Senhor. O crescimento na graça não é obtido por meios naturais, mas se dá através do estudo da Palavra de Deus (2 Pe 1.2-3,5-6,8). À medida que um crente em Jesus cresce na graça, o fruto do Espírito se torna manifesto através da vida dele ou dela (Gl 5.22-23), levando a pessoa a uma conformidade com a imagem e semelhança de Cristo (Rm 8.29).
O terceiro estágio é o da santificação completa ou perfeita, que os crentes conhecerão por experiência quando receberem seus corpos glorificados e se completar a sua redenção (Rm 8.30; Ef 5.27). Esse acontecimento se concretizará na ocasião do Arrebatamento da Igreja (1 Co 15.51-52; 1 Ts 4.16-17).

Graça Servidora

A palavra dom (do termo grego charisma: “dádiva ou dom da graça”) se refere a um favor que alguém recebe gratuitamente, sem merecê-lo. Deus, por intermédio do Espírito Santo, providenciou dons espirituais sobrenaturais com o objetivo de equipar e capacitar cada crente em Cristo para o seu ministério [i.e., serviço] na igreja local. Não existe apenas um dom, mas, sim, uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes (Rm 12.6-8; 1 Co 12.8-11; Ef 4.7,11-12; 1 Pe 4.11).
O sofrimento faz parte da condição humana, em virtude do pecado, do envelhecimento do corpo, da desobediência ao Senhor, ou da punição de Deus.
Os crentes dispõem de “diferentes dons segundo a graça que [por Deus] nos foi dada” (Rm 12.6). Alguns crentes possuem uma abundância de dons, enquanto outros possuem apenas um ou dois. Esses dons, ou graças, não são dons, talentos ou habilidades naturais; pelo contrário, são dons proporcionados por Deus, os quais, através do crente, efetuam a edificação do Corpo de Cristo, rendendo, assim, a glória que pertence a Deus.
No uso de seu dom, um crente deve se dirigir às outras pessoas com uma atitude de graça. O apóstolo Paulo declarou: “A vossa conversa seja sempre com graça” (Cl 4.6; conforme a Tradução Brasileira). No que dizia respeito ao serviço para o Senhor, Paulo estava equipado, não com sua própria força e poder, mas com a graça de Deus que lhe fora outorgada. Ele disse: “...trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Co. 15.10).

Graça Sofredora

O sofrimento faz parte da condição humana, em virtude do pecado, do envelhecimento do corpo, da desobediência ao Senhor, ou da punição de Deus. Paulo tinha um “espinho na carne” (i.e., uma debilidade física) que ele, por três vezes, suplicara a Deus para que fosse removido. Cada uma de suas súplicas recebeu esta mesma resposta: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9). Em outras palavras, a graça de Deus era suficiente para fortalecer Paulo em sua dificuldade física, de modo que ele a pudesse suportar. O mesmo acontece com os crentes nos dias atuais. Deus proporciona a graça suficiente para nos fortalecer em meio a qualquer provação, tentação ou período de sofrimento.
Paulo resumiu isso com muita propriedade, quando escreveu: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2.11). Isso diz tudo. Junto com a compositora daquele hino, cantamos: “Maravilhosa, infinita, incomparável...” é a surpreendente graça de Deus.

Notas:

1. J. Dwight Pentecost, Things Which Become Sound Doctrine, Westwood, NJ: Fleming H. Revell, 1965, p. 19.

02 maio 2014

NOÉ A historia é outra

Noé - Oito Sobreviveram!

