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23 setembro 2017

A VERDADE SOBRE 23 DE SETEMBRO


O Que Acontecerá em 23 de Setembro de 2017?

René Malgo
Muitas pessoas estão angustiadas: “Alguma coisa grandiosa acontecerá”. No dia 23 de setembro de 2017 o mundo visível deverá ser atingido por um alinhamento de corpos celestes, que acontece somente a cada 7.000 anos e que coincide exatamente com a visão relatada em Apocalipse 12! – Pelo menos é o que os especialistas em assuntos do fim dos tempos e de profecias proclamam no YouTube. A maioria dos adivinhos online se mantém com reservas sobre o que exatamente acontecerá vinculado a esse grande sinal no céu. Entretanto, nota-se que os intérpretes de sinais nesse ponto estão unânimes. Os profetas da internet mais ousados se reportam a um monge, chamado Hepidanus, que viveu por volta de 1080 no mosteiro São Galo (Suíça), o qual teria profetizado que, após o dia 23 de setembro de 2017, na sequência do aparecimento desse grande sinal no céu, irromperia uma guerra devastadora.
Apocalipse 12 relata a seguinte visão: “Apareceu no céu um sinal extraordinário: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz. Então apareceu no céu outro sinal: um enorme dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres, tendo sobre as cabeças sete coroas. Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra. O dragão pôs-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse. Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro. Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono” (v. 1-5).
De fato, é impressionante o que os profetas online do fim dos tempos compilaram em relação a esses versículos. Christopher M. Graney, professor de física e astronomia do Jefferson Community & Technical College, em Louisville, Kentucky (EUA), resume a mensagem espetacular deles nas seguintes palavras:
“No dia 23 de setembro de 2017 o Sol aparecerá na constelação Virgem – ‘uma mulher vestida do sol’. A Lua estará abaixo do Sol – ‘com a lua debaixo dos seus pés’. As ‘nove’ estrelas da constelação Leão mais três planetas (Mercúrio, Vênus e Marte) aparecerão sobre a cabeça da mulher – ‘uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça’. O planeta Júpiter aparecerá ao centro da constelação da mulher, e quando a semana após o 23 de setembro tiver passado, ele se afastará da mulher em direção ao Leste, praticamente passando por seus pés – ‘Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz’. Júpiter é o maior entre os planetas, ou o ‘rei’ dos planetas – ‘Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro’. Esse não deve ser um sinal de algo maior, conforme dizem as fontes da internet?”
A resposta mais direta, honesta e cristã é: não.
Naturalmente, no dia 23 de setembro poderia ocorrer qualquer acontecimento. Praticamente a cada dia acontece algo espetacular. É o fim dos tempos, e isso já há 2.000 anos (1Coríntios 10.11; Hebreus 9.26; 1Pedro 1.20). Sem dúvida alguma, os dias finais estão se afunilando (ver 2Timóteo 3.1-9). O prognóstico de que em breve haverá uma guerra devastadora infelizmente não pode ser desconsiderado. Estamos vivendo tempos turbulentos. Se hoje alguém disser, mesmo sem muita convicção: “No dia ‘tal’ acontecerá algo grandioso”, normalmente no dia “tal” ele poderá escolher entre as numerosas manchetes aquilo que mais lhe agradar como “cumprimento”.
O problema referente às especulações sobre o 23 de setembro é: a teoria desse extraordinário acontecimento no céu, que supostamente acontece a cada 7.000 anos (ou a cada 6.000 anos, de acordo com o periódico Quelle), simplesmente não confere. Ela é falsa. Fake news. Uma mentira. Trata-se da mesma tolice daquele sinistro Planeta X, que causaria o fim do mundo no ano de 2012 ou da tétrade da Lua de Sangue, que teria ligação com algum evento fantástico.
Trata-se da mesma tolice daquele sinistro Planeta X, que causaria o fim do mundo no ano de 2012.
Assustador, no entanto, é ver muitos crentes – principalmente os fundamentalistas de “nossos” círculos – que mais uma vez embarcaram no trem em movimento das falsas profecias e que propagam a lenda dos grandes sinais celestes e dos grandes acontecimentos no dia 23 de setembro. Sem qualquer constrangimento, os piedosos “viajam” no âmbito do esoterismo e do ocultismo, citam quaisquer rabinos inimigos de Cristo, referem-se a misteriosos monges cuja existência é questionável e, assim, consideram-se como grandes intérpretes dos sinais dos tempos. Muitas vezes são esses cristãos que atacam as fantasias como O Senhor dos AnéisHarry Potter e Nárnia, mas eles mesmos não têm escrúpulos para basear suas teorias apoiados em intérpretes de sinais das estrelas e de agentes do ocultismo.
Christopher M. Graney, que de fato é um cientista e astrônomo, empenhou-se em pesquisar mais a fundo sobre essa questão. Ele leciona em uma faculdade católica. Quem aprecia as teorias conspiratórias, agora naturalmente poderia acusá-lo de fazer parte do sistema que pretende encobrir a verdade, com observações como: “Talvez ele seja maçom ou illuminati”, ou “Os jesuítas fizeram uma lavagem cerebral com ele”. Todavia, na página inicial de vofoundation.org ele apresenta fatos de peso que não podem simplesmente ser considerados “fatos alternativos”.
Primeiro: em função da rotação da Terra, o Sol passa a cada ano por todas as doze constelações estelares. Dito com outras palavras: a cada ano, no mês de setembro, o Sol aparece na constelação Virgem. Segundo: a Lua também percorre seu ciclo uma vez ao mês. Também ela passa mensalmente por cada constelação. Ou seja: a cada ano há um ou dois dias em que o Sol está na constelação “Virgem” e a Lua está ao leste dela (“sob seus pés”). Isso significa que “uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés” é algo tão “raro” como o Dia da Independência do Brasil em setembro: essa aparição celeste acontece a cada ano.
“Certo, certo”, dizem os profetas online, “isso está claro. O que dizer, porém, da inexplicável e extraordinária coroa com doze estrelas?” Aqui temos então o grande problema para os intérpretes estelares da internet: essa coroa não existe.
Na constelação de Leão, que supostamente deveria conter “doze estrelas”, há muito mais estrelas! As nove estrelas preferidas dos profetas do YouTube estão entre as mais brilhantes, mas de longe não são as únicas (e quem pode determinar se uma estrela não tem mais a luminosidade e importância necessárias?). Muitas vezes essas nove estrelas, em virtude de seu posicionamento, são utilizadas para identificar a constelação de Leão. No entanto, essa é uma prática bastante arbitrária. Outras representações “oficiais” da constelação de Leão, por exemplo, utilizam dez estrelas como delimitadoras – assim a coroa seria composta de 13 “estrelas” (dez estrelas mais três planetas).
Duvidando
A simples verdade é: “Há muitas estrelas em Leão e ao redor da ‘cabeça’ em Virgem”. Assim, a mulher no céu já está coroada com muitas estrelas. A teoria das estrelas com mais três planetas não se sustenta.
Todavia, o que faz os profetas da internet ficarem tão “fora da casinha”, apesar desses fatos aparentemente conhecidos, é a combinação dos planetas. Esse é o ponto crítico. Vários planetas junto à cabeça da mulher com o planeta Júpiter ao centro, enquanto a Lua aparece simultaneamente sob os pés dela – sim, isso realmente é algo bastante raro. O crucial, porém, é: a despeito das muitas estrelas que na verdade “coroam” a cabeça da mulher, essa rara aparição não tem relação alguma com a figura relatada em Apocalipse 12 (caso se queira acreditar que Apocalipse 12 trate apenas de sinais nas estrelas).
Visto por esse ângulo, no dia 23 de setembro de 2017 haverá uma manifestação especial no céu, mas, diante dos fatos recém-enumerados, mesmo com a melhor boa vontade ela não pode ser vinculada a Apocalipse 12. Acrescenta-se ainda que essa aparição não é tão rara como os promotores sensacionalistas anunciam no YouTube. A afirmação de que essa aparição celeste seja “única” ou que aconteça a cada 7.000 anos não confere. O professor Graney pesquisou um período de 1.000 anos e constatou que essa configuração apareceu no céu “em setembro de 1827, em setembro de 1483, em setembro de 1293 e em setembro de 1056”. Se ele tivesse retrocedido ainda mais, certamente teria encontrado mais dessas aparições.
A simples verdade é: “Há muitas estrelas em Leão e ao redor da ‘cabeça’ em Virgem”. Assim, a mulher no céu já está coroada com muitas estrelas.
Naturalmente alguém poderia agora mergulhar nos livros de história e pesquisar alguns acontecimentos empolgantes daqueles anos que os céus de setembro teriam então profetizado. No entanto, de acordo com Graney, não é assim que funciona a interpretação estelar. “Uma pessoa lê seu horóscopo diário, que diz: ‘hoje haverá obstáculos no caminho’. Então essa pessoa lembra os momentos em que esteve retida no trânsito ou na fila do supermercado, ou qualquer outra situação semelhante e dirá: ‘o horóscopo tinha razão’, mesmo que essas coisas aconteçam a cada dia”.
O dr. Danny R. Faulkner, um físico e astrônomo cristão conservador, que trabalha para a missão Answers in Genesis [Respostas em Gênesis], chega às mesmas conclusões, independentemente do professor Graney. Ele também ressalta que a afirmação das 9 estrelas da constelação de Leão é “falsa”. Além disso, ele aponta para a realidade visível no céu. Ele escreve que constantemente são mencionados os pés da Virgem, mas que “Mesmo conhecendo muito bem a [constelação] Virgem, eu nunca consegui ver uma mulher no céu, de modo que mal posso afirmar em que lugar deveriam estar seus pés, e eu duvido que qualquer outra pessoa possa fazê-lo”.
Por que isso é importante? Porque Gênesis 1.14 diz que Deus colocou luminares no céu como sinais. Sinais, porém, precisam ser óbvios. A imagem da mulher deveria ser facilmente identificável. E deveria ser possível vê-la completamente. No entanto, se o Sol estiver na constelação de Virgem, então “nenhuma de suas estrelas será visível”. O dr. Faulkner escreve sobre os três planetas que aparecem na constelação de Leão: “Eles serão visíveis cedo na manhã desse dia, mas todos estarão ao fundo, no Sudeste do céu. Vênus é bastante claro, de modo que pode ser facilmente reconhecido; no entanto, isso não ocorre com Marte e Mercúrio, pois esses serão muito mais opacos, e eles não surgirão antes do início da madrugada. A tênue meia-lua será visível à noite, longe a Sudoeste. Júpiter poderia estar mais visível lá no Sudoeste, mas será difícil porque ele desaparecerá antes do anoitecer. Isso significa: nem todos esses ‘sinais’ serão visíveis, e aquilo que será visível não o será na mesma hora. Enquanto esse acontecimento possa parecer lindo numa tela de computador, Deus colocou ‘os luminares no firmamento do céu’ (não em telas de computador) para que sirvam de sinais”.
As pessoas enxergam somente aquilo que elas querem nas aparições no céu.
O dr. Faulkner está correto ao dizer que as pessoas enxergam somente aquilo que elas querem nas aparições no céu (conforme ocorre nos testes de Rorschach). Assim, por exemplo, não é um princípio bíblico equiparar Júpiter a uma criança ou até ao Messias Jesus Cristo. E o que desde o início deveria ser a “pá de cal” para essa teoria fantasiosa é: Apocalipse 12 não trata de quaisquer sinais no céu em nosso tempo, mas João está enxergando uma visão fortemente figurativa e salvadora a respeito do povo de Deus, Israel (a mulher) que, sob fortes dores de parto, dá à luz ao Messias, sob a espreita do Diabo (e isso já aconteceu!). Seria algo muito fraco se apenas observássemos figuras celestes (ímpias) e, a seguir, sem qualquer base válida, baseássemos uma aparição no céu nessa representação simbólica.
Deveríamos dar muito mais atenção à exortação do apóstolo, de estarmos com a mente preparada e prontos para a ação, colocando “toda a esperança na graça que será dada [a nós] quando Jesus Cristo for revelado” (1Pedro 1.13). Que seja Cristo o único teor de nossa esperança e de nossa expectativa.
Na Bíblia, a profecia sempre está relacionada à exortação ou ao incentivo de seguir a Jesus, de ser fiel a ele e de viver direcionado para ele. Não somos convocados para especular sobre teorias questionáveis e a nos dirigirmos ao ocultismo, mas para seguir as pisadas de nosso Senhor Jesus (Efésios 5.1-2; 1Pedro 2.21; 1João 2.6). Com isso estaremos suficientemente ocupados.
Maranata – Amém. Vem, Senhor Jesus! — René Malgo

05 maio 2015

Entrando em Sintonia nos Últimos Dias




Elwood McQuaid
Uma cadeira de dentista não é o lugar ideal para uma conferência sobre profecia bíblica. Uma boca cheia de instrumentos reduz a resposta de um paciente a grunhidos e a movimentos com os olhos, limitando profundamente sua habilidade de responder às perguntas do profissional encarregado dos reparos. E, para alguém como eu, que gasta uma considerável parte da vida imerso em assuntos relacionados com eventos do final dos tempos e que analisa muitos fatos e opiniões, ficar calado é um exercício doloroso.
Mas isso tem suas recompensas. Neste momento, a compensação veio na forma de uma observação feita por meu dentista, um profissional competente e, ao mesmo tempo, sintonizado com as questões contemporâneas.
“Com tudo o que estamos vendo ultimamente”, disse ele, “é correto dizer que estamos vivendo nos últimos dias?”
A pergunta em si não foi incomum. O que chama minha atenção é a freqüência com que essa pergunta tem sido feita nestes dias. Sem dúvida, cada vez mais crentes no Ocidente sentem-se carentes pela falta de ensino sobre o assunto nas igrejas e em outras fontes teológicas de informação.
Embora certamente estejamos vivendo nos últimos dias, não podemos determinar com segurança o quanto já estamos avançados nos tempos finais. O que vemos são indicadores ou, se quisermos, tendências que identificam precursores do cenário do final dos tempos apresentado nas Escrituras. Uma verificação séria a respeido de onde os eventos estão nos levando é imensamente prática e, na verdade, uma necessidade inescapável se os crentes quiserem se preparar para responder bíblica e espiritualmente aos desafios dos nossos dias. Já não podemos nos permitir pensamentos fantasiosos que substituem a realidade pela inclinação do momento, que ignoram os fatos e criam uma falsa sensação de segurança e de abundância contínua.

Definindo a fonte

Ninguém pode negar que a inerrância bíblica e os valores cristãos estão sendo atacados. Na foto, protesto em favor do aborto.
Ninguém pode negar que a inerrância bíblica e os valores cristãos estão sendo atacados. O nível desenfreado e impiedoso de escárnio, cinismo e ameaças ou ataques físicos contra os cristãos e suas propriedades aumentou consideravelmente. Em algumas sociedades está na moda perseguir cristãos e praticar um paganismo remodelado que glorifica sem limites a adoração secularizada.
Infelizmente, a Igreja não tem conseguido ficar fora dessa contaminação pela queda no vazio da incerteza que repudia ostensivamente a verdade emanada da única fonte confiável de que dispomos: a Palavra de Deus. O caso em questão é o ensinamento profético, que está rapidamente se tornando uma raridade em muitos grupos. Em vista dos atuais acontecimentos nacionais e internacionais, essa falha dificilmente pode ser ignorada. A profecia bíblica, dada por meio da revelação divina, é a única ligação criticamente confiável entre o presente e o futuro. Ela nos ilumina no que se refere a prioridades aplicáveis para o aqui e agora, ao mesmo tempo que nos fornece compreensão sobre o que está por vir. Já deveríamos ter aprendido que não há nenhuma garantia de certeza vinda das vozes dos “especialistas” em praticamente qualquer campo que queiramos mencionar.
Por exemplo, quando o preço do petróleo subiu e as pessoas ainda suficientemente afortunadas por terem um emprego pensavam em como poderiam ir de carro para o trabalho, os especialistas disseram: “Acostumem-se! Os preços da gasolina nunca irão baixar. Estamos finalmente nos aproximando do que as pessoas pagam em outras partes do mundo, e é assim que vai ficar”. Bem, os preços caíram; ninguém, nem mesmo os entendidos, predisseram o futuro com exatidão.
De maior significação ainda foram os fracassos dos prognosticadores sobre os assuntos externos. No dia do Natal de 1991, após 70 anos de forte opressão e 50 anos de uma Guerra Fria amarga contra o Ocidente, a bandeira com a foice e o martelo da União Soviética foi baixada no Kremlin. Alguns especialistas proclamaram entusiasticamente que a nova Rússia seria governada por líderes ansiosos pela liberdade e pela amizade com seus benfeitores ocidentais. A democracia era a onda do futuro, diziam eles. Bem, eles estavam errados. Quando o colosso cambaleante readquiriu seu equilíbrio sob Vladmir Putin, o imperialismo retornou; e uma Guerra Fria remodelada foi reiniciada.
Quando a Rússia cambaleante readquiriu seu equilíbrio sob Vladmir Putin, o imperialismo retornou; e uma Guerra Fria remodelada foi reiniciada.
Uma miríade de outros exemplos poderia ser citada, comprovando a inabilidade freqüentemente dispendiosa dos seres humanos em preverem o futuro. Mas temos, sim, um intérprete preciso do que está por vir – uma junção de profecia e história que sabemos estar correta. Para fins de clareza e de nosso propósito, devemos voltar nossa atenção para a Bíblia e os indicadores que nela foram deixados para nós.

Sinais dos tempos

Várias tendências atuais fornecem visões sobre quanto já estamos adiantado no final dos tempos.

A imagem em vez da substância

Dentre os grandes males de nossos dias está a tomada de decisões superficial e agressiva baseada na aparência e não na substância comprovada. Essa condição tem sido amplamente promovida pela televisão e por sua capacidade de criar a ilusão de substância por meio de imagens atraentes. Em muitos aspectos, portanto, estamos nos tornando pessoas orientadas pela imagem, com curtíssimos períodos de atenção.
O ápice desse processo se relaciona à descrição do Anticristo em Apocalipse 13 e outras passagens. Ele é descrito como adorado, eloqüente, consumido pela luxúria do poder, e obcecado por apresentar-se como um novo messias:
Quem é semelhante à besta [Anticristo]? (...) Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias (...) Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão (...) o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (Ap 13.4-5,7-8; 2 Ts 2.4).
Será construída uma imagem desse ditador final, e ao mundo será ordenado que se ajoelhe perante ela em adoração. Essa é a exibição clássica da suprema incorporação satânica de absoluto narcisismo que milhões aceitarão por sua própria vontade.

O mergulho na apostasia

Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto [a Segunda Vinda do Senhor] não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição” (2 Ts 2.3).
A preparação para a chegada do Anticristo é o “abandono” da fé verdadeira. É uma forma de apostasia, uma condição na qual as pessoas que têm a informação correta sobre Deus e Sua verdade se afastam dela, negando e repudiando-a.
Hoje, o mundo está se afastando mais rapidamente do que nunca do cristianismo ortodoxo, avançando para uma fusão com todas as formas de religiões e seitas. Como disse o rei Abdullah, da Arábia Saudita, isso acontece sob a bandeira da fé em “um só Deus”. Essa posição não é nada mais que o politeísmo redelineado e institucionalizado. E, no âmago desse sistema de inclusão e negação, estão (1) a rejeição vigorosa ao Evangelho e (2) a supressão militante de todos os indivíduos e grupos comprometidos em proclamá-lo conforme o mandado da Grande Comissão de Jesus para Sua igreja. Avolumam-se as evidências de que estamos nos movendo em direção a uma religião mundial única – exceto, logicamente, a do Deus único e verdadeiro. Portanto, podemos apenas concluir que estamos avançando na direção da apostasia profetizada.

A loucura materialista

Ondas de choque pelas recentes revelações a respeito da corrupção, do engano e da roubalheira no mundo das altas finanças ainda reverberam nos mercados globais. A ganância, tanto corporativa quanto individual, tornou-se a essência do jogo; e poucos parecem entender porquê. Surpreendeu-me quando um comentarista da televisão realmente colocou seu dedo na ferida. Dizendo que não era, em hipótese alguma, um pregador, ele, entretanto, afirmou que sentia ter de admitir que a falência da cultura com relação a valores morais era o principal fator subjacente dos negócios ilícitos dos gananciosos. Uma exclamação que se ouve com freqüência é a afirmação do apóstolo Paulo: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males” (1 Tm 6.10).
A falência da cultura com relação a valores morais é o principal fator subjacente dos negócios ilícitos dos gananciosos. Na foto, o milionário Bernard Madoff sai do Tribunal federal após uma audiência de fiança em Nova Iorque.
O golpe de nocaute para o mundo material do final dos tempos está descrito em Apocalipse 18, quando “Babilônia, a grande”, o centro e símbolo de um sistema global sem Deus, experimentar a taça cheia da ira de Deus: “porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou” (Ap 18.5).
É interessante que aqueles que são mais afetados pelo colapso de seu sistema corrupto são chamados de “os mercadores da terra”, que “sobre ela, choram e pranteiam... porque já ninguém compra a sua mercadoria. O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti... Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando” (Ap 18.11,14-15).
Está próximo o dia do acerto de contas por causa da submissão geral ao materialismo. O mundo está se movendo sistematicamente nessa direção.

A supressão de Israel

O Dicionário Webster define supressão como “ato de excluir intencionalmente da consciência um pensamento ou sentimento”.
As más intenções dos inimigos de Israel e do povo judeu não poderiam ser mais claramente afirmadas, exceto pelo que consta nas Sagradas Escrituras. O desejo mais profundo dos fanáticos da guerra santa [jihad] e de seus companheiros é reduzir Israel a uma mera mancha na memória da história do Oriente Médio. Foi por isso que eles apagaram Israel de todos os mapas árabes e palestinos. Revisionistas reescrevem a história e têm prazer em afirmar que nunca houve um Holocausto, que nunca houve um número significativo de judeus em Israel, que templos judeus nunca foram construídos no Monte Moriá, que nenhum Estado Judeu moderno deveria existir. Em outras palavras, para eles Israel é uma criação fantasmagórica que serve apenas para ser destruída e depois esquecida.
Infelizmente, a luta do pequeno Israel pela sobrevivência continuará e será acelerada até que o último capítulo seja escrito: “Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém” (Zc 14.2).
Mas as ambições sinistras das nações que se enraivecem contra Deus, Sua cidade, e Seu povo judeu não serão realizadas: “Então, sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha” (Zc 14.3).
Esses relances de profecias são marcadores na progressão em direção aos dias finais que levam à consumação dos séculos. Mas, em vez de se tornarem fonte de depressão e medo, eles se firmam como implementos de discernimento e segurança de que há um fim à vista para os excessos pecaminosos que cobrem a paisagem global de imundície. Além do mais, recebemos essa informação de um Deus que promete não nos afligir com o desconhecimento sobre nosso tempo e o futuro.
A linha de chegada está á vista? Vivemos realmente nos últimos dias? Num sentido mais amplo, cada dia poderia ser o último dia dos últimos dias antes de ouvirmos o chamado que nos levará à presença de Deus. Conseqüentemente, estamos “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13).
Creio, pessoalmente, que estamos vivendo os últimos dias? Sim, estou convencido de que já estamos avançados em tais dias. Tal convicção vem de observar as tendências desenvolvendo-se rapidamente, tendências que correspondem ao que a Palavra profética nos ensina. Não, não sabemos o dia ou a hora; mas temos as promessas dEle e as evidências diante de nós. Ora, “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).(Elwood McQuaid - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)

02 março 2015

Cristãos pedem 1 minuto de oração pelos 21 cristãos decapitados pelo ISIS no domingo

Mark Burnett, Roma Downey, Samuel Rodriguez, Gabe Lyons, Russell Moore, e outros líderes religiosos cristãos estão pedindo para fazer um minuto de silêncio domingo pelos 21 cristãos coptas egípcios degolados pelos terroristas ISIS. Eles estão pedindo ao presidente Obama para fazer mais para resolver a perseguição dos cristãos.



"Nós estamos condenados e convencido de que o terror e a intolerância não podem, e não vão, apagar a luz da graça, da verdade e do amor de Deus", disse o Rev. Rodriguez, presidente da National Hispanic Christian Leadership Conference, que faz parte da chamada para os cristãos para lembrar e homenagear os 21 mártires egípcios coptas.

"Esperamos que os líderes de todo o mundo irão se juntar a nós em honrar aqueles que perderam suas vidas, orar por aqueles que sofrem, e repudiar todos os atos de terror", acrescentou Rodriguez, que representa mais de 100 milhões de evangélicos hispânicos em todo o mundo, em um comunicado lançado pelos líderes.
Produtores de televisão premiados Burnett e Downey; Moore, presidente da Ética e Comissão de Liberdade Religiosa; e Lyons, fundador da Q Ideas, também se juntaram ao esforço.
Os líderes têm criado uma página web, 21martyrs.com, permitindo que os cristãos baixem um vídeo que pode ser tocado antes de um minuto de silêncio realizado em igrejas e reuniões cristãs no domingo.
Militantes do Estado Islâmico na Líbia recentemente lançou um vídeo mostrando 21 cristãos coptas serem decapitados. Os cristãos estavam alegadamente sussurrando o nome de Jesus enquanto suas cabeças estavam sendo cortadas fora de seus corpos.Desde o primeiro século, os cristãos têm sofrido perseguição, diz o vídeo. No entanto, no meio da morte, a Igreja permaneceu viva e esperançosa lembrando a promessa de Jesus: "Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus", ele acrescenta, citando Mateus 5:10.
"Perseguição aos cristãos acorda a Igreja adormecida", Lyons disse no mesmo comunicado. "Esta chamada à memória e oração nos lembra que o sangue dos mártires sempre foi a semente para uma Igreja revivida. Que permaneçamos sóbrios e caiamos de joelhos em oração para que Deus agite os nossos corações à obediência."
Os líderes estão solicitando ao presidente Obama e ao Congresso para fazer mais para abordar especificamente a perseguição dos cristãos pelo ISIS, o totalitarismo islâmico e regimes no Oriente Médio.
Eles estão apelando para as Nações Unidas a convocar uma cimeira sobre a perseguição aos cristãos em todo o mundo.
O esforço está sendo liderado por James Robison, fundador do Life Outreach International; Johnnie Moore, autor de Defying ISIS; Mathew D. Staver, Esq, fundador e presidente do Liberty Counsel; Dr. Mark Williams, superintendente geral da Church of God; Dr. Doug Beacham, superintendente geral da The International Pentecostal Holiness Church; Dr. Glenn Burris, presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular; e outros.

09 agosto 2014

EBOLA : motivo de preocupação no BRASIL E NO SUL ?

Ebola: motivo de preocupação no Brasil?

OMS declara surto no oeste da África emergência de saúde internacional. Portos e aeroportos no Brasil e no exterior estão em alerta e especialistas debatem a possibilidade de a doença chegar ao país e se tornar uma epidemia por aqui.
Por: Sofia Moutinho
Publicado em 08/08/2014 | Atualizado em 08/08/2014
Ebola: motivo de preocupação no Brasil?
Aeroportos são uma das principais portas de entrada de vírus e doenças nos países. Embora risco de que o ebola chegue ao Brasil seja baixo, ele existe, e especialistas divergem sobre possibilidade de uma epidemia. (foto: Digo Souza/ Flickr – CC BY-ND 2.0)
Uma epidemia fora de controle preocupa até quem está a quilômetros de distância, do outro lado do oceano. O atual surto de ebola que ocorre na África se espalha rapidamente sem respeitar fronteiras nacionais e já é o maior da história. Na Guiné, na Libéria, em Serra Leoa e na Nigéria, já fez mais de 1.700 vítimas e provocou 932 mortes em menos de um mês. Mas será que a doença pode chegar ao Brasil?
Hoje (08/08), a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a epidemia de ebola à categoria de emergência de saúde de preocupação internacional. Na declaração oficial, a OMS ressalta a importância da cooperação entre os países para controlar a disseminação da doença e pede que as nações afetadas façam um rígido controle de suas fronteiras e aeroportos.
Segundo a organização, a transmissão entre fronteiras é uma realidade e o risco de a doença se espalhar por outras regiões da África é grande. Porém, a chance de o vírus cruzar oceanos é considerada baixa e não foram recomendadas restrições de viagem.
Segundo a OMS, a transmissão entre fronteiras é uma realidade e o risco de a doença se espalhar por outras regiões da África é grande. Porém, a chance de o vírus cruzar oceanos é baixa
Para o infectologista Edimilson Migowski, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a afirmação faz sentido até certo ponto. “O ebola só é transmitido a partir do momento em que o paciente apresenta os sinais e sintomas da doença, que incluem febre, fraqueza, dor muscular, vômito, diarreia, coceiras e sangramentos”, explica. “Dificilmente uma pessoa doente assim vai ficar transitando por aí ou pegar um avião para outro país.”
Porém, Migowski lembra que os primeiros sinais do ebola podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. “Nada impede que uma pessoa infectada com o vírus sócomece a exibir o quadro clínico depois que já estiver em trânsito dentro de uma aeronave em uma viagem transatlântica”, pontua. “Nesse caso, existe algum risco de infecção para quem tiver contato direto com o paciente”, diz, ressaltando que não há vacina nem medicamento eficaz em uso contra o ebola, que é transmitido pelo contato com fluidos corporais do doente, como sangue, urina, sêmen, saliva, fezes, vômito e até suor. 

Alerta no ar

Todos os dias milhares de passageiros de conexões vindas dos países africanos em que ocorre o surto de ebola chegam ao Brasil. Somente no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, até seis mil pessoas que saem dessas áreas podem desembarcar diariamente em voos comerciais.
Mapa de casos de ebola
O mundo vive hoje o maior surto de ebola já registrado, com casos em vários países africanos, como Libéria, Guiné e Serra Leoa. (imagem: CDC)
O Ministério da Saúde informou hoje (08/08) em coletiva de imprensa que está seguindo as recomendações da OMS e não tomará no momento medidas de controle especial para viajantes ou meios de transporte que se dirijam a áreas afetadas ou que venham delas. Também não há recomendação de evacuação de brasileiros que estejam nessas zonas.
Apesar disso, fiscais sanitários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em aeroportos e fronteiras estão em estado de alerta para detectar possíveis viajantes infectados. A Anvisa diz que poderá tomar novas medidas se a OMS alterar seu nível preocupação.
No caso de suspeita de passageiro infectado, a tripulação da aeronave é orientada a acionar as autoridades sanitárias em solo, e a Anvisa coloca em prática o plano de contingência já existente para qualquer possibilidade de infecção, que prevê o isolamento do viajante para avaliação de risco. Se descartada a infecção, o passageiro é liberado. Se confirmada, o viajante é encaminhado para um leito hospitalar isolado, para evitar a transmissão.
Não é a primeira vez que portos e aeroportos brasileiros entram em estado de vigilância. Em 2009, durante a epidemia global do vírus H1N1, que causa a chamada gripe suína, a Anvisa recomendou que passageiros com sintomas de gripe se encaminhassem voluntariamente aos agentes sanitários dos aeroportos. A orientação não foi suficiente para evitar a entrada do vírus no país, trazido inicialmente por dois turistas vindos do México. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 5.206 casos da doença e 557 mortes em quatro meses, o que fez do Brasil o líder de óbitos pelo vírus no mundo.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, adota medidas mais rigorosas. Além de recomendar que viajantes evitem as regiões epidêmicas do ebola, o CDC mantém agentes no oeste da África para evitar que passageiros doentes embarquem em aviões com destino à América do Norte. Os maiores aeroportos norte-americanos estão ainda equipados com câmeras térmicas capazes de identificar indivíduos com febre.
Câmara de isolamento
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, já tem montada nos aeroportos uma infraestrutura de isolamento para receber possíveis viajantes infectados com o ebola. (foto: CDC)
Migowski acredita que a segurança nas aeronaves também poderia ser aumentada pelascompanhias aéreas e sugere a distribuição de um formulário de controle entre os passageiros de voos vindos de áreas de risco e a implantação de equipamentos de proteção individual nos voos.
“Os aviões deveriam ter máscaras, óculos, gorros, equipamentos que poderiam ser usados para isolar e diminuir o contato direto dos fluidos corporais de uma pessoa suspeita de infecção”, diz. “E, com um formulário para os passageiros preencherem seus dados de contato, seria possível ter mais controle sobre a doença, caso detectassem depois do pouso que alguém do voo estava infectado.”

Epidemia possível?

Recentemente, em entrevista à AFP, o epidemiologista Peter Piot, que descobriu o vírus ebola em 1976, declarou acreditar ser impossível que a doença se torne uma epidemia caso chegue à Europa ou aos Estados Unidos, por se tratarem de países com a infraestrutura e a higiene necessárias para conter sua transmissão.
Migowski aponta que, em comparação com a gripe, o ebola é de mais fácil controle, porque não é transmitido pelo ar. É possível controlar a transmissão com práticas básicas de biossegurança, como o isolamento dos pacientes e o uso de equipamentos individuais de proteção. Além disso, a sua alta taxa de letalidade, que pode chegar a 90%, impede uma disseminação mais generalizada. “O doente de ebola não é portador crônico do vírus,como ocorre com o HIV e as hepatites B ou C; ele não fica por aí transmitindo”, diz. “Ele adoece e então ou se cura ou morre, não há muito tempo para disseminar o vírus para muitas pessoas.”
Roupas de proteção
A transmissão do ebola pode ser evitada com medidas básicas de biossegurança, como o uso de equipamento de proteção individual pelos médicos para evitar o contato com fluidos corporais do paciente. (foto: EC/ECHO – CC BY-ND 2.0)
O infectologista John Woodall, criador da rede on-line de monitoramento de doenças emergentes ProMed e ex-professor visitante da UFRJ, é menos otimista. Conhecido como ‘caçador de vírus’, o especialista, que esteve várias vezes na África estudando de perto a disseminação do ebola, não descarta a possibilidade de a doença chegar ao Brasil e se tornar uma epidemia por aqui.
“Um paciente infectado pode chegar a qualquer momento em um aeroporto e, se ainda não tiver desenvolvido sintomas ou não for logo colocado em isolamento, pode espalhar o vírus pela cidade e pelo hospital onde vier a ser atendido inicialmente”, conjectura. “Mas ainda existe a hipótese mais grave de a pessoa se dirigir ao interior do país e só desenvolver o sintoma quando já estiver instalada. Nesse caso, a doença vai se espalhar do mesmo modo que se espalha hoje na África, ou alguém pensa que a assistência à saúde no interior do Brasil é melhor do que lá?”
Woodall: Falhas no sistema público de saúde brasileiro, aliadas à dificuldade de diagnosticar o ebola, são umacombinação propícia para a instalação de uma epidemia
O pesquisador ressalta que as falhas no sistema público de saúde brasileiro, aliadas à dificuldade de diagnosticar o ebola, são umacombinação propícia para a instalação de uma epidemia. Os primeiros sinais da doença, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, sãocomuns a muitas outras enfermidades e a confirmação do diagnóstico só é feita comexames laboratoriais específicos.
Ainda não existe cura para o ebola, embora algumas drogas experimentais estejam sendo desenvolvidas e tenham sido oferecidas a dois médicos norte-americanos recentemente em caráter compassivo. O tratamento padrão para a doença se restringe à tentativa de melhorar os sintomas por meio de hidratação do paciente, administração de anti-inflamatórios e controle da pressão sanguínea. Para evitar o contágio, a pessoa infectada deve permanecer em isolamento por até 30 dias após o diagnóstico.
Mesmo considerando a chegada do vírus ao país uma possibilidade remota, o Ministério da Saúde enviou nesta semana uma cartilha para as vigilâncias sanitárias e hospitais de referência estaduais sobre como proceder em casos suspeitos de ebola.

Sofia Moutinho
Ciência Hoje On-line - fonte UOL