31 março 2018

Papa pede vergonha e esperança para humanidade



Sob um forte esquema de segurança antiterrorismo, o papa Francisco presidiu na noite desta sexta-feira (30) a Via Crucis, tradicional rito das celebrações de Páscoa, no Coliseu de Roma. "Olhe para o Cristo Crucificado, n'Ele brota a esperança que dura para a vida eterna", escreveu o líder católico no Twitter momentos antes de se dirigir ao monumento.   
Durante a cerimônia, que teve início às 21h15 (horário local) e reuniu cerca a de 20 mil fiéis, o Papa pediu "vergonha para quem, mesmo na Igreja, perdeu a dignidade" e esperança para a humanidade. 
+ Papa celebra Paixão de Cristo e ressalta valor dos jovens
"Sentimos a vergonha de ter escolhido o poder e não você, a aparência e não você, o deus dinheiro e não você, a mundanidade e não a eternidade", ressaltou o Pontífice. 
Para Francisco, "as pessoas e até mesmo alguns de seus ministros se deixam enganar pela ambição e pela vaidade, perdendo sua dignidade e seu primeiro amor".   
Em sua oração, Jorge Mario Bergoglio também expressou "vergonha porque nossas gerações estão deixando aos jovens um mundo fraturado por divisões e guerras, um mundo devorado pelo egoísmo, onde jovens, crianças, doentes e idosos são marginalizados".   
Além disso, ele ressaltou a "vergonha de ter perdido a vergonha". A Via Crucis revive as etapas do calvário de Jesus, de sua condenação à morte até sua crucificação e sepultura. Entre as pessoas que carregaram a cruz estão uma família síria de cinco pessoas de Damasco e freiras dominicanas do Iraque.    Neste ano, os textos das meditações nas 14 estações da procissão foram escritos por 15 jovens entre 16 e 27 anos. Esta é a primeira vez que as mensagens são feitas por adolescentes.   
Nos últimos meses, o Papa tem feito diversos alertas para a juventude, considerando que os jovens são os principais descartados da atualidade, mas, ao mesmo tempo, a esperança para uma humanidade melhor.   
"Continuem a consagrar suas vidas tornando-se exemplos vivos de caridade e gratuidade neste nosso mundo, devorado pela lógica do lucro e do lucro fácil", alertou.   
Francisco acrescentou que os jovens são "a esperança de tantos missionários e os missionários continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormecida da humanidade arriscando suas vidas para servir os pobres, os descartados, os imigrantes, os invisíveis, os explorados, os famintos e os presos".   
A igreja, santa e composta de pecadores, continua, ainda hoje, apesar de todas as tentativas de desacreditá-la. Ela é uma luz que ilumina, encoraja, suscita e presencia o seu amor ilimitado pela humanidade. Um modelo de altruísmo, uma arca de salvação e uma fonte de certeza e verdade", acrescentou.   
Por fim, o Santo Padre lembrou da "cobiça e covardia de tantos advogados e hipócritas". "Ajude-nos a despir-se da arrogância, da míope e corrupta que viu em você uma oportunidade de ser explorado". Após encerrar a oração, o papa Francisco saudou os jovens autores dos textos das meditações e a professora que coordenava o grupo, Andrea Monda. Com informações da ANSA.
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Vídeo: Conflito na fronteira entre Gaza e Israel deixa mortos (Via AFP)
Sob um forte esquema de segurança antiterrorismo, o papa Francisco presidiu na noite desta sexta-feira (30) a Via Crucis, tradicional rito das celebrações de Páscoa, no Coliseu de Roma. "Olhe para o Cristo Crucificado, n'Ele brota a esperança que dura para a vida eterna", escreveu o líder católico no Twitter momentos antes de se dirigir ao monumento.   
Durante a cerimônia, que teve início às 21h15 (horário local) e reuniu cerca a de 20 mil fiéis, o Papa pediu "vergonha para quem, mesmo na Igreja, perdeu a dignidade" e esperança para a humanidade. 
"Sentimos a vergonha de ter escolhido o poder e não você, a aparência e não você, o deus dinheiro e não você, a mundanidade e não a eternidade", ressaltou o Pontífice. 
Para Francisco, "as pessoas e até mesmo alguns de seus ministros se deixam enganar pela ambição e pela vaidade, perdendo sua dignidade e seu primeiro amor".   
Em sua oração, Jorge Mario Bergoglio também expressou "vergonha porque nossas gerações estão deixando aos jovens um mundo fraturado por divisões e guerras, um mundo devorado pelo egoísmo, onde jovens, crianças, doentes e idosos são marginalizados".   
Além disso, ele ressaltou a "vergonha de ter perdido a vergonha". A Via Crucis revive as etapas do calvário de Jesus, de sua condenação à morte até sua crucificação e sepultura. Entre as pessoas que carregaram a cruz estão uma família síria de cinco pessoas de Damasco e freiras dominicanas do Iraque.    Neste ano, os textos das meditações nas 14 estações da procissão foram escritos por 15 jovens entre 16 e 27 anos. Esta é a primeira vez que as mensagens são feitas por adolescentes.   
Nos últimos meses, o Papa tem feito diversos alertas para a juventude, considerando que os jovens são os principais descartados da atualidade, mas, ao mesmo tempo, a esperança para uma humanidade melhor.   
"Continuem a consagrar suas vidas tornando-se exemplos vivos de caridade e gratuidade neste nosso mundo, devorado pela lógica do lucro e do lucro fácil", alertou.   
Francisco acrescentou que os jovens são "a esperança de tantos missionários e os missionários continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormecida da humanidade arriscando suas vidas para servir os pobres, os descartados, os imigrantes, os invisíveis, os explorados, os famintos e os presos".   
A igreja, santa e composta de pecadores, continua, ainda hoje, apesar de todas as tentativas de desacreditá-la. Ela é uma luz que ilumina, encoraja, suscita e presencia o seu amor ilimitado pela humanidade. Um modelo de altruísmo, uma arca de salvação e uma fonte de certeza e verdade", acrescentou.   
Por fim, o Santo Padre lembrou da "cobiça e covardia de tantos advogados e hipócritas". "Ajude-nos a despir-se da arrogância, da míope e corrupta que viu em você uma oportunidade de ser explorado". Após encerrar a oração, o papa Francisco saudou os jovens autores dos textos das meditações e a professora que coordenava o grupo, Andrea Monda. Com informações da ANSA.
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29 março 2018

A Pascoa onde tudo começou

Thomas C. Simcox
De todas as celebrações de Pessach (a Páscoa judaica), apenas uma foi a verdadeira. Ela aconteceu mais de 34 séculos atrás, quando o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó estava fazendo os preparativos para libertar Seu povo escolhido da escravidão no Egito.
O Senhor havia enviado Moisés e seu irmão Arão a Faraó para exigir que fosse permitido aos israelitas irem para o deserto a fim de adorá-lO. Faraó se recusou a dar a permissão. Então, Deus atacou o Egito com nove pragas devastadoras. Mesmo assim, Faraó ainda se recusou a permitir que os israelitas deixassem o Egito.
Então, Deus falou a Moisés: “Ainda mais uma praga trarei sobre Faraó e sobre o Egito. Então, vos deixará ir daqui; quando vos deixar, é certo que vos expulsará totalmente” (Êxodo 11.1).
Deus, como sempre, fez como havia prometido. A décima praga é a chave para o feriado de Pessach porque envolve o cordeiro pascal.
A décima praga foi a morte de todos os primogênitos machos, tanto seres humanos quanto animais. E, diferentemente das nove pragas anteriores, que nunca afetaram Gósen, onde moravam os israelitas, essa praga afetaria a todos.
O Senhor também usou a décima praga para ensinar aos israelitas o princípio bíblico da redenção por meio de um substituto. Ele disse a Moisés: “Consagra-me todo primogênito; todo que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto de homens como de animais, é meu” (Êxodo 13.2). Se os israelitas deixassem de seguir as instruções de Deus, esses primogênitos morreriam, juntamente com os primogênitos dos egípcios.
Deus disse aos israelitas que escolhessem um cordeiro ou um cabrito, macho, jovem, (um por família), no décimo dia do mês de nisan e observassem seu cordeiro durante três dias para se assegurarem de que ele era “sem defeito” (Êx 12.5). Depois, as instruções foram: “e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde. Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem” (Êxodo 12.6-7).
O Senhor também lhes disse: “naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão. Não comereis do animal nada cru, nem cozido em água, porém assado ao fogo: a cabeça, as pernas e a fressura” (Êxodo 12.8-9).
Deus não estava interessado nas preferências pessoais deles com relação ao preparo dos alimentos. Os cordeiros deveriam ser preparados de acordo com o que Deus falasse, e nada dos animais deveria ser guardado. “Nada deixareis dele até pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, queimá-lo-eis” (Êxodo 12.10).
Naquela noite, com o sangue na verga de suas portas, o povo judeu sentou-se em suas casas e comeu o cordeiro pascal. Eles não deveriam sair das casas. Quando Deus via o sangue nas portas, Ele protegia aquela família do destruidor que passou pela terra à meia-noite (Êx 12.29). Onde não havia sangue, os primogênitos machos daquelas famílias do Egito, inclusive a do Faraó, morreram.
O julgamento deu a vitória ao Deus de Israel e expôs a impotência dos ídolos e falsos deuses do Egito.
Os elementos-chave da Páscoa original eram o cordeiro assado, ervas amargas e pão sem fermento. Os sêderes (ceias pascais) de hoje são muito diferentes. O cordeiro é substituído pelo osso da canela (parte da perna abaixo do joelho) de um cordeiro, chamado zerah em hebraico. As ervas amargas permanecem, bem como o pão sem fermento (matzoh). Mas outros elementos foram acrescentados, e o feriado foi transformado de um tempo sóbrio de apreensão em uma celebração alegre de libertação.

Embora hoje Pessach seja substancialmente diferente da observação original, ela ainda aponta claramente para o profundo amor de Deus por Israel e a libertação física que Ele proporcionou ao povo judeu.
A principal mensagem de Pessach,logicamente, é a redenção. É sobre o plano de Deus para redimir Israel da escravidão. Todavia, ela contém paralelos maravilhosos para a cristandade:
1. O cordeiro foi observado durante três dias para se certificarem de que ele era perfeito, sem nenhum defeito. Jesus foi cuidadosamente observado durante Seus três anos de ministério na terra e foi declarado inocente pelo governador romano, Pôncio Pilatos, que afirmou: “eu não acho nele crime algum” (Jo 19.6). João Batista, um levita, disse de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!‘ (João 1.29).
2. Imediatamente após a Páscoa, é celebrada a festa de sete dias dos Pães Asmos (sem fermento). Na Bíblia, o fermento representa o pecado. Portanto, durante estes sete dias, o povo judeu observador da Lei se abstém de comer todos os produtos que contêm um agente levedador, como o fermento. A Escritura ensina que Jesus, o Deus-Homem, era perfeito – sem defeito, sem pecado – tornando-se o perfeito sacrifício para um Deus santo e justo.
3. Finalmente, vem o feriado dos Primeiros Frutos (Primícias, Lv 23.9-14). De acordo com a Bíblia, essa festa deveria ser observada “no dia imediato ao sábado” (Levítico 23.12). Embora haja algum desacordo quanto ao que essa instrução significa, a festa das Primícias claramente cai durante Pessach. No cristianismo, essa festa é associada à ressurreição de Cristo. Como escreveu o Apóstolo Paulo:
Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Coríntios 15.20-22).
Embora hoje Pessach seja substancialmente diferente da observação original, ela ainda aponta claramente para o profundo amor de Deus por Israel e a libertação física que Ele proporcionou ao povo judeu. É também um lindo quadro de Seu amor pela humanidade por meio da provisão vinda de Deus, que é Jesus, o Cordeiro Pascal, cuja morte e ressurreição proporcionam libertação espiritual da escravidão do pecado a todos aqueles que nEle colocam sua fé. (Thomas C. Simcox — Israel My Glory — Chamada.com.br)

26 março 2018

Bispo e padres são presos acusados de desviar recursos na Igreja Católica em Goiás

Jesus disse:
"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.
Mateus 6:24

O grande problema da humanidade esta aqui , homens que se dizem crentes em Deus mas na verdade são falsos como qualquer outro, que não crer , o problema esta na verdade na formação do carater da pessoa .
No mundo temos dois tipos de pessoas , umas boas e outras más, o que vemos hoje é uma corrida de quem quer ser o mais esperto o mais rico e ai caímos em um lodo fedorento chamado corrupção , onde nosso país esta navegando tipo um submarino que não consegue mais sair a superfície e procurar águas limpas.
Jesus também disse :Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se”.
Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.” (Apocalipse 22:11-13)
O que padres bispos e pastores estão fazendo exatamente isso , estão amando o dinheiro mais que suas próprias vidas , deixando seus rebanhos passarem fome enquanto falam ou vomitam coisas que não libertam mas cada dia aprisionam cada vez mais .
Estes dias parei para ver um culto de uma denominação aqui do Brasil e fiquei abismado pois durante duas horas o que ouvi no total foi pedição de dinheiro , apalavra foi de cunho para o sentimental das pessoas e o pastor presidente desta denominação simplesmente esqueceu sua primordial missão, que é pregar o evangelho e mostrou o quanto estava devendo e quanto as pessoas que ali estavam deveriam doar .
Você acha que isso é evangelho? estes padres caem no mesmo erro pensando em lucrar, eles não tem esposas nem filhos  isso na maioria mas resolveram enriquecer  ilicitamente.
Pastores  devem pregar a palavra que liberta e salva do pecado, que alivia dores e tira o homem de seus pecados ,mas esqueceram disso e passam ha ter ambições de ter uma vida de luxo.
Estamos vivendo os últimos dias da igreja na terra .

21 fevereiro 2018

Billy Graham: morre aos 99 anos 'Pastor dos Estados Unidos'

O evangelista Billy Graham, "Pastor da América", morreu  quarta-feira em sua casa em Montreat, Carolina do Norte, aos 99 anos, deixando para trás um legado de humildade, fé e serviço.

O conselheiro espiritual de vários presidentes, incluindo Lyndon Johnson, George W. Bush e Bill Clinton, Graham é creditado com mais de 3 milhões de pessoas no cristianismo.
A pregação do evangelista de renome mundial foi ouvida em 185 dos 195 países do mundo, e antes de sua morte, o lendário evangelista escreveu 32 livros, de acordo com a Associação Evangélica Billy Graham. 
Ao longo de seu ministério, Graham sempre falou da esperança do Céu: "A coisa mais emocionante do céu é que Jesus Cristo estará lá", disse ele. "Eu o vejo cara a cara. Jesus Cristo nos encontrará no final da jornada da vida".

18 dezembro 2017

É NATAL

Qual a imagem de natal que lhe traz mais lembrança?
O CHEIRO DA ARVORE ,QUANDO AINDA ELAS ERAM NATURAIS? 
ou o preparo da arvore, lembro que no natal meu pai sempre me convidava para irmos a feira comprar uma arvore .e a arvore que meu pai comprava sempre era grande tinha uns dois metros de altura eu era pequeno aquilo para mim era enorme.
depois vinha a parte de decorar a arvore, cara aquilo era sempre uma festa meu velho pai gostava deste tipo de coisa,todas as épocas de festas ele fazia alguma coisa principalmente em festas cristãs .
Mas o natal era o principal ,meu pai contava os dias para os preparativos,e tudo mais piscas piscas o cenário do presépio as vaquinhas os carneiros ,tudo isso era um sonho meu pai sempre soube fazer este tipo de coisas .
Hoje em dia não tenho mais meu pai, mas o legado do natal ficou neste ano eu ainda não havia pensado em minha arvore mas hoje me lembrei de como meu pai tratava o natal cm carinho.
Mesmo que ele não soubesse o verdadeiro significado do natal, ele me ensinou a amar o natal .
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6
Jesus nasceu Ele é nosso salvador viva o natal. 
Feliz Natal e um ano novo muito bom e abençoado.

13 dezembro 2017

OS PLANOS DE DEUS NÃO FALHAM

SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
Salmos 139:1-5

23 setembro 2017

A VERDADE SOBRE 23 DE SETEMBRO


O Que Acontecerá em 23 de Setembro de 2017?

René Malgo
Muitas pessoas estão angustiadas: “Alguma coisa grandiosa acontecerá”. No dia 23 de setembro de 2017 o mundo visível deverá ser atingido por um alinhamento de corpos celestes, que acontece somente a cada 7.000 anos e que coincide exatamente com a visão relatada em Apocalipse 12! – Pelo menos é o que os especialistas em assuntos do fim dos tempos e de profecias proclamam no YouTube. A maioria dos adivinhos online se mantém com reservas sobre o que exatamente acontecerá vinculado a esse grande sinal no céu. Entretanto, nota-se que os intérpretes de sinais nesse ponto estão unânimes. Os profetas da internet mais ousados se reportam a um monge, chamado Hepidanus, que viveu por volta de 1080 no mosteiro São Galo (Suíça), o qual teria profetizado que, após o dia 23 de setembro de 2017, na sequência do aparecimento desse grande sinal no céu, irromperia uma guerra devastadora.
Apocalipse 12 relata a seguinte visão: “Apareceu no céu um sinal extraordinário: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz. Então apareceu no céu outro sinal: um enorme dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres, tendo sobre as cabeças sete coroas. Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra. O dragão pôs-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse. Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro. Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono” (v. 1-5).
De fato, é impressionante o que os profetas online do fim dos tempos compilaram em relação a esses versículos. Christopher M. Graney, professor de física e astronomia do Jefferson Community & Technical College, em Louisville, Kentucky (EUA), resume a mensagem espetacular deles nas seguintes palavras:
“No dia 23 de setembro de 2017 o Sol aparecerá na constelação Virgem – ‘uma mulher vestida do sol’. A Lua estará abaixo do Sol – ‘com a lua debaixo dos seus pés’. As ‘nove’ estrelas da constelação Leão mais três planetas (Mercúrio, Vênus e Marte) aparecerão sobre a cabeça da mulher – ‘uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça’. O planeta Júpiter aparecerá ao centro da constelação da mulher, e quando a semana após o 23 de setembro tiver passado, ele se afastará da mulher em direção ao Leste, praticamente passando por seus pés – ‘Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz’. Júpiter é o maior entre os planetas, ou o ‘rei’ dos planetas – ‘Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro’. Esse não deve ser um sinal de algo maior, conforme dizem as fontes da internet?”
A resposta mais direta, honesta e cristã é: não.
Naturalmente, no dia 23 de setembro poderia ocorrer qualquer acontecimento. Praticamente a cada dia acontece algo espetacular. É o fim dos tempos, e isso já há 2.000 anos (1Coríntios 10.11; Hebreus 9.26; 1Pedro 1.20). Sem dúvida alguma, os dias finais estão se afunilando (ver 2Timóteo 3.1-9). O prognóstico de que em breve haverá uma guerra devastadora infelizmente não pode ser desconsiderado. Estamos vivendo tempos turbulentos. Se hoje alguém disser, mesmo sem muita convicção: “No dia ‘tal’ acontecerá algo grandioso”, normalmente no dia “tal” ele poderá escolher entre as numerosas manchetes aquilo que mais lhe agradar como “cumprimento”.
O problema referente às especulações sobre o 23 de setembro é: a teoria desse extraordinário acontecimento no céu, que supostamente acontece a cada 7.000 anos (ou a cada 6.000 anos, de acordo com o periódico Quelle), simplesmente não confere. Ela é falsa. Fake news. Uma mentira. Trata-se da mesma tolice daquele sinistro Planeta X, que causaria o fim do mundo no ano de 2012 ou da tétrade da Lua de Sangue, que teria ligação com algum evento fantástico.
Trata-se da mesma tolice daquele sinistro Planeta X, que causaria o fim do mundo no ano de 2012.
Assustador, no entanto, é ver muitos crentes – principalmente os fundamentalistas de “nossos” círculos – que mais uma vez embarcaram no trem em movimento das falsas profecias e que propagam a lenda dos grandes sinais celestes e dos grandes acontecimentos no dia 23 de setembro. Sem qualquer constrangimento, os piedosos “viajam” no âmbito do esoterismo e do ocultismo, citam quaisquer rabinos inimigos de Cristo, referem-se a misteriosos monges cuja existência é questionável e, assim, consideram-se como grandes intérpretes dos sinais dos tempos. Muitas vezes são esses cristãos que atacam as fantasias como O Senhor dos AnéisHarry Potter e Nárnia, mas eles mesmos não têm escrúpulos para basear suas teorias apoiados em intérpretes de sinais das estrelas e de agentes do ocultismo.
Christopher M. Graney, que de fato é um cientista e astrônomo, empenhou-se em pesquisar mais a fundo sobre essa questão. Ele leciona em uma faculdade católica. Quem aprecia as teorias conspiratórias, agora naturalmente poderia acusá-lo de fazer parte do sistema que pretende encobrir a verdade, com observações como: “Talvez ele seja maçom ou illuminati”, ou “Os jesuítas fizeram uma lavagem cerebral com ele”. Todavia, na página inicial de vofoundation.org ele apresenta fatos de peso que não podem simplesmente ser considerados “fatos alternativos”.
Primeiro: em função da rotação da Terra, o Sol passa a cada ano por todas as doze constelações estelares. Dito com outras palavras: a cada ano, no mês de setembro, o Sol aparece na constelação Virgem. Segundo: a Lua também percorre seu ciclo uma vez ao mês. Também ela passa mensalmente por cada constelação. Ou seja: a cada ano há um ou dois dias em que o Sol está na constelação “Virgem” e a Lua está ao leste dela (“sob seus pés”). Isso significa que “uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés” é algo tão “raro” como o Dia da Independência do Brasil em setembro: essa aparição celeste acontece a cada ano.
“Certo, certo”, dizem os profetas online, “isso está claro. O que dizer, porém, da inexplicável e extraordinária coroa com doze estrelas?” Aqui temos então o grande problema para os intérpretes estelares da internet: essa coroa não existe.
Na constelação de Leão, que supostamente deveria conter “doze estrelas”, há muito mais estrelas! As nove estrelas preferidas dos profetas do YouTube estão entre as mais brilhantes, mas de longe não são as únicas (e quem pode determinar se uma estrela não tem mais a luminosidade e importância necessárias?). Muitas vezes essas nove estrelas, em virtude de seu posicionamento, são utilizadas para identificar a constelação de Leão. No entanto, essa é uma prática bastante arbitrária. Outras representações “oficiais” da constelação de Leão, por exemplo, utilizam dez estrelas como delimitadoras – assim a coroa seria composta de 13 “estrelas” (dez estrelas mais três planetas).
Duvidando
A simples verdade é: “Há muitas estrelas em Leão e ao redor da ‘cabeça’ em Virgem”. Assim, a mulher no céu já está coroada com muitas estrelas. A teoria das estrelas com mais três planetas não se sustenta.
Todavia, o que faz os profetas da internet ficarem tão “fora da casinha”, apesar desses fatos aparentemente conhecidos, é a combinação dos planetas. Esse é o ponto crítico. Vários planetas junto à cabeça da mulher com o planeta Júpiter ao centro, enquanto a Lua aparece simultaneamente sob os pés dela – sim, isso realmente é algo bastante raro. O crucial, porém, é: a despeito das muitas estrelas que na verdade “coroam” a cabeça da mulher, essa rara aparição não tem relação alguma com a figura relatada em Apocalipse 12 (caso se queira acreditar que Apocalipse 12 trate apenas de sinais nas estrelas).
Visto por esse ângulo, no dia 23 de setembro de 2017 haverá uma manifestação especial no céu, mas, diante dos fatos recém-enumerados, mesmo com a melhor boa vontade ela não pode ser vinculada a Apocalipse 12. Acrescenta-se ainda que essa aparição não é tão rara como os promotores sensacionalistas anunciam no YouTube. A afirmação de que essa aparição celeste seja “única” ou que aconteça a cada 7.000 anos não confere. O professor Graney pesquisou um período de 1.000 anos e constatou que essa configuração apareceu no céu “em setembro de 1827, em setembro de 1483, em setembro de 1293 e em setembro de 1056”. Se ele tivesse retrocedido ainda mais, certamente teria encontrado mais dessas aparições.
A simples verdade é: “Há muitas estrelas em Leão e ao redor da ‘cabeça’ em Virgem”. Assim, a mulher no céu já está coroada com muitas estrelas.
Naturalmente alguém poderia agora mergulhar nos livros de história e pesquisar alguns acontecimentos empolgantes daqueles anos que os céus de setembro teriam então profetizado. No entanto, de acordo com Graney, não é assim que funciona a interpretação estelar. “Uma pessoa lê seu horóscopo diário, que diz: ‘hoje haverá obstáculos no caminho’. Então essa pessoa lembra os momentos em que esteve retida no trânsito ou na fila do supermercado, ou qualquer outra situação semelhante e dirá: ‘o horóscopo tinha razão’, mesmo que essas coisas aconteçam a cada dia”.
O dr. Danny R. Faulkner, um físico e astrônomo cristão conservador, que trabalha para a missão Answers in Genesis [Respostas em Gênesis], chega às mesmas conclusões, independentemente do professor Graney. Ele também ressalta que a afirmação das 9 estrelas da constelação de Leão é “falsa”. Além disso, ele aponta para a realidade visível no céu. Ele escreve que constantemente são mencionados os pés da Virgem, mas que “Mesmo conhecendo muito bem a [constelação] Virgem, eu nunca consegui ver uma mulher no céu, de modo que mal posso afirmar em que lugar deveriam estar seus pés, e eu duvido que qualquer outra pessoa possa fazê-lo”.
Por que isso é importante? Porque Gênesis 1.14 diz que Deus colocou luminares no céu como sinais. Sinais, porém, precisam ser óbvios. A imagem da mulher deveria ser facilmente identificável. E deveria ser possível vê-la completamente. No entanto, se o Sol estiver na constelação de Virgem, então “nenhuma de suas estrelas será visível”. O dr. Faulkner escreve sobre os três planetas que aparecem na constelação de Leão: “Eles serão visíveis cedo na manhã desse dia, mas todos estarão ao fundo, no Sudeste do céu. Vênus é bastante claro, de modo que pode ser facilmente reconhecido; no entanto, isso não ocorre com Marte e Mercúrio, pois esses serão muito mais opacos, e eles não surgirão antes do início da madrugada. A tênue meia-lua será visível à noite, longe a Sudoeste. Júpiter poderia estar mais visível lá no Sudoeste, mas será difícil porque ele desaparecerá antes do anoitecer. Isso significa: nem todos esses ‘sinais’ serão visíveis, e aquilo que será visível não o será na mesma hora. Enquanto esse acontecimento possa parecer lindo numa tela de computador, Deus colocou ‘os luminares no firmamento do céu’ (não em telas de computador) para que sirvam de sinais”.
As pessoas enxergam somente aquilo que elas querem nas aparições no céu.
O dr. Faulkner está correto ao dizer que as pessoas enxergam somente aquilo que elas querem nas aparições no céu (conforme ocorre nos testes de Rorschach). Assim, por exemplo, não é um princípio bíblico equiparar Júpiter a uma criança ou até ao Messias Jesus Cristo. E o que desde o início deveria ser a “pá de cal” para essa teoria fantasiosa é: Apocalipse 12 não trata de quaisquer sinais no céu em nosso tempo, mas João está enxergando uma visão fortemente figurativa e salvadora a respeito do povo de Deus, Israel (a mulher) que, sob fortes dores de parto, dá à luz ao Messias, sob a espreita do Diabo (e isso já aconteceu!). Seria algo muito fraco se apenas observássemos figuras celestes (ímpias) e, a seguir, sem qualquer base válida, baseássemos uma aparição no céu nessa representação simbólica.
Deveríamos dar muito mais atenção à exortação do apóstolo, de estarmos com a mente preparada e prontos para a ação, colocando “toda a esperança na graça que será dada [a nós] quando Jesus Cristo for revelado” (1Pedro 1.13). Que seja Cristo o único teor de nossa esperança e de nossa expectativa.
Na Bíblia, a profecia sempre está relacionada à exortação ou ao incentivo de seguir a Jesus, de ser fiel a ele e de viver direcionado para ele. Não somos convocados para especular sobre teorias questionáveis e a nos dirigirmos ao ocultismo, mas para seguir as pisadas de nosso Senhor Jesus (Efésios 5.1-2; 1Pedro 2.21; 1João 2.6). Com isso estaremos suficientemente ocupados.
Maranata – Amém. Vem, Senhor Jesus! — René Malgo

17 setembro 2017



1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
heb.11,1
6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. heb 11-6

Nos dias de hoje precisamos de mais fé,pois para vencer as situações  do dia a dia precisamos ter fé, vivemos em um lugar chamado terra que se tornou hostil aos seguidores de Jesus os que acreditam no sobrenatural.
Quando pensamos no estado do mundo notamos a passagem que os discípulos perguntam ao mestre Jesus quando será o fim e seu retorno, Jesus fala dos dias de Noé, exemplificando que como nos dias de Noé assim será a vinda do filho do homem , mas como será estes dias? 
Segundo o próprio Jesus seram dias normais , onde trabalham e compram ,vendem, casam e dão-se em casamento.
Em outra passagem Jesus diz que haverá guerras rumores de guerra , pais contra filhos e filhos contra pais, terremotos em vários lugares e sinais na terra e no céu .
Caro leitor (a) deste pequeno artigo, venho lhe alertar para um dos maiores acontecimentos do universo, EM BREVE JESUS VIRÁ.
Precisamos exercitar nossa fé, lendo a palavra de Deus e nos consagrando mais,orando e buscando a Deus enquanto se pode achar, a fé não pode ser abandonada por coisa que vemos, pois ela é exatamente ao contrario é crer no invisível. Esteja firmado na rocha, pois vem os ventos as aguas e não vão balançar sua casa. Ore pela igreja e seu arrebatamento, que breve sairemos deste planeta e vamos para casa, seja feita a vontade de Deus em nossas vidas .