A despeito da ausência de aparelhagens meteorológicas sofisticadas, o Dilúvio dos tempos de Noé não veio sem aviso. Deus revelou Seu plano de um juízo global catastrófico aproximadamente um milênio antes a Enoque, que deu a seu filho o nome de Metusalém para celebrar a memorável revelação. O nome Metusalém transmite um mau presságio e significa literalmente, “Quando ele morrer, isso será enviado”.[1] Não é por coincidência que Metusalém morreu apenas alguns meses antes do grande Dilúvio e que sua vida seja a mais longa registrada em toda a história.
Desde o tempo da expulsão de Adão e Eva do jardim do Éden até o Dilúvio, houve uma determinação cada vez maior por parte da humanidade em desafiar os preceitos de Deus:
A maldade do homem se havia multiplicado na terra e [...] era continuamente mau todo desígnio do seu coração. [...] Todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gn 6.5,12).
A humanidade não estava apenas corrompida, mas era cheia de violência; o mundo estava pronto para o juízo (v.11). E, embora Deus tenha suspendido a execução da raça humana por muitos anos, Ele finalmente cumpriu o que havia prometido.
Além da rebelião humana coletiva contra Deus, muitos estudiosos da Bíblia crêem que também houve rebelião dos anjos. Embora haja outras interpretações para Gênesis 6.4, uma visão bastante respeitada é que alguns anjos caídos deixaram sua habitação normal, escolheram viver no âmbito físico e coabitaram com mulheres terrenas [veja também Jd 6-7]. Essas uniões produziram “valentes, varões de renome”, ou descendentes super-humanos que podem ter sido a origem de mitologias e lendas antigas.
Como apenas seres humanos podem ser redimidos, o objetivo provável desses anjos caídos era saturar toda a raça humana com uma linhagem demoníaca, tornando impossível a salvação da humanidade.[2] O plano redentor para a humanidade precisava eliminar um mundo corrompido pelo cruzamento com demônios, pela maldade e violência desenfreadas. Por isso, Deus anunciou: “Resolvi dar cabo de toda carne [...] eis que os farei perecer juntamente com a terra” (Gn 6.13).
Em preparação para o Dilúvio, Deus ordenou que ele construísse uma arca de refúgio (v.14). Assim que foi terminada, a arca era um sinal de juízo iminente, uma vez que Noé continuava pregando para um mundo que não se arrependia.
Deus preveniu a humanidade por meio de uma família de profetas começando com Enoque; depois, o filho de Enoque, Metusalém; o neto, Lameque; e finalmente, o bisneto, Noé. Noé pregou sobre a vinda do julgamento global a uma geração cada vez mais perversa. Em preparação para o Dilúvio, Deus ordenou que ele construísse uma arca de refúgio (v.14). Assim que foi terminada, a arca era um sinal de juízo iminente, uma vez que Noé continuava pregando para um mundo que não se arrependia.
Então, “aos dezessete dias do segundo mês [no ano em que Metusalém morreu],[3]nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram” (Gn 7.11).

Horríveis Geysers de Água e Gás

O juízo profetizado veio com a força de um tsunami. Pesquisadores que estudam catastrófes em placas tectônicas apresentam um modelo de Dilúvio que é nada menos que medonho. Eles sugerem um cenário aterrador, começando com terremotos que agitaram o planeta à medida que as placas pré-diluvinas do fundo oceânico se soltaram e rapidamente afundaram em direção ao centro da Terra. Placas continentais foram velozmente tragadas para dentro dessas “zonas de subdução”, como tapetes gigantes que estavam sendo arrancados de debaixo dos habitantes da Terra.[4]
As pancadas da crosta continental nas placas oceânicas causaram um levantamento do fundo oceânico, deslocando enormes quantidades de água dos mares do mundo para cima de terras secas. Um cientista estima um aumento no nível do mar “de mais de um quilômetro a partir apenas desse mecanismo”.[5]
Materiais derretidos escorrendo através de fissuras que iam avançando vaporizaram os oceanos e aqueceram os reservatórios subterrâneos, criando geysers lineares de água e gases quentes de milhares de quilômetros de extensão. À medida que esses gases e vapores esfriaram, eles condensaram, fornecendo a fonte principal das chuvas torrenciais durante os primeiros 40 dias e noites do grande Dilúvio.[6]
Exclusiva do mundo antediluviano era a abóbada de água-vapor que cobria a Terra e que criou o efeito-estufa que regulava as temperaturas globais. Os eventos destrutivos que se desenrolaram sobre o planeta fizeram desmoronar essa abóbada que os cientistas criacionistas estimam que continha o equivalente a alguns centímetros até 12 metros de água. Em pouco mais de um mês, a água cobriu cada centímetro do globo com 15 côvados (aproximadamente 6,60 metros) acima do ponto mais elevado da terra (Gn 7.20).

Pelo Menos 235 Milhões Morreram

Deus tinha anunciado: “Estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá” (Gn 6.17). A Bíblia registra: “Pereceu toda carne que se movia sobre a terra [...] foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra” (Gn 7.21,23).
O grande Dilúvio destruiu uma população global estimada em pelo menos 235 milhões de pessoas, de acordo com o Dr. Henry M. Morris. Segundo esse autor, “mais de 3 bilhões de pessoas poderiam facilmente estar na terra nos tempos de Noé”.[7] A não ser por Noé e sua família, toda a humanidade pereceu.
Ainda que o grande Dilúvio seja uma demonstração sem precedentes do juízo de Deus, ele também é um testemunho de Sua graça, disponível para todos que a aceitam.
O Dilúvio foi um julgamento destruidor terrível sem paralelos na história. O fato de que grupos de pessoas de todas as regiões do globo conservem uma “tradição de Dilúvio” não apenas reforça a historicidade, mas também estabelece uma conexão de ancestralidade comum com aqueles que realmente experimentaram o evento.[8] As milhares de histórias folclóricas de um dilúvio global em si já corroboram o relato de Gênesis.
A etimologia do nome de Noé e as palavras associadas com o Dilúvio também apresentam um vínculo intrigante com as oito pessoas que sobreviveram na arca que repousou sobre as montanhas de Ararate. Com os fatos horríveis gravados indelevelmente em suas memórias, essas oito pessoas saíram da arca para repovoar a terra, gravando a experiência de sua sobrevivência nas mentes de seus descendentes.
A rebelião aberta contra Deus acompanhada pela depravação completa do mundo antediluviano precipitaram a subseqüente destruição de quase toda a carne por parte de Deus. Embora Sua promessa de um juízo global não tenha sido cumprida imediatamente, ela finalmente o foi; e apenas oito almas que atenderam a admoestação de Deus sobreviveram.
Ainda que o grande Dilúvio seja uma demonstração sem precedentes do juízo de Deus, ele também é um testemunho de Sua graça, disponível para todos que a aceitam. (Charles E. McCracken - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

