WASHINGTON — O retorno expressivo dos republicanos à paisagem política americana, após as eleições legislativas, preocupa as associações feministas, particularmente as favoráveis à descriminalização do aborto.
Após a vitória dos republicanos na Câmara de Representantes, "enfrentamos agora uma maioria antiaborto e um novo presidente na Câmara que ameaçam fazer retroceder os difíceis avanços que as mulheres conquistaram", declarou Terry O'Neill, presidente da principal organização feminista americana (a National Organization for Women, NOW).
Os republicanos conquistaram 60 cadeiras na Câmara - de um total de 453 - e pelo menos 49 deles se opõem a que as mulheres possam decidir livremente se devem ou não abortar, segundo o Centro de Direitos Reprodutivos (Center for Reproductive Rights).
O'Neill lembrou que o provável futuro presidente da Câmara, o republicano John Boehner, "não esconde que também é contrário ao aborto".
Os republicanos também conquistaram seis cadeiras a mais no Senado - de um total de 100 -, mas sem superar a maioria democrata, que é favorável à liberdade no que diz respeito ao aborto.
Nancy Northup, presidente do Centro de Direitos Reprodutivos, disse por sua vez que as eleições de terça-feira alteraram o tabuleiro político e avaliou que "já há membros do Congresso dispostos a utilizar todos os meios para impedir que (as mulheres) tenham acesso ao aborto
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