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23 setembro 2017

A VERDADE SOBRE 23 DE SETEMBRO


O Que Acontecerá em 23 de Setembro de 2017?

René Malgo
Muitas pessoas estão angustiadas: “Alguma coisa grandiosa acontecerá”. No dia 23 de setembro de 2017 o mundo visível deverá ser atingido por um alinhamento de corpos celestes, que acontece somente a cada 7.000 anos e que coincide exatamente com a visão relatada em Apocalipse 12! – Pelo menos é o que os especialistas em assuntos do fim dos tempos e de profecias proclamam no YouTube. A maioria dos adivinhos online se mantém com reservas sobre o que exatamente acontecerá vinculado a esse grande sinal no céu. Entretanto, nota-se que os intérpretes de sinais nesse ponto estão unânimes. Os profetas da internet mais ousados se reportam a um monge, chamado Hepidanus, que viveu por volta de 1080 no mosteiro São Galo (Suíça), o qual teria profetizado que, após o dia 23 de setembro de 2017, na sequência do aparecimento desse grande sinal no céu, irromperia uma guerra devastadora.
Apocalipse 12 relata a seguinte visão: “Apareceu no céu um sinal extraordinário: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz. Então apareceu no céu outro sinal: um enorme dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres, tendo sobre as cabeças sete coroas. Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra. O dragão pôs-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse. Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro. Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono” (v. 1-5).
De fato, é impressionante o que os profetas online do fim dos tempos compilaram em relação a esses versículos. Christopher M. Graney, professor de física e astronomia do Jefferson Community & Technical College, em Louisville, Kentucky (EUA), resume a mensagem espetacular deles nas seguintes palavras:
“No dia 23 de setembro de 2017 o Sol aparecerá na constelação Virgem – ‘uma mulher vestida do sol’. A Lua estará abaixo do Sol – ‘com a lua debaixo dos seus pés’. As ‘nove’ estrelas da constelação Leão mais três planetas (Mercúrio, Vênus e Marte) aparecerão sobre a cabeça da mulher – ‘uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça’. O planeta Júpiter aparecerá ao centro da constelação da mulher, e quando a semana após o 23 de setembro tiver passado, ele se afastará da mulher em direção ao Leste, praticamente passando por seus pés – ‘Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz’. Júpiter é o maior entre os planetas, ou o ‘rei’ dos planetas – ‘Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro’. Esse não deve ser um sinal de algo maior, conforme dizem as fontes da internet?”
A resposta mais direta, honesta e cristã é: não.
Naturalmente, no dia 23 de setembro poderia ocorrer qualquer acontecimento. Praticamente a cada dia acontece algo espetacular. É o fim dos tempos, e isso já há 2.000 anos (1Coríntios 10.11; Hebreus 9.26; 1Pedro 1.20). Sem dúvida alguma, os dias finais estão se afunilando (ver 2Timóteo 3.1-9). O prognóstico de que em breve haverá uma guerra devastadora infelizmente não pode ser desconsiderado. Estamos vivendo tempos turbulentos. Se hoje alguém disser, mesmo sem muita convicção: “No dia ‘tal’ acontecerá algo grandioso”, normalmente no dia “tal” ele poderá escolher entre as numerosas manchetes aquilo que mais lhe agradar como “cumprimento”.
O problema referente às especulações sobre o 23 de setembro é: a teoria desse extraordinário acontecimento no céu, que supostamente acontece a cada 7.000 anos (ou a cada 6.000 anos, de acordo com o periódico Quelle), simplesmente não confere. Ela é falsa. Fake news. Uma mentira. Trata-se da mesma tolice daquele sinistro Planeta X, que causaria o fim do mundo no ano de 2012 ou da tétrade da Lua de Sangue, que teria ligação com algum evento fantástico.
Trata-se da mesma tolice daquele sinistro Planeta X, que causaria o fim do mundo no ano de 2012.
Assustador, no entanto, é ver muitos crentes – principalmente os fundamentalistas de “nossos” círculos – que mais uma vez embarcaram no trem em movimento das falsas profecias e que propagam a lenda dos grandes sinais celestes e dos grandes acontecimentos no dia 23 de setembro. Sem qualquer constrangimento, os piedosos “viajam” no âmbito do esoterismo e do ocultismo, citam quaisquer rabinos inimigos de Cristo, referem-se a misteriosos monges cuja existência é questionável e, assim, consideram-se como grandes intérpretes dos sinais dos tempos. Muitas vezes são esses cristãos que atacam as fantasias como O Senhor dos AnéisHarry Potter e Nárnia, mas eles mesmos não têm escrúpulos para basear suas teorias apoiados em intérpretes de sinais das estrelas e de agentes do ocultismo.
Christopher M. Graney, que de fato é um cientista e astrônomo, empenhou-se em pesquisar mais a fundo sobre essa questão. Ele leciona em uma faculdade católica. Quem aprecia as teorias conspiratórias, agora naturalmente poderia acusá-lo de fazer parte do sistema que pretende encobrir a verdade, com observações como: “Talvez ele seja maçom ou illuminati”, ou “Os jesuítas fizeram uma lavagem cerebral com ele”. Todavia, na página inicial de vofoundation.org ele apresenta fatos de peso que não podem simplesmente ser considerados “fatos alternativos”.
Primeiro: em função da rotação da Terra, o Sol passa a cada ano por todas as doze constelações estelares. Dito com outras palavras: a cada ano, no mês de setembro, o Sol aparece na constelação Virgem. Segundo: a Lua também percorre seu ciclo uma vez ao mês. Também ela passa mensalmente por cada constelação. Ou seja: a cada ano há um ou dois dias em que o Sol está na constelação “Virgem” e a Lua está ao leste dela (“sob seus pés”). Isso significa que “uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés” é algo tão “raro” como o Dia da Independência do Brasil em setembro: essa aparição celeste acontece a cada ano.
“Certo, certo”, dizem os profetas online, “isso está claro. O que dizer, porém, da inexplicável e extraordinária coroa com doze estrelas?” Aqui temos então o grande problema para os intérpretes estelares da internet: essa coroa não existe.
Na constelação de Leão, que supostamente deveria conter “doze estrelas”, há muito mais estrelas! As nove estrelas preferidas dos profetas do YouTube estão entre as mais brilhantes, mas de longe não são as únicas (e quem pode determinar se uma estrela não tem mais a luminosidade e importância necessárias?). Muitas vezes essas nove estrelas, em virtude de seu posicionamento, são utilizadas para identificar a constelação de Leão. No entanto, essa é uma prática bastante arbitrária. Outras representações “oficiais” da constelação de Leão, por exemplo, utilizam dez estrelas como delimitadoras – assim a coroa seria composta de 13 “estrelas” (dez estrelas mais três planetas).
Duvidando
A simples verdade é: “Há muitas estrelas em Leão e ao redor da ‘cabeça’ em Virgem”. Assim, a mulher no céu já está coroada com muitas estrelas. A teoria das estrelas com mais três planetas não se sustenta.
Todavia, o que faz os profetas da internet ficarem tão “fora da casinha”, apesar desses fatos aparentemente conhecidos, é a combinação dos planetas. Esse é o ponto crítico. Vários planetas junto à cabeça da mulher com o planeta Júpiter ao centro, enquanto a Lua aparece simultaneamente sob os pés dela – sim, isso realmente é algo bastante raro. O crucial, porém, é: a despeito das muitas estrelas que na verdade “coroam” a cabeça da mulher, essa rara aparição não tem relação alguma com a figura relatada em Apocalipse 12 (caso se queira acreditar que Apocalipse 12 trate apenas de sinais nas estrelas).
Visto por esse ângulo, no dia 23 de setembro de 2017 haverá uma manifestação especial no céu, mas, diante dos fatos recém-enumerados, mesmo com a melhor boa vontade ela não pode ser vinculada a Apocalipse 12. Acrescenta-se ainda que essa aparição não é tão rara como os promotores sensacionalistas anunciam no YouTube. A afirmação de que essa aparição celeste seja “única” ou que aconteça a cada 7.000 anos não confere. O professor Graney pesquisou um período de 1.000 anos e constatou que essa configuração apareceu no céu “em setembro de 1827, em setembro de 1483, em setembro de 1293 e em setembro de 1056”. Se ele tivesse retrocedido ainda mais, certamente teria encontrado mais dessas aparições.
A simples verdade é: “Há muitas estrelas em Leão e ao redor da ‘cabeça’ em Virgem”. Assim, a mulher no céu já está coroada com muitas estrelas.
Naturalmente alguém poderia agora mergulhar nos livros de história e pesquisar alguns acontecimentos empolgantes daqueles anos que os céus de setembro teriam então profetizado. No entanto, de acordo com Graney, não é assim que funciona a interpretação estelar. “Uma pessoa lê seu horóscopo diário, que diz: ‘hoje haverá obstáculos no caminho’. Então essa pessoa lembra os momentos em que esteve retida no trânsito ou na fila do supermercado, ou qualquer outra situação semelhante e dirá: ‘o horóscopo tinha razão’, mesmo que essas coisas aconteçam a cada dia”.
O dr. Danny R. Faulkner, um físico e astrônomo cristão conservador, que trabalha para a missão Answers in Genesis [Respostas em Gênesis], chega às mesmas conclusões, independentemente do professor Graney. Ele também ressalta que a afirmação das 9 estrelas da constelação de Leão é “falsa”. Além disso, ele aponta para a realidade visível no céu. Ele escreve que constantemente são mencionados os pés da Virgem, mas que “Mesmo conhecendo muito bem a [constelação] Virgem, eu nunca consegui ver uma mulher no céu, de modo que mal posso afirmar em que lugar deveriam estar seus pés, e eu duvido que qualquer outra pessoa possa fazê-lo”.
Por que isso é importante? Porque Gênesis 1.14 diz que Deus colocou luminares no céu como sinais. Sinais, porém, precisam ser óbvios. A imagem da mulher deveria ser facilmente identificável. E deveria ser possível vê-la completamente. No entanto, se o Sol estiver na constelação de Virgem, então “nenhuma de suas estrelas será visível”. O dr. Faulkner escreve sobre os três planetas que aparecem na constelação de Leão: “Eles serão visíveis cedo na manhã desse dia, mas todos estarão ao fundo, no Sudeste do céu. Vênus é bastante claro, de modo que pode ser facilmente reconhecido; no entanto, isso não ocorre com Marte e Mercúrio, pois esses serão muito mais opacos, e eles não surgirão antes do início da madrugada. A tênue meia-lua será visível à noite, longe a Sudoeste. Júpiter poderia estar mais visível lá no Sudoeste, mas será difícil porque ele desaparecerá antes do anoitecer. Isso significa: nem todos esses ‘sinais’ serão visíveis, e aquilo que será visível não o será na mesma hora. Enquanto esse acontecimento possa parecer lindo numa tela de computador, Deus colocou ‘os luminares no firmamento do céu’ (não em telas de computador) para que sirvam de sinais”.
As pessoas enxergam somente aquilo que elas querem nas aparições no céu.
O dr. Faulkner está correto ao dizer que as pessoas enxergam somente aquilo que elas querem nas aparições no céu (conforme ocorre nos testes de Rorschach). Assim, por exemplo, não é um princípio bíblico equiparar Júpiter a uma criança ou até ao Messias Jesus Cristo. E o que desde o início deveria ser a “pá de cal” para essa teoria fantasiosa é: Apocalipse 12 não trata de quaisquer sinais no céu em nosso tempo, mas João está enxergando uma visão fortemente figurativa e salvadora a respeito do povo de Deus, Israel (a mulher) que, sob fortes dores de parto, dá à luz ao Messias, sob a espreita do Diabo (e isso já aconteceu!). Seria algo muito fraco se apenas observássemos figuras celestes (ímpias) e, a seguir, sem qualquer base válida, baseássemos uma aparição no céu nessa representação simbólica.
Deveríamos dar muito mais atenção à exortação do apóstolo, de estarmos com a mente preparada e prontos para a ação, colocando “toda a esperança na graça que será dada [a nós] quando Jesus Cristo for revelado” (1Pedro 1.13). Que seja Cristo o único teor de nossa esperança e de nossa expectativa.
Na Bíblia, a profecia sempre está relacionada à exortação ou ao incentivo de seguir a Jesus, de ser fiel a ele e de viver direcionado para ele. Não somos convocados para especular sobre teorias questionáveis e a nos dirigirmos ao ocultismo, mas para seguir as pisadas de nosso Senhor Jesus (Efésios 5.1-2; 1Pedro 2.21; 1João 2.6). Com isso estaremos suficientemente ocupados.
Maranata – Amém. Vem, Senhor Jesus! — René Malgo

05 maio 2015

Entrando em Sintonia nos Últimos Dias




Elwood McQuaid
Uma cadeira de dentista não é o lugar ideal para uma conferência sobre profecia bíblica. Uma boca cheia de instrumentos reduz a resposta de um paciente a grunhidos e a movimentos com os olhos, limitando profundamente sua habilidade de responder às perguntas do profissional encarregado dos reparos. E, para alguém como eu, que gasta uma considerável parte da vida imerso em assuntos relacionados com eventos do final dos tempos e que analisa muitos fatos e opiniões, ficar calado é um exercício doloroso.
Mas isso tem suas recompensas. Neste momento, a compensação veio na forma de uma observação feita por meu dentista, um profissional competente e, ao mesmo tempo, sintonizado com as questões contemporâneas.
“Com tudo o que estamos vendo ultimamente”, disse ele, “é correto dizer que estamos vivendo nos últimos dias?”
A pergunta em si não foi incomum. O que chama minha atenção é a freqüência com que essa pergunta tem sido feita nestes dias. Sem dúvida, cada vez mais crentes no Ocidente sentem-se carentes pela falta de ensino sobre o assunto nas igrejas e em outras fontes teológicas de informação.
Embora certamente estejamos vivendo nos últimos dias, não podemos determinar com segurança o quanto já estamos avançados nos tempos finais. O que vemos são indicadores ou, se quisermos, tendências que identificam precursores do cenário do final dos tempos apresentado nas Escrituras. Uma verificação séria a respeido de onde os eventos estão nos levando é imensamente prática e, na verdade, uma necessidade inescapável se os crentes quiserem se preparar para responder bíblica e espiritualmente aos desafios dos nossos dias. Já não podemos nos permitir pensamentos fantasiosos que substituem a realidade pela inclinação do momento, que ignoram os fatos e criam uma falsa sensação de segurança e de abundância contínua.

Definindo a fonte

Ninguém pode negar que a inerrância bíblica e os valores cristãos estão sendo atacados. Na foto, protesto em favor do aborto.
Ninguém pode negar que a inerrância bíblica e os valores cristãos estão sendo atacados. O nível desenfreado e impiedoso de escárnio, cinismo e ameaças ou ataques físicos contra os cristãos e suas propriedades aumentou consideravelmente. Em algumas sociedades está na moda perseguir cristãos e praticar um paganismo remodelado que glorifica sem limites a adoração secularizada.
Infelizmente, a Igreja não tem conseguido ficar fora dessa contaminação pela queda no vazio da incerteza que repudia ostensivamente a verdade emanada da única fonte confiável de que dispomos: a Palavra de Deus. O caso em questão é o ensinamento profético, que está rapidamente se tornando uma raridade em muitos grupos. Em vista dos atuais acontecimentos nacionais e internacionais, essa falha dificilmente pode ser ignorada. A profecia bíblica, dada por meio da revelação divina, é a única ligação criticamente confiável entre o presente e o futuro. Ela nos ilumina no que se refere a prioridades aplicáveis para o aqui e agora, ao mesmo tempo que nos fornece compreensão sobre o que está por vir. Já deveríamos ter aprendido que não há nenhuma garantia de certeza vinda das vozes dos “especialistas” em praticamente qualquer campo que queiramos mencionar.
Por exemplo, quando o preço do petróleo subiu e as pessoas ainda suficientemente afortunadas por terem um emprego pensavam em como poderiam ir de carro para o trabalho, os especialistas disseram: “Acostumem-se! Os preços da gasolina nunca irão baixar. Estamos finalmente nos aproximando do que as pessoas pagam em outras partes do mundo, e é assim que vai ficar”. Bem, os preços caíram; ninguém, nem mesmo os entendidos, predisseram o futuro com exatidão.
De maior significação ainda foram os fracassos dos prognosticadores sobre os assuntos externos. No dia do Natal de 1991, após 70 anos de forte opressão e 50 anos de uma Guerra Fria amarga contra o Ocidente, a bandeira com a foice e o martelo da União Soviética foi baixada no Kremlin. Alguns especialistas proclamaram entusiasticamente que a nova Rússia seria governada por líderes ansiosos pela liberdade e pela amizade com seus benfeitores ocidentais. A democracia era a onda do futuro, diziam eles. Bem, eles estavam errados. Quando o colosso cambaleante readquiriu seu equilíbrio sob Vladmir Putin, o imperialismo retornou; e uma Guerra Fria remodelada foi reiniciada.
Quando a Rússia cambaleante readquiriu seu equilíbrio sob Vladmir Putin, o imperialismo retornou; e uma Guerra Fria remodelada foi reiniciada.
Uma miríade de outros exemplos poderia ser citada, comprovando a inabilidade freqüentemente dispendiosa dos seres humanos em preverem o futuro. Mas temos, sim, um intérprete preciso do que está por vir – uma junção de profecia e história que sabemos estar correta. Para fins de clareza e de nosso propósito, devemos voltar nossa atenção para a Bíblia e os indicadores que nela foram deixados para nós.

Sinais dos tempos

Várias tendências atuais fornecem visões sobre quanto já estamos adiantado no final dos tempos.

A imagem em vez da substância

Dentre os grandes males de nossos dias está a tomada de decisões superficial e agressiva baseada na aparência e não na substância comprovada. Essa condição tem sido amplamente promovida pela televisão e por sua capacidade de criar a ilusão de substância por meio de imagens atraentes. Em muitos aspectos, portanto, estamos nos tornando pessoas orientadas pela imagem, com curtíssimos períodos de atenção.
O ápice desse processo se relaciona à descrição do Anticristo em Apocalipse 13 e outras passagens. Ele é descrito como adorado, eloqüente, consumido pela luxúria do poder, e obcecado por apresentar-se como um novo messias:
Quem é semelhante à besta [Anticristo]? (...) Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias (...) Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão (...) o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (Ap 13.4-5,7-8; 2 Ts 2.4).
Será construída uma imagem desse ditador final, e ao mundo será ordenado que se ajoelhe perante ela em adoração. Essa é a exibição clássica da suprema incorporação satânica de absoluto narcisismo que milhões aceitarão por sua própria vontade.

O mergulho na apostasia

Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto [a Segunda Vinda do Senhor] não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição” (2 Ts 2.3).
A preparação para a chegada do Anticristo é o “abandono” da fé verdadeira. É uma forma de apostasia, uma condição na qual as pessoas que têm a informação correta sobre Deus e Sua verdade se afastam dela, negando e repudiando-a.
Hoje, o mundo está se afastando mais rapidamente do que nunca do cristianismo ortodoxo, avançando para uma fusão com todas as formas de religiões e seitas. Como disse o rei Abdullah, da Arábia Saudita, isso acontece sob a bandeira da fé em “um só Deus”. Essa posição não é nada mais que o politeísmo redelineado e institucionalizado. E, no âmago desse sistema de inclusão e negação, estão (1) a rejeição vigorosa ao Evangelho e (2) a supressão militante de todos os indivíduos e grupos comprometidos em proclamá-lo conforme o mandado da Grande Comissão de Jesus para Sua igreja. Avolumam-se as evidências de que estamos nos movendo em direção a uma religião mundial única – exceto, logicamente, a do Deus único e verdadeiro. Portanto, podemos apenas concluir que estamos avançando na direção da apostasia profetizada.

A loucura materialista

Ondas de choque pelas recentes revelações a respeito da corrupção, do engano e da roubalheira no mundo das altas finanças ainda reverberam nos mercados globais. A ganância, tanto corporativa quanto individual, tornou-se a essência do jogo; e poucos parecem entender porquê. Surpreendeu-me quando um comentarista da televisão realmente colocou seu dedo na ferida. Dizendo que não era, em hipótese alguma, um pregador, ele, entretanto, afirmou que sentia ter de admitir que a falência da cultura com relação a valores morais era o principal fator subjacente dos negócios ilícitos dos gananciosos. Uma exclamação que se ouve com freqüência é a afirmação do apóstolo Paulo: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males” (1 Tm 6.10).
A falência da cultura com relação a valores morais é o principal fator subjacente dos negócios ilícitos dos gananciosos. Na foto, o milionário Bernard Madoff sai do Tribunal federal após uma audiência de fiança em Nova Iorque.
O golpe de nocaute para o mundo material do final dos tempos está descrito em Apocalipse 18, quando “Babilônia, a grande”, o centro e símbolo de um sistema global sem Deus, experimentar a taça cheia da ira de Deus: “porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou” (Ap 18.5).
É interessante que aqueles que são mais afetados pelo colapso de seu sistema corrupto são chamados de “os mercadores da terra”, que “sobre ela, choram e pranteiam... porque já ninguém compra a sua mercadoria. O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti... Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando” (Ap 18.11,14-15).
Está próximo o dia do acerto de contas por causa da submissão geral ao materialismo. O mundo está se movendo sistematicamente nessa direção.

A supressão de Israel

O Dicionário Webster define supressão como “ato de excluir intencionalmente da consciência um pensamento ou sentimento”.
As más intenções dos inimigos de Israel e do povo judeu não poderiam ser mais claramente afirmadas, exceto pelo que consta nas Sagradas Escrituras. O desejo mais profundo dos fanáticos da guerra santa [jihad] e de seus companheiros é reduzir Israel a uma mera mancha na memória da história do Oriente Médio. Foi por isso que eles apagaram Israel de todos os mapas árabes e palestinos. Revisionistas reescrevem a história e têm prazer em afirmar que nunca houve um Holocausto, que nunca houve um número significativo de judeus em Israel, que templos judeus nunca foram construídos no Monte Moriá, que nenhum Estado Judeu moderno deveria existir. Em outras palavras, para eles Israel é uma criação fantasmagórica que serve apenas para ser destruída e depois esquecida.
Infelizmente, a luta do pequeno Israel pela sobrevivência continuará e será acelerada até que o último capítulo seja escrito: “Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém” (Zc 14.2).
Mas as ambições sinistras das nações que se enraivecem contra Deus, Sua cidade, e Seu povo judeu não serão realizadas: “Então, sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha” (Zc 14.3).
Esses relances de profecias são marcadores na progressão em direção aos dias finais que levam à consumação dos séculos. Mas, em vez de se tornarem fonte de depressão e medo, eles se firmam como implementos de discernimento e segurança de que há um fim à vista para os excessos pecaminosos que cobrem a paisagem global de imundície. Além do mais, recebemos essa informação de um Deus que promete não nos afligir com o desconhecimento sobre nosso tempo e o futuro.
A linha de chegada está á vista? Vivemos realmente nos últimos dias? Num sentido mais amplo, cada dia poderia ser o último dia dos últimos dias antes de ouvirmos o chamado que nos levará à presença de Deus. Conseqüentemente, estamos “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13).
Creio, pessoalmente, que estamos vivendo os últimos dias? Sim, estou convencido de que já estamos avançados em tais dias. Tal convicção vem de observar as tendências desenvolvendo-se rapidamente, tendências que correspondem ao que a Palavra profética nos ensina. Não, não sabemos o dia ou a hora; mas temos as promessas dEle e as evidências diante de nós. Ora, “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).(Elwood McQuaid - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)

09 setembro 2013

AS PROFECIAS NUM RELANCE -


As Profecias Num Relance

Profecias que já foram cumpridas

Israel

  • Abraão e Sara teriam um filho chamado Isaque (Gn 15.4-6; Gn 17.17-19; Gn 18.9-15). Cumprida literalmente (Gn 21.1-5; Hb 11.17-19).
  • Jacó e Esaú: o mais velho serviria ao mais novo (Gn 25.23). Cumprida literalmente (vv.30-34; Gn 27.1-46).
  • Escravidão no Egito, seguida de libertação e grande recompensa (Gn 15.13-14; Gn 46.1-4). Cumprida literalmente (Êx 5.1-14.31).
  • A Tribo de Judá governaria (Gn 49.10). Cumprida literalmente através do rei Davi (1Sm 16.1-13).
  • Remoção da terra por causa de pecado (Dt 28.15-68). Cumprida literalmente: cativeiro na Assíria, 722 a.C.; cativeiro na Babilônia, 586 a.C.
  • Problemas de Davi devido ao pecado com Bate-Seba (2Sm 11.1-12.11). Cumprida literalmente: Amnom estupra Tamar (2Sm 13.1-39); Absalão mata Amnom (vv.28-30); Absalão se rebela e morre (2Sm 14.1-18.33).
  • O reino seria dividido devido ao pecado de Salomão (1Rs 11.29-40). Cumprida literalmente (1Rs 12.16-24).
  • Julgamento de Jeroboão; nomeação de Josias (1Rs 13.1-5). Cumprida literalmente 300 anos mais tarde (2Rs 23.15-20).
  • O cativeiro duraria 70 anos; o retorno seria sob o governo de Ciro (Is 44.21-28; Is 45.1,5; Jr 25.11-12). Cumprida literalmente (Ed 1; Dn 9.2).

As Nações*

  • Síria (Damasco): Destruição por meio do fogo (Am 1.3-5). Cumprida literalmente: a Assíria arrasa Damasco em 732 a.C. (2Rs 16.7-9).
  • Filístia (terra dos filisteus): Punição por vender o povo judeu à escravidão (Am 1.6-8). Cumprida literalmente: a Babilônia destrói as cidades dos filisteus (2Cr 26.6).
  • Tiro (Fenícia): Punição por quebrar os votos e entregar o povo judeu a Edom (Am 1.9-10). Cumprida literalmente: Alexandre, o Grande, derrota a fortaleza da ilha em 322 a.C.
  • Edom: Punição por causa da crueldade e do ódio ao povo judeu (Jr 49.15-20; Ez 25.12; Am 1.11-12; Ob 10). Cumprida literalmente: Roma conquista os nabateus no ano 106 a.C.; no século IV, Petra fica desabitada.
  • Amom: Punição por seus freqüentes ataques às fronteiras, tortura de mulheres e morte de crianças antes de seu nascimento (Am 1.13-15). Cumprida literalmente: a Assíria destrói Amom em 732 a.C.
  • Babilônia: Seria capturada por medos e persas (Is 21.1-9; Jr 25.11-12; Jr 51.1,7-14). Cumprida literalmente em 539 a.C. (Dn 5.25-30).

Profecias que serão cumpridas

Israel

  • O povo judeu retorna à sua terra, vindo dos países para onde havia sido levado (Jr 16.14-15; Jr 23.7-8; Jr 24.6).
  • O Anticristo promete a Israel sete anos de paz (Dn 9.27).
  • O Anticristo desencadeia terrível perseguição contra Israel (Dn 7.24-25; Mt 24.21; Ap 12.13).
  • Israel foge para o deserto em busca de proteção (Ap 12.6,14).
  • Israel volta para Deus de todo o seu coração (Jr 24.7; Zc 12.10-13.1).
  • O Senhor Retorna. Ele defende Seu povo e destrói seus inimigos (Zc 9.14-17; Zc 12.1-9; Zc 14.3-5; Ap 19.17-21).
  • O Rei Messias governa sobre o novo Reino Davídico (Is 9.7; 11.1-5; Jr 23.5-6; Jr 33.14-17).
  • Israel recebe uma porção dobrada de bênçãos em sua terra (Is 61.7).
  • O lobo habita junto com o cordeiro, e o leão come palha no Reino Messiânico (Is 11.6-9; Is 65.25).
  • Israel habita em paz e segurança em sua Terra Prometida (Jr 23.6).
  • Israel guia os gentios em louvor ao Deus de Israel (Is 61.6; Zc 8.23).

As Nações

  • A Rússia, o Irã, a Líbia, a Etiópia (hoje o Sudão) e outras nações atacam Israel (Gogue e Magogue, Ez 38-39).
  • O Anticristo surge do Império Romano reavivado (Dn 7.7-8; Ap 13.1-2).
  • Os juízos dos selos, das trombetas e dos flagelos (Ap 6.1-12; Ap 8.1-9.21; Ap 11.15; Ap 15.5-16.21).
  • O Anticristo exige adoração e engana o mundo (Dn 11.36-37; 2Ts 2.3-4; Ap 13.2,4,8).
  • Os sistemas comerciais e os falsos sistemas religiosos do mundo são destruídos (Ap 17-18).
  • As nações vêm a Armagedom. O Senhor Retorna. Ele derrota o Anticristo e Satanás (Jl 3.9-16; Zc 14.2-4; Ap 19.11-20).
  • As nações são julgadas com base no tratamento que deram ao povo judeu (Mt 25.31-46).
  • Os gentios são abençoados no Reino Messiânico Milenar (Is 11.10; Is 42.1; Is 49.1; Is 66.12,19).
  • O Egito, a Assíria e Israel são bênçãos (Is 19.23-25).
  • O Julgamento do Grande Trono Branco. Todo joelho se dobrará diante do Messias, Jesus, e todos confessarão que Ele é o Senhor (Fp 2.10-11; Ap 20.11-15).

A Igreja

  • Livrada da Tribulação (o Tempo da Angústia de Jacó) por meio do Arrebatamento (Jo 14.2-3; 1 Ts 4.13-18; Ap 3.10.
  • Os crentes recebem corpos ressurretos como o de Cristo e O vêem fisicamente (1Co 13.12; 1Co 15.52; 1Jo 3.2-3).
  • Trono do Julgamento de Cristo; recebimento de recompensas; ceia das Bodas do Cordeiro (Rm 14.10; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; Ap 19.9).
  • O Senhor retorna. Os santos vêm com Ele e Ele prende Satanás por 1.000 anos (Zc 14.5; Ap 20.1-3).
  • Os santos reinam e governam com o Messias no Reino Messiânico (2Tm 2.12; Ap 20.4-6).
  • Os santos julgam os anjos (1Co 6.3).
  • No final dos 1.000 anos, após uma breve rebelião de Satanás, todos os redimidos, de todos os tempos, judeus e gentios, entram na eternidade, onde estarão diante do Senhor nos novos céus e na nova terra, para sempre (Is 66.22; Ap 21.1-7).
  • Nunca mais chorarão, nunca mais morrerão, nunca mais serão separados de seus amados (Ap 7.17; Ap 21.4).
Maranata! Vem, Senhor Jesus!
Explicação: Esta lista é uma sinopse extremamente resumida das profecias. Ela mostra que Deus prediz o futuro e sempre faz exatamente o que diz – em 100% das vezes.
*A informação nesse item vem do livro The Ruin and Restoration of Israel [A Ruína e a Restauração de Israel], de David M. Levy.
Disse Deus: ‘Eu sou o Senhor, este é o meu nome (...). Eis que as primeiras predições já se cumpriram, e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vô-las farei ouvir‘ (Is 42.8-9). ‘Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome‘ (Jo 20.31). (Thomas Simcox - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

07 dezembro 2012

A PROFECIA MAIA E O SURGIMENTO DE UMA RAÇA SUPERIOR


A Profecia Maia e o Surgimento de Uma Raça Superior

“Se o que o profeta proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem do Senhor. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele” (Deuteronômio 18:22 - NVI)
Já sabíamos! Vários filmes, como: O Planeta dos Macacos (1968), O Dia depois de Amanhã(2004), Eu Sou a Lenda (2007), 10.000 a.C. (2008), Presságio (2009), 2012: Fim dos Dias(2008), 2012 (2009), entre outros, trataram desse tema: uma raça superior sobreviverá a uma grande catástrofe.
Com a famosa “profecia maia” às portas, alguns profetas esotéricos estão insistindo nessa mesma tecla. Deixe-me explicar melhor.

Da Atlântida passando pelos egípcios e maias

A lendária ilha de Atlântida, primeiramente descrita pelo filósofo Platão, nunca existiu. No entanto, foi na modernidade que alguns começaram a levar a sério a falácia de Atlântida. Na Antiguidade ninguém considerava tal possibilidade. Para os historiadores renomados, Atlântida continua sendo uma ilusão e anedota.
Porém, de acordo com o esotérico Patrick Geryl, em 21 de fevereiro de 21312 a.C, Atlântida foi destruída parcialmente, e totalmente destruída em 27 de julho de 9792 a.C., quando desapareceu sob as águas.(1)
Ainda segundo Geryl, milhares de pessoas sobreviveram ao cataclismo de Atlântida e estas deram origem à civilização egípcia e, provavelmente, também aos maias. Concluindo, para Geryl os egípcios seriam, com certeza, descendentes da Atlântida e os maias teriam forte possibilidades de sê-lo (2)
Mais: baseados em suas escrituras e códigos secretos, tanto para os maias, quanto para os egípcios, a data do fim desta era, como a conhecemos hoje, será em 21-22 de dezembro de 2012.
O que estaria previsto para acontecer em dezembro de 2012 seria algo semelhante ao que ocorreu com Atlântida. Permita-me continuar citando Patrick Geryl, no seu livro O Código de Órion:
“Segundo os maias, haverá uma mudança nos pólos magnéticos no Sol no ano 2012. Então, do interior do Sol, serão liberadas enormes forças eletromagnéticas com poder desconhecido. Labaredas gigantes enviarão uma descomunal onda de partículas à Terra. [...]
As partículas eletromagnéticas do Sol penetrarão em todos os pontos da Terra, gerando uma intensa radiação, tanto em luminosidade quanto em radioatividade. [...]
Segundo Geryl, milhares de pessoas sobreviveram ao cataclismo de Atlântida e estas deram origem à civilização egípcia e, provavelmente, também aos maias. Foto: ruínas maias em Chichén Itzá, México.
O núcleo de ferro da Terra é magnético e, devido ao deslocamento desse núcleo, a Terra começará a se mover para o outro lado.”(3) [...]
“A Terra começará a girar em sentido contrário e os pólos se inverterão!”(4) [...]
“Em conseqüência, a crosta terrestre exterior se soltará, ou seja, ficará ‘flutuando’, sem estar mais presa a seu ‘padrão’. O planeta se inclinará milhares de quilômetros em poucas horas. [...]
Em resumo, o mais horrível dos pesadelos não se igualará a essa destruição.”(5) [...]
“Quando, depois de horas e horas, a onda carregada de partículas declina, o magnetismo do interior da Terra pode se restabelecer. Contudo, os pólos se moverão também porque o que se encontra mais perto do Sol terá sofrido todo o impacto. A crosta terrestre deixará de flutuar, acompanhada novamente de terremotos apocalípticos, com porções de terra desmoronando, uma atividade tectônica desconhecida e vulcões em erupção. Mas então, como se isso não bastasse, virá uma catástrofe ainda maior: com a inércia, o movimento dos oceanos não se deterá e uma onda gigantesca cobrirá a terra. Segundo a antiga tradição, essa onda chegará a ter um quilômetro e meio de altura”.(6)
Claro, como ocorreu com a suposta Atlântida, uma raça de terráqueos sobreviverá e re-inventará uma nova civilização.

A violenta espiritualidade maia

Bem, os maias, apesar de registrarem no seu calendário de “Conta Longa” o dia 22 de dezembro de 2012 como sua última data, nunca falaram em fim do mundo. Entretanto, podemos inferir que este dia, para eles, poderia ser o final de uma era e o início de outra. O fato é que em matéria de espiritualidade os maias não são exemplos para nós.
a) O panteão dos maias:
Nicholas Saunders é pesquisador sobre as civilizações pré-colombianas e escreveu no seu livro Américas Antigas,:
“O mais importante deus masculino era Itzamná (Casa do Lagarto), representado na arte como um homem velho e descrito como a divindade da escrita e do aprendizado.”(7) [...]
Era um deus de múltiplas formas. “Em seu papel de criador do mundo, Itzamná era chamado de Hunab Ku. [...] Itzamná parece ter sido o deus da realeza maia, especialmente em outra de suas formas, o Kinich Ahau, ou Deus Sol.”(8) [...]
“O consorte de Itzamná era Ix Chel (‘Senhor do Arco-Íris’). Durante o período maia clássico, ela estava associada com a Lua. [...] Nessa época, era representada como uma mulher velha tendo cobras no lugar de cabelos e adepta da feitiçaria.(9) [...]
Desenho de um Jaguar pronto para saborear um coração que acabou de ser arrancado de um tórax humano — em Chichén Itzá, México.
Kinich Ahau, o deus Sol, era ou uma divindade própria ou uma das formas de Itzamná. [...] A paixão maia (e ameríndia) pela transformação é revelada pela mudança de forma de Kinich Ahau em Deus Jaguar.(10) [...]
O importante deus da chuva era conhecido como Chac, e também deve ter sido uma divindade singular ou talvez uma manifestação de Itzamná.”(11) No famoso Cenote Sagrado, um poço natural localizado em Chichen-Itzá, México, foram encontrados inúmeros esqueletos de homens, mulheres e crianças vítimas de sacrifício ao deus da chuva.
Muitas outras divindades fazem parte deste panteão.
b) Inimigos eram sacrificados e o sangue entregue aos deuses:
Até a primeira metade do século XX, acreditava-se que os maias fossem um povo pacífico e não violento com os seus conquistados. Porém, com a revelação de um conjunto de murais coloridos nas ruínas da cidade de Bonampak, no México, este conceito mudou totalmente. Hoje, sabemos que a civilização maia tinha como sua forte identidade e legitimidade o derramamento de sangue, a fúria, a selvageria e um implacável requinte de torturas.
Ainda segundo Saunders:
“Para os maias clássicos, nada era tão poderoso como o sangue humano para unir os humanos ao reino sobrenatural.”(12)
As milícias maias foram ensinadas a capturar guerreiros inimigos da linhagem real. Elas tentavam não matar os capturados para que fossem trazidos presos e sacrificados aos deuses.(13)
“Uma interpretação desse tipo de milícia é que, para os maias, o sangue era a liga que unia o Universo, evitando que suas inúmeras partes caíssem em um caos cósmico político e social. Os deuses desejavam sangue e era dever das dinastias maias fornecê-lo em um grande número de rituais. Mais do que tudo, talvez o poder simbólico do sangue santificasse e legitimasse as complexidades do poder político da civilização maia clássica. Como um líquido sagrado, o sangue de indivíduos de alta classe era derramado em ocasiões especiais – para dedicar um novo templo piramidal, para designar um novo herdeiro e para coroar um novo rei. A imaginação dos maias não conhecia limites quando se tratava de inventar maneiras de humilhar, torturar e finalmente sacrificar as suas vítimas.”(14)
c) Os reis eram sumos sacerdotes e divinos:
O historiador e geógrafo americano, Jared Diamond, relatou no seu livro Colapso:
“Na sociedade maia, o rei também funcionava como sumo sacerdote, com a responsabilidade de ministrar rituais astronômicos e de calendário, e assim trazer chuva e prosperidade. O rei alegava ter o poder sobrenatural de trazer chuva e prosperidade por causa de sua confirmada relação familiar com os deuses. Ou seja, havia um acordo tácito quid pro quo: os camponeses sustentavam o estilo de vida luxuoso do rei e de sua corte, alimentavam-nos com milho e carne de veado e construíam os seus palácios porque o rei lhes havia feito grandes promessas. [...] os reis sempre entravam em conflito com seus camponeses no caso de seca, porque isso era equivalente à quebra de uma promessa real.”(15)

Uma boa justificativa para os que não forem arrebatados

Em que a civilização maia, aterrorizada por demônios, era mais espiritualmente evoluída do que a nossa?
Fico a pensar, em que a civilização maia, aterrorizada por demônios, era mais espiritualmente evoluída do que a nossa? Povo pagão, ensopado no caldeirão das trevas, sem qualquer chance de ser liberto pelo sangue redentor de Jesus Cristo.
Segundo alguns filmes, geralmente após grandes cataclismos, uma nobre geração de pessoas espiritualmente mais evoluídas consegue escapar da hecatombe e reiniciar uma nova civilização. Seria supostamente o surgimento de uma raça elitizada e mais desenvolvida.
Por que esta idéia é tão explorada nos filmes? Pasmem! Os ufólogos da Nova Era pregam que após uma grande catástrofe que sobrevirá à Terra, um povo menos evoluído será abduzido por discos voadores para ser reciclado em outro planeta (provavelmente estão se referindo ao Arrebatamento da Igreja de Cristo), enquanto os que ficarem na terrinha gozarão de uma nova ordem mundial. Sensacional justificativa satânica para o Arrebatamento da Igreja e a Tribulação que se seguirá. Sobre este assunto, confira nosso livro A Agenda Secreta .
Quanto a essa história do calendário maia prever o fim do mundo para dezembro de 2012, não se desesperem, pois vem aí o calendário asteca. De acordo com os cálculos astecas (civilização mesoamericana que surgiu mais de um século após os maias), o mundo terminará em 2027. Acredito que antes de chegarmos nesta última data, assistiremos a mais um filme hollywoodiano, desta vez intitulado “2027” com uma iluminada raça ressurgindo dos escombros.
Estamos de fato nos acostumando com essa idéia de falsas datas para “fins do mundo”. No entanto, não devemos perder de vista aquele momento grandioso do único final (e recomeço) do mundo: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:27). Maranata! (Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa - http://www.chamada.com.br)

Bibliografia

  1. Geryl, Patrick, O Código de Órion: O fim do mundo será mesmo em 2012? Editora Pensamento-Cutrix Ltda, São Paulo, SP, 2006, páginas 37-38.
  2. Id, páginas 146-147.
  3. Ibid, página 29.
  4. Ibid, página 33.
  5. Ibid, páginas 33-34.
  6. Ibid, página 31.
  7. Saunders, Nicholas J., Américas Antigas: As Grandes Civilizações. Madras Editora Ltda. São Paulo, SP, 2005, páginas 75-76.
  8. Id, páginas 76-77.
  9. Ibid, página 77.
  10. Ibid, página 77.
  11. Ibid, página 77.
  12. Ibid, página 75.
  13. Ibid, página 81.
  14. Ibid, página 81.
  15. Diamond, Jared, Colapso: Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Editora Record, Rio de Janeiro, RJ, 2009, sexta edição, página 207.
Samuel F. M. Costa É médico gastroenterologista com parte de sua formação acadêmica nos Estados Unidos. Dr. Samuel Costa é um pesquisador minucioso e há muito tempo se dedica à analise e estudos de idéias controvertidas quanto à fé cristã. Em 1996, lançamos sua primeira obra literária: “A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do ‘Maitreya’ e da Prostituta Babilônia”. Aprofundando-se ainda mais no estudo do esoterismo, escreveu “Os Anos Obscuros da Mocidade de Jesus Cristo”. Samuel Costa reside com sua esposa e filhos na cidade de Recife, no nordeste do Brasil.