14 março 2014

Deus estva em nosso barco

Deus Estava em Nosso Barco

Um dos meus locais favoritos em Israel é o Mar da Galiléia. É uma linda experiência fazer umpasseio de barco em suas águas calmas e tranqüilas. Embora conheçamos sua reputação de tempestades súbitas e violentas, ainda nos aventuramos.
Ser um seguidor de Cristo não nos imuniza contra problemas. Nossa vida ainda é suscetível a “tempestades súbitas”. Mas nos aventuramos mesmo assim, confiando no Deus que nos promete: “Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” (Is 43.2).
Como as tempestades no Mar da Galiléia, que vêm furiosamente e sem aviso, três grandes tempestades, todas no período de um ano, abateram-se sobre mim e minha esposa, inesperadamente, vários anos atrás. Mas nós sabíamos que Jesus, o Deus-Homem, acalmou os ventos e as ondas com Sua Palavra. Ele nunca abandonou Seus discípulos em tempos de dificuldade. Portanto, sabíamos que Ele estava conosco, e nos apegamos à promessa:“Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco; não vos deixará, nem vos desamparará” (Dt 31.6).
A primeira tempestade que sacudiu nosso barco aconteceu quatro anos atrás quando foi diagnosticado que eu estava com um câncer chamado mieloma múltiplo. Não poderia ter acontecido numa época pior. Eu estava totalmente ocupado na produção de um filme evangélico: Rossvally: From the Synagogue to the Savior [Rossvally: Da Sinagoga ao Salvador]. Estava completamente envolvido em escrever, reescrever, ser ator, e fazer tudo o mais que é necessário na produção de um filme. Fui ao médico para meu check-up de rotina e soube que tinha câncer. Como eu estava tão envolvido em meu projeto, não sentia nenhum sintoma. Ficamos em estado de choque. Por que Deus permitiria que isto acontecesse logo agora?
O Senhor nos ajudou a passar pelas provações. As muitas orações do fiel povo de Deus também nos deram uma força adicional para permanecermos firmes: “Fez cessar a tormenta, e as ondas se acalmaram”.
Durante o longo e intenso tratamento e em meio ao horrível “torpor na mente” causado pelos medicamentos fortíssimos e tóxicos, eu lutava para ler o Livro de Salmos. Havia muitas passagens que me sustentavam. Como fazia o papel de um cirurgião militar no filme, personalizava o Salmo 20.7: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus”. Em meus momentos devocionais, eu via as carruagens e os cavalos como sendo todos os cuidadores da minha saúde e os tratamentos médicos. Embora eles todos fossem excelentes e necessários, eu me apoiava na Palavra que falava do Senhor como sendo minha ajuda maior: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl 121.2).
Cerca de um mês mais tarde, a segunda onda de aflição se abateu sobre nós. Minha esposa, Janis, subitamente sentiu seu braço direito e sua perna direita ficarem sem firmeza. Descobrimos que dois esporões em seu pescoço estavam pinçando a medula vertebral. Era algo tão sério que o médico achou que a medula iria se romper. Ela chorou ao telefone quando me contou o que estava acontecendo. Nunca me senti tão impotente.
Cinco dias mais tarde, ela estava na mesa de cirurgia. Tudo deu certo, mas durante seis meses Janis teve que usar uma braçadeira especial no pescoço. A despeito de seu desconforto, ela continuava a cuidar de mim. Era a Palavra que lhe dava consolo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30).
Oito meses depois, enquanto eu passava 19 dias no hospital por causa de um difícil tratamento específico, a terceira onda se abateu sobre nós. A doença de Alzheimer havia vencido a querida mãe de Janis. Durante os anos em que ela viveu conosco, vimos gradativamente a doença tomando conta dela. Finalmente, ficou quase que insuportável ver aquela doce senhora se transformar em alguém que era constantemente negativa. Houve momentos em que Janis achou que não era mais capaz de dar conta daquele trabalho.
Entretanto, durante todo aquele tempo, ela se apoiou na voz de Deus através de Sua Palavra: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10).
Finalmente, essas circunstâncias de sofrimento começaram a diminuir. A Palavra de Deus era como o bálsamo de Gileade para nós. Por meio dele, o Senhor nos disse que estava em nosso barco, por assim dizer. As tempestades não iriam nos vencer. O Senhor nos ajudou a passar por elas. As muitas orações do fiel povo de Deus também nos deram uma força adicional para permanecermos firmes: “Fez cessar a tormenta, e as ondas se acalmaram” (Sl 107.29). (Peter Colón - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

24 fevereiro 2014

O FIM ESTÁ PRÓXIMO

A Preparação Para o Terceiro Templo

O Arrebatamento da Igreja é o próximo evento importante na cronologia de Deus relacionada às atividades proféticas. Já não há mais profecias a serem cumpridas antes que ocorra o Arrebatamento. Ele é iminente, isto é, pode acontecer a qualquer momento. Na verdade, não existe nada, a não ser a graça longânima e a misericórdia de Deus, que possa impedi-lo de ocorrer imediatamente.
No entanto, embora não existam sinais para o Arrebatamento, há pelo menos um importante indicador de que ele está próximo, às portas. Esse indicador é a situação em que se encontram os preparativos para o próximo Templo Judeu a ser construído no monte do Templo, em Jerusalém.
O rabino Nachman Kahane, um rabino líder em Jerusalém, nascido em 1937, crê que um Templo será construído no monte do Templo enquanto ele ainda estiver vivo; e ele diz que tudo está pronto para que o Templo seja construído ainda hoje.
O mundo conheceu apenas dois Templos Judeus: o Primeiro, construído no monte do Templo pelo rei Salomão, durou 390 anos, antes que os babilônios o destruíssem no ano 586 a.C. O Segundo, construído depois do Cativeiro na Babilônia, no mesmo local (Ed 2.68; Ed 6.7), permaneceu durante 585 anos, antes de ser destruído pelos romanos no ano 70 d.C. O cenário dos tempos do fim na Palavra Profética de Deus anuncia que haverá um Templo Judeu quando o Anticristo reinar sobre o mundo.
O rabino Kahane treinou todos aqueles que estão na liderança desse esforço para a reconstrução; e foram seus alunos que deram início ao Instituto do Templo, em 1987, no bairro judeu na Cidade Velha de Jerusalém. O Instituto tem treinado homens para o serviço no Templo e acumulado todos os implementos necessários para o Templo, inclusive a mesa da proposição, o altar do incenso, e a menorá de ouro. A menorá, atualmente em exposição em frente à praça do Muro Ocidental em Jerusalém, é recoberta com aproximadamente 45 quilos de puro ouro e seu valor é de cerca de 2 milhões de dólares americanos.
Muitos acham que a menorá original, um candelabro com sete hastes, foi levada para Roma depois que o Segundo Templo foi destruído, porque um alto-relevo no Arco de Tito em Roma parece retratar exatamente isso. A menorá original pode ainda estar em Roma. O Instituto do Templo a reconstruiu meticulosamente.
Além disso, o Instituto do Templo também crê saber a localização da Arca da Aliança, que foi vista pela última vez no Templo de Salomão. Dois rabinos e um ativista judeu, todos trabalhando em atividades da reconstrução do Terceiro Templo, dizem já ter estado no local.

Outras atividades

O rabino Yehuda Glick, presidente da Temple Mount Heritage Foundation (Fundação da Herança do Monte do Templo), guia excursões de judeus ao monte do Templo para aumentar a familiaridade com este que é o mais sagrado de todos os sítios judeus, antes que o próximo Templo seja construído. Há alguns anos, ele levou a uma excursão educativa um grupo de 10 soldados pára-quedistas das Forças de Defesa de Israel (FDI). Este foi um marco, por se tratar da primeira vez que tropas da FDI uniformizadas estiveram no monte do Templo em uma década.
Os pára-quedistas, disse o rabino Glick, têm um “relacionamento especial” com o monte do Templo. Eles tomaram aquela elevação para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o que levou à reunificação de Jerusalém.
Embora o monte do Templo seja o mais sagrado sítio do judaísmo, o povo judeu não tem permissão para orar ali, nem para subir nele em grandes grupos, porque ele é controlado pelo Waqf muçulmano. Israel deu ao Waqf o controle como um gesto de boa vontade depois da reunificação da cidade em 1967.
O Instituto tem treinado homens para o serviço no Templo e acumulado todos os implementos necessários para o Templo, inclusive a mesa da proposição, o altar do incenso, e a menorá de ouro (na foto).
O rabino Glick está convocando o povo judeu para se unir e fazer todo esforço possível para visitar esse local sagrado e se concentrar em reconstruir o Templo. Durante vários anos, ele dirigiu os esforços do Instituto do Templo no sentido de se prepararem para a reconstrução.
Os Fiéis do Monte de Templo, de Gershon Salomon, têm uma pedra fundamental pronta para quando for dado início à construção. Diz-se que ela foi consagrada com água do poço bíblico de Siloé e cortada com diamantes.
Perto de Jericó, no vale do rio Jordão, um centro de treinamento educa homens, que crêem ser da tribo de Levi e da família sacerdotal, sobre como servir no próximo Templo. Nos últimos 25 anos esse centro já treinou milhares vindos de todas as partes do mundo. Muitas das vestes sacerdotais estão preparadas e guardadas. O rabino Kahane, que recebeu o primeiro conjunto de vestes sacerdotais, o guarda em seu armário, pronto para ser vestido imediatamente. Foram anos de pesquisa para se confeccionarem essas vestes:
Fibras de linho especiais foram importadas da Índia e muitas viagens ao exterior foram necessárias para se obter as cores corretas para as roupas. Emissários chegaram a ir a Istambul, para comprar os casulos das montanhas, dos quais se extrai o correto tom de carmesim. O segredo do tom certo de azul ficou perdido desde a destruição do Segundo Templo, até que a organização não-lucrativa Ptil Tekhelet o identificou como sendo o murex trunculus, ou hexaplex trunculus, o molusco corante listrado que se encontra nas proximidades do mar Mediterrâneo.[1]
Além disso, as 4.000 harpas necessárias para os levitas tocarem as músicas do Templo, como foi requerido pelo rei Davi em 2 Crônicas 23.5, estão perto de serem completadas pelos artífices da Casa de Harrari.
O rabino Yoel Keren acredita que o Terceiro Templo será construído seguindo os detalhes descritos em Ezequiel 40-46; mas primeiro o povo judeu construirá uma estrutura menos extravagante, como fez quando o Segundo Templo foi edificado 2.500 anos atrás.

O que está por vir

O cenário do final dos tempos na Palavra de Deus exige que um Templo Judeu esteja erigido quando o Anticristo governar o mundo. Ele o profanará e o povo judeu será forçado novamente a deixar o Templo porque se manterá fiel a Deus e se recusará a adorar o Anticristo (Dn 9.27).
Em Seu Sermão no monte das Oliveiras (Mt 24-25), Jesus confirmou a profecia de Daniel. Ele chamou a profanação de “o abominável da desolação” e disse que ela ainda não havia acontecido (Mt 24.15).
Algum dia, o Messias, Jesus, voltará para Jerusalém e construirá Seu Templo nesse pedaço de terra (Zc 1.16; Zc 6.12); e, a partir desse Templo do Milênio, Ele governará o mundo (Zc 6.13). Esse templo é descrito em detalhes vívidos e precisos em Ezequiel 40-46. Nada que tenha sido construído até agora se encaixa na descrição de Ezequiel. Nem o Tabernáculo, nem o Primeiro Templo edificado pelo rei Salomão, nem mesmo o Segundo Templo que foi dedicado por Zorobabel e magnificamente restaurado por Herodes o Grande. Sequer a estrutura desenhada na prancha de projetos de hoje será aquele Templo; essa estrutura será o Templo da Tribulação; que deverá estar em funcionamento na metade do período de sete anos que se denomina “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7).
Existe um obstáculo principal para a construção do Terceiro Templo: a edificação muçulmana cuja cúpula é coberta de ouro, o Domo da Rocha, que ocupa o monte do Templo. Não é uma mesquita, mas um edifício islâmico.
Algumas pessoas sugerem que um Templo Judeu poderia existir ao lado do Domo da Rocha, ambos partilhando do monte do Templo. Mas, falei com muitos líderes do movimento para a reconstrução que crêem que o Domo da Rocha terá que ser removido. Quando lhes perguntei como eles planejam fazer isso acontecer, disseram que não planejam. Eles pensam deixar esse detalhe para o Messias, mas querem estar prontos para começar a construção quando Ele abrir o caminho.
Você está preparado para o Arrebatamento da Igreja? Se está, viva pura e produtivamente para estar cheio de alegria quando ouvir o glorioso som da trombeta de Deus nos chamando para casa (1Ts 4.15-17). Acordo todas as manhãs com a expectativa de que este será o dia. À luz de tudo o que está acontecendo para a preparação de um Templo Judeu no monte do Templo, faríamos o certo se mantivéssemos nossos ouvidos bem abertos para o brado do Senhor, a voz do arcanjo e o chamado da trombeta de Deus. (Jimmy De Young - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

Nota:

  1. Danielle Kubes, “Third temple Preparations Begin with Priestly Garb”, The Jerusalem Post, 1 de julho de 2008, citado pelo Instituto do Templo, www.templeinstitute.org/archive/03-07-08.htm.

19 fevereiro 2014

O MUNDO É DOS MUNDANOS

Este ano temos eleição, não é uma novidade mas a novidade é os candidatos,pelo lado dos ditos Cristãos aparece para presidência alguns,mas a minha pergunta é você acha que um homem poderá mudar o Brasil?
Nos remetemos ao passado e JESUS foi aclamado o Rei dos Judeus , e poderia mudar a historia ,mas preferiu ficar calado pois Ele disse que o seu Reino não deste mundo. diferente de hoje que os pastores lutam para mudar o mundo , devo avisar que o comunismo tenta isso mas não consegue. A democracia também , ninguém consegue , Jesus disse algumas palavras
Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. João 15:19
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. João 17:14
Estamos amando mais o mundo do que as promessas que Deus fez . 

13 fevereiro 2014

OS JUDEUS roubaram" a terra dos palestinos? "

O legado otomano
Nos dias atuais, o povo judeu está na Terra Prometida graças ao decreto divino e a muito sangue, suor e lágrimas. Apesar da propaganda árabe alegar que os judeus “roubaram” a terra dos palestinos, a verdade dos fatos mostra que os judeus, além de não roubarem a terra, compraram-na legalmente dos proprietários muçulmanos que não davam valor à terra nem a queriam mais. Os turco-otomanos saquearam e pilharam a terra, mas os pioneiros judeus lhe restauraram a vida. A história comprova que aquela terra só floresce e frutifica quando o povo de Deus está de posse dela.
Nos dias atuais, o povo judeu está na Terra Prometida graças ao decreto divino e a muito sangue, suor e lágrimas.

O Império Otomano se estabeleceu no século XIII e sua influência se estendeu sobre a Terra Santa em 1516, quando o Império Turco, sob o comando do sultão Salim al-Yavuz derrotou e expulsou os mamelucos que dominavam aquele território e o Egito desde 1270.[1]
Os otomanos, que apesar de não serem árabes professavam a fé islâmica, dividiram aquele território recentemente anexado ao seu império em quatro sanjaks(termo turco que significa “estandarte” ou “bandeira”).[2] Eram eles: Jerusalém, Gaza, Nablus e Safed. Cadasanjak se constituía numa entidade organizacional, militar, econômica e jurídica.[3] Contudo, aquela terra viveu em estado de miséria sob o governo otomano.
Os primeiros três séculos de domínio otomano isolaram a Palestina da influência externa [...] O sistema tributário otomano foi nocivo e muito contribuiu para que a terra continuasse subdesenvolvida e sua população permanecesse pequena. Quando [o historiador] Alexander W. Kinglake atravessou o rio Jordão nos idos de 1834-1835, utilizou a única ponte que havia sobre o Jordão, uma antiguidade romana que sobreviveu.[4]
No entanto, apesar de toda sorte de privações, um remanescente do povo judeu sempre permaneceu na terra.
Mesmo depois da destruição do Estado judeu pelos romanos, comunidades judaicas continuavam a existir. Vez por outra, todos os governos subseqüentes tentaram eliminar os judeus, porém nenhum deles conseguiu, segundo comprovam vários relatos no decorrer dos séculos. No século XIX, quando iniciaram o atual “retorno” à Eretz Yisrael [N. do T.: do hebraico “Terra de Israel”], os sionistas se juntaram aos judeus que nunca deixaram a terra.[5]
Os judeus foram perseguidos impiedosamente pelos turcos e tiveram que pagar tributos conforme índices que equivaliam à extorsão. Em seu extraordinário livro, intitulado From Time Immemorial [i.e., “Desde Tempos Imemoriais”], Joan Peters citou frases de alguns cristãos que visitaram a importante cidade judaica de Safed no século XVII. Eles declararam: “os judeus pagam pelo próprio ar que respiram”.[6] Contudo, a senhora Peters escreveu: “na virada do século, a população judaica aumentara de 8-10 mil (em 1555) para algo entre 20-30 mil habitantes”.[7]
Mustafá Kemal Ataturk, o herói nacional da Turquia. Ele fundou a atual República Turca a partir das cinzas do Império
Otomano.

Entretanto, a situação deles era trágica pelo fato de que todos os não-muçulmanos eram oficialmente tolerados (num status de segunda classe denominado dhimmi), mas não eram considerados iguais perante a lei. Desse modo, o povo judeu não tinha direitos nem proteção sob a lei islâmica. E mais, eles estavam sujeitos a pagar tributos exorbitantes, a serem humilhados e, até mesmo, mortos – como a maioria deles foi – pelos cruéis muçulmanos.
Em 1660, por exemplo, os judeus de Safed foram massacrados e a cidade foi destruída, apesar das aviltantes taxas e tributos que o povo judeu pagava. A senhora Peters escreveu que em 1674, “os judeus de Jerusalém foram igualmente empobrecidos pela opressão do regime turco-muçulmano”. Ela citou as seguintes palavras do padre jesuíta Michael Naud: “Eles [i.e., os judeus] preferem ser prisioneiros em Jerusalém a desfrutarem da liberdade que poderiam ter em outro lugar [...] O amor dos judeus pela Terra Santa [...] é inacreditável”.[8]
Um judeu que visitou a terra de Israel em 1847 escreveu o seguinte:
Eles [i.e., o povo judeu] não têm nenhuma proteção e estão à mercê de policiais e paxás (título dos governadores de províncias do Império Otomano) que os tratam do jeito que bem entendem [...] as suas propriedades [i.e., dos judeus] não estão à disposição deles e eles não ousam reclamar de algum dano sofrido por temerem a vingança dos árabes. A vida deles é precária e todos os dias correm o risco de morrer.[9]

Uma “Vastidão Deplorável”

Quando Mark Twain, o famoso escritor e humorista americano, visitou aquela terra em 1869, a descrição que fez da terra, então governada pelos muçulmanos turco-otomanos, estava muito distante de uma “terra que mana leite e mel”:
Nós atravessamos algumas milhas de um território abandonado cujo solo é bastante rico, mas que estava completamente entregue às ervas daninhas – uma vastidão deplorável e silenciosa [...] lagartos cinzentos, que se tornaram os herdeiros das ruínas, dos sepulcros e da desolação, entravam e saíam por entre as rochas ou paravam quietos para tomar sol. Onde a prosperidade reinou e sucumbiu; onde a glória resplandeceu e desvaneceu; onde a beleza habitou e foi embora; onde havia alegria e agora há tristeza; onde o esplendor da vida estava presente, onde silêncio e morte jaziam nos lugares altos, lá esse réptil faz a sua morada e zomba da vaidade humana.[10]
Em outro capítulo, Twain escreveu o seguinte:
Não há um único vilarejo em toda a sua extensão – nada num raio de trinta milhas em qualquer direção. Existem dois ou três agrupamentos de tendas de beduínos, mas não há sequer uma habitação permanente. Uma pessoa pode cavalgar dez milhas pelas redondezas sem conseguir ver dez seres humanos.
Uma das profecias se aplica a essa região: “Assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. Espalhar-vos-ei por entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas” (Lv 26.32-33).
Nenhum ser humano que esteja aqui nas proximidades da deserta Ain Mellahah pode dizer que a profecia não se cumpriu.[11]
A falecida primeira-ministra de Israel,
Golda Meir.
“Já estou muito cansada de ouvir alegações de que os judeus ‘roubaram’ a terra dos árabes na Palestina. A verdade dos fatos é bem diferente. Muito dinheiro de boa procedência foi dado em pagamento pela terra e a realidade é que muitos árabes ficaram riquíssimos. Naturalmente houve outras organizações [além do Jewish National Fund (JNF) – “Fundo Nacional Judaico”] e inúmeros indivíduos que também compraram extensões de terra. Entretanto, no ano de 1947, só o JNF – com o dinheiro arrecadado em milhões das famosas ‘caixas azuis’ que se enchiam – já havia comprado mais da metade de todas as propriedades rurais judaicas naquele país. Portanto, acabem ao menos com essa calúnia”.
– Golda Meir, no livro My Life.
De fato, a desobediência do povo de Israel na Antiguidade trouxe desolação. Porém, a terra nem sempre foi assim. A Bíblia descreve a terra dada a Abraão, Isaque e Jacó como“uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel” (Êx 3.8). Deus prometera a Seu povo que eles seriam abençoados na seguinte condição: “Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno...” (Dt 28.1). Além disso, Deus advertiu que a desobediência deles lhes causaria o afastamento da Terra Prometida e que a própria terra ficaria desolada.
Entretanto, Deus também prometeu uma restauração:“Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo” (Is 27.6).A Palavra de Deus é categórica: a terra de Israel só gerará o fruto recompensador quando o povo que biblicamente lhe faz jus ao título e a quem pertence, estiver de posse dela. Do contrário, ficará sem cultivo, vazia e desolada.
Na realidade, o povo judeu alimenta dentro de si um anseio natural e intenso pela terra de Israel e por Jerusalém, sua amada cidade. O salmista compreendeu esse desejo singular, quase inexplicável, quando escreveu: “Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita” (Salmo 137.5).
Por outro lado, os conquistadores muçulmanos não tinham nenhum interesse nem amor pela terra que dominavam. A senhora Peters escreveu que embora aquele território tenha se tornado propriedade islâmica, os árabes que lá viviam “não tinham vontade nem experiência no trabalho agrícola; eles não tinham nenhum interesse ‘no trabalho duro’ nem no cultivo do solo”’.[12]
Hal Lindsey, em seu livro intitulado Everlasting Hatred [i.e., “Ódio Perpétuo”], fez a seguinte descrição da Terra Prometida sob o domínio dos turcos-otomanos:
A Terra Santa sofreu mais assolações nos quatrocentos anos de domínio turco-otomano do que nos mil e quinhentos anos anteriores. Por volta do século XIX, o antigo canal e os sistemas de irrigação foram destruídos. A terra estava estéril e cheia de brejos infestados de transmissores de malária. Os morros estavam completamente devastados, sem árvores e sem mata, de modo que toda a camada superior e arável do solo, bem como os terraços, já tinham sofrido erosão, restando somente a camada pedregosa.[13]
As coisas estavam tão ruins que a maioria dos muçulmanos ficou feliz por vender sua terra a qualquer pessoa que pudesse pagar os pesados impostos. Em 1901 foi instituído o Jewish National Fund [i.e., Fundo Nacional Judaico]. Esse fundo começou com a coleta de dinheiro no mundo todo, a fim de comprar a terra que estava nas mãos dos usurpadores muçulmanos e torná-la acessível à população judaica nativa e a muitos imigrantes judeus que quisessem fazer da Palestina – a antiga Terra Prometida – novamente o seu lar.
Golda Meir, que junto com seu marido foi uma das pioneiras a chegar àquela terra em 1921 e que, posteriormente, se tornou primeira-ministra de Israel, escreveu:
As únicas pessoas que talvez pudessem se encarregar do serviço de drenagem da região pantanosa do Emek [i.e., o vale de Jezreel] eram os pioneiros altamente motivados do movimento Sionistas Trabalhistas, que estavam preparados para recuperar a terra a despeito da dificuldade das circunstâncias e apesar do risco para a vida humana. Além do mais, eles estavam prontos a realizar aquela obra por si mesmos, em vez de empreendê-la através da contratação de trabalhadores árabes supervisionados por administradores agrícolas judeus.[14]
À medida que o povo judeu continuou na prática do aliyah (i.e, um termo hebraico que significa “subir”; imigração) a Israel, ficou evidente o seu amor pela terra. Eles adquiriram áreas estéreis assoladas e instalaram sistemas de irrigação; roçaram o terreno, retiraram as pedras e fizeram o plantio do solo. Além disso, drenaram vales pantanosos, brejos infestados de mosquitos, e os transformaram em terra fértil cultivada.
O povo judeu alimenta dentro de si um anseio natural e intenso pela terra de Israel e por Jerusalém, sua amada cidade. O salmista compreendeu esse desejo singular, quase inexplicável, quando
escreveu: “Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita” (Salmo 137.5).

Há 40 anos atrás, quando os israelenses começaram a se mudar para a região de Gush Katif na Faixa de Gaza, os árabes lhes disseram que a terra era amaldiçoada e que nada podia ser colhido daquele solo. Contudo, recentemente, quando os israelenses foram obrigados a deixar aquele território em virtude da política governamental de retirada da Faixa de Gaza, eles já tinham transformado Gush Katif no celeiro de cereais de Israel. Na realidade, esses judeus conseguiram fazer ali o que sempre fizeram: levar o deserto a florescer.
Os turco-otomanos muçulmanos deixaram um legado de desolação. Porém, Deus prometera que a terra ficaria desolada até que Seu povo – os filhos de Abraão, Isaque e Jacó – retornassem a ela:
“Portanto, profetiza e dize: Assim diz o SENHORDeus: Visto que vos assolaram e procuraram abocar-vos de todos os lados, para que fôsseis possessão do resto das nações e andais em lábios paroleiros e na infâmia do povo [...] Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Certamente, no fogo do meu zelo, falei contra o resto das nações e contra todo o Edom. Eles se apropriaram da minha terra, com alegria de todo o coração e com menosprezo de alma, para despovoá-la e saqueá-la. Portanto, profetiza sobre a terra de Israel e dize aos montes e aos outeiros, às correntes e aos vales: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que falei no meu zelo e no meu furor, porque levastes sobre vós o opróbrio das nações. Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Levantando eu a mão, jurei que as nações que estão ao redor de vós levem o seu opróbrio sobre si mesmas. Mas vós, ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel, o qual está prestes a vir” (Ez 36.3,5-8).
“Mas vós, ó montes de Israel, vós
produzireis os vossos ramos e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel, o qual está prestes a vir” (Ez 36.8).

Apesar da opinião do mundo acerca de Israel ser predominantemente anti-semita, a Escritura Sagrada é muito clara: o Deus soberano do universo criou os céus e a terra (Gn 1.1). Ele também criou o povo judeu, como uma nação constituída que nunca existira anteriormente. Além disso, Ele prometeu aos judeus um bem imóvel [i.e., um território] que se localiza literalmente no centro do mundo. Israel é uma Terra Prometida a um Povo Escolhido. O relacionamento entre a terra e o povo é simbiótico, ou seja, eles podem existir como entidades distintas, mas somente juntos são capazes de cumprir plenamente tudo o que o Senhor Deus prometeu. (Thomas C. Simcox - Israel My Glory -http://www.beth-shalom.com.br)
Thomas C. Simcox é o diretor de The Friends of Israel no Nordeste dos Estados Unidos.
Notas:
  1. Hal Lindsey, The Everlasting Hatred: The Roots of Jihad, Murrieta, CA: Oracle House, 2002, p. 163.
  2. “Sanjak”, publicado no site