   Pr. João Paim 
Superintendente da ebd em Porto alegre 
inverno de 2017


11 setembro 2017

Espírito Versus Carne


Espírito Versus Carne

Norbert Lieth
Números 33 traz uma lista de 40 locais por onde passou e acampou o povo de Israel desde a saída de Ramessés até a chegada à planície de Moabe, depois de 40 anos de peregrinação. A Bíblia diz justamente sobre o tempo que o povo de Israel passou no deserto: “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1 Co 10.11; veja Rm 15.4).
Assim, Números 33.16-17 relata: “Partiram do deserto do Sinai e acamparam-se em Quibrote-Hataavá (“tumbas da cobiça”); partiram de Quibrote-Hataavá e acamparam-se em Hazerote”.
O que havia acontecido? O povo tornara-se literalmente cobiçoso de carne. Como as coisas chegaram a esse ponto? “E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará carne a comer?” (Nm 11.4). Os israelitas deixaram-se influenciar pelos não-israelitas em seu meio. Ao invés de dominá-los, foram dominados por eles.
Moisés sentiu-se tão impotente diante da situação que admitiu: “Eu sozinho não posso levar todo este povo, pois me é pesado demais” (Nm 11.14). Muitas vezes também chegamos ao ponto de sermos quase dominados pela carne e pela cobiça, pois ela nos acompanha passo a passo, está sempre conosco e podemos dizer como Moisés: “Eu não aguento mais! Não consigo vencer sozinho! Não suporto mais!”.
Deus deu a Moisés a receita para lidar com a cobiça dos israelitas. Ele deveria escolher 70 anciãos para repartir com eles o fardo da liderança, e o Senhor colocaria Seu Espírito sobre esses homens (Nm 11.16-17,25). Mais tarde, houve mais dois homens no arraial dos israelitas que foram cheios do Espírito Santo, e Josué reclamou disso. Moisés respondeu: “Tens tu ciúmes por mim? Tomara todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Espírito!” (Nm 11.29).
Esse é o ponto! Se o povo todo estivesse sob a direção de Deus e da obediência ao Espírito Santo, não seria dominado pela cobiça dos não-israelitas que o acompanhava. Esses dois homens não estavam dentro do Tabernáculo. Ficaram fora, no arraial, e lá foram cheios do Espírito Santo. Isso nos mostra que não devemos ser santos apenas em certas ocasiões ou em certos lugares, como a igreja, mas que devemos ser santos também no arraial, ou seja, em casa, no trabalho, na escola, em qualquer lugar.
Pouco depois soprou um vento do Senhor trazendo codornizes do mar. O povo que cobiçava carne juntou as aves gananciosamente e começou a comer. Mas, enquanto a carne ainda estava entre seus dentes, eles foram castigados com uma praga muito grande. O lugar desse castigo passou a ser chamado de Quibrote-Hata­avá, que significa “tumbas da cobiça”, porque lá foi sepultado o povo que morreu por sua cobiça (Nm 11.34).
Portanto, por um lado vemos a ação do Espírito Santo, e por outro lado vemos o clamor do povo pedindo e desejando carne. Só existem dois caminhos: aquele dirigido pelo Espírito Santo ou aquele dirigido pela carne, com todas as suas consequências. “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Rm 8.13).
O grande problema era que a maioria dos israelitas não dava lugar à ação do Espírito Santo. Seu coração ainda estava preso ao Egito. Isso permitia que os não-israelitas os seduzissem e influenciassem com seu mau comportamento. Por isso, Deus mandou registrar através do profeta Ezequiel: “Mas rebelaram-se contra mim e não me quiseram ouvir; ninguém lançava de si as abominações de que se agradavam os seus olhos, nem abandonava os ídolos do Egito” (Ez 20.8).
Deus precisou de três dias para libertar Seu povo do Egito, mas de mais de 40 anos para libertá-lo dos ídolos egípcios. A peregrinação à Terra Prometida, feita em condições normais, teria levado no máximo 11 dias (Dt 1.2). A distância entre Israel e seu alvo não era o longo caminho a ser percorrido, era o estado do seu próprio coração. O que separou Israel de seu alvo por tanto tempo não foi a distância, e sim sua situação interior. Muitos morreram esperando chegar à Terra Prometida. Foi uma longa jornada.
É trágico ver alguém preso ao pecado até morrer, até sucumbir diante de sua “tumba da cobiça”. A situação de Israel naquela época simboliza a batalha entre a carne e o espírito: “Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram” (1 Co 10.6). “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer” (Gl 5.17; veja Rm 8.4,9,13).
Deus precisou de três dias para libertar Seu povo do Egito, mas de mais de 40 anos para libertá-lo dos ídolos egípcios.
Com certeza, todo cristão pode ter sua própria concepção de liberdade em Cristo. Para um, uma taça de vinho já representa pecado, para outro isso não influencia em nada. Um assiste televisão e não vê nada de errado nisso, enquanto outro se escandaliza com o que vê na tela. Há os que valorizam restrições na maneira de se vestir enquanto para outros esse é um assunto secundário. Alguns levam as coisas com mais leveza e até com bom humor, enquanto outros são mais sérios e compenetrados em seu discipulado. Cada cristão tem sua interpretação particular do que significa a liberdade em Cristo, cada um sabe de seus próprios limites e conhece suas próprias tentações. Obviamente não podemos usar nossa percepção subjetiva para fazer dela uma lei para os outros (Rm 14).
Para o caso de vivermos na carne, Deus nos deu a consciência para nos acusar, a Bíblia para nos corrigir e o Espírito Santo para nos convencer do pecado, além da comunhão com os irmãos na igreja, que nos exortam quando falhamos ou estamos em perigo de errar. No fundo, sabemos diferenciar muito bem entre liberdade e pecado. Também sabemos que a graça não pode ser usada para desculpar ou encobrir nossos pecados (veja Rm 6).
Estamos nos referindo a coisas que sabemos que não são boas, coisas que são pecados e cobiça da carne, mas que continuamos a praticar. Continuamos arrastando conosco um comportamento danoso, sempre de consciência pesada, tornando difícil a nossa vida e a vida de quem convive conosco. Essas coisas não nos deixam viver em paz, e somos obrigados a justificá-las o tempo todo.
Quanto tempo Deus precisará para nos levar até onde Ele quer que cheguemos? Nós mesmos atrapalhamos nosso próprio caminho. Nós mesmos entulhamos nossa própria rota de caminhada com coisas que desnecessariamente arrastamos conosco. Por que não deixamos tudo isso para trás? Será que os “estranhos” entre nós seriam os não-cristãos com quem convivemos muito de perto? Ou é o mundo que nos seduz?
E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará carne a comer?” (Nm 11.4). Em linguagem neotestamentária essa realidade soa assim: “porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1Jo 2.16).
Não é exatamente assim que acontece conosco? Aquilo que ainda arrastamos conosco, aquelas coisas da nossa velha vida de escravidão, que não extirpamos de nossa nova vida, não seriam justamente as que nos fazem tropeçar, que nos seduzem e nos levam a pecar? Que se tornam armadilhas para nós? Que se tornam “tumbas da cobiça” em nossa caminhada com Jesus? Permitimos que a carne nos leve a tropeçar porque não deixamos que o Espírito nos domine? Ficamos atolados sem conseguir seguir em frente. Mas a Bíblia diz: “os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24).
É bem possível que ainda não tenhamos nos libertado de nós mesmos, de nosso eu, de nossas próprias convicções e de nossa própria religiosidade, mesmo sabendo que deveríamos abrir mão de nossas paixões para nos consagrarmos completamente a Jesus e vivermos uma vida cristã plena e vitoriosa. Não falo de uma entrega forçada da própria vida, mas em encontrar nosso sentido de viver e nossa satisfação somente em Cristo. Moisés abriu mão de sua autonomia, dizendo: “Eu sozinho não posso levar todo esse povo”. Aí Deus interveio e agiu por meio do Seu Espírito Santo.
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gl 5.1).