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08 julho 2011

Apocalipse 13

Apocalipse 13

Apocalipse 13 é um dos mais fascinantes e misteriosos capítulos de toda a Bíblia. Esse capítulo é singular para a nossa época, porque não identifica países definidos por fronteiras; em vez disso, ele fala do mundo inteiro – um mundo global. Essa mensagem simplesmente ignora que o planeta Terra é dividido em cinco continentes e aproximadamente 200 nações. Ele ignora que essas nações são diversas, falam línguas diferentes, têm diferentes culturas, praticam várias religiões, têm seus próprios costumes e festejam seus próprios feriados. Apocalipse 13 ignora tudo isso e simplesmente nos revela um mundo único no final dos tempos: uma Nova Ordem Mundial para todas as pessoas do planeta Terra.
Sabemos que uma situação dessas seria impossível um século atrás. O mundo era muito diversificado e dividido por fronteiras nacionais, mantidas por forças militares. Mas, hoje em dia, está acontecendo uma coisa que nunca aconteceu antes: a corrida em direção ao globalismo.
Durante a crise financeira internacional, o globalismo atravessou um terreno instável, em que as nações tentaram desesperadamente cuidar de si mesmas. Neste contexto, o protecionismo tornou-se uma questão séria para o mundo. Mas tudo isso é temporário. Não devemos jamais permitir que nossa visão da profecia bíblica seja obscurecida pelas circunstâncias atuais. No fim das contas, o mundo precisa, e irá, se tornar um. Essa é uma sentença irrevogável da profecia bíblica.
Apocalipse 13 mostra o resumo do sucesso fraudulento de Satanás, o deus deste mundo e príncipe das trevas que dominou o planeta Terra com suas artimanhas. Esse capítulo da Bíblia fala de política, comércio e religião; tudo junto. A autoridade terrena é o Anticristo; seu poder é absoluto. Ninguém pode existir no planeta Terra se não tiver a marca da besta.
Os 18 versículos de Apocalipse 13 são uma mensagem compacta sobre o final dos tempos, destacando três identidades principais:
1. O dragão;
2. A primeira besta, que é o Anticristo; e
3. A segunda besta, que é o falso profeta.

Trindade e criação

O dragão, a primeira e a segunda besta são uma imitação da Trindade de Deus. Sua tarefa é a criação de duas coisas específicas: 1. A imagem da besta; e 2. A marca da besta.
Enquanto Deus criou o homem à sua imagem e lhe ordenou que sujeitasse a terra, a trindade do mal cria a imagem e a marca da besta para sujeitar o homem. O propósito de Satanás é tornar o homem sujeito à sua autoridade. Satanás quer ser Deus. Essa, em resumo, é a história da humanidade.

Introdução à revelação de Jesus Cristo

A mensagem desse capítulo precisa ser entendida, estudada e analisada no contexto de todo o livro do Apocalipse.
O livro começa com: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João” (Apocalipse 1.1); e termina com: “A graça do Senhor Jesus seja com todos” (Apocalipse 22.21). Ele é, portanto, a Revelação de Jesus Cristo.
Os três primeiros capítulos revelam o Senhor exaltado e suas mensagens para sete igrejas especificadas por seus nomes. Essas igrejas são geográfica e historicamente identificáveis. São igrejas reais, existentes na terra.

Céu aberto

Então, no capítulo 4, algo diferente acontece: “Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas” (v. 1). Agora, o lugar do evento é o céu. O texto menciona especificamente que João recebeu ordem de subir “para aqui” a fim de ver e transcrever “o que deve acontecer depois destas coisas”.
Ao lermos o livro de Apocalipse, é importante entender que esta é uma mensagem vinda do céu.

Fora deste mundo

Ao lermos o livro de Apocalipse, é importante entender que esta é uma mensagem vinda do céu. João está na presença do Senhor, no céu. Estamos diante de algo que, literalmente, não é deste mundo, mas é endereçado às pessoas da terra, particularmente àqueles que lêem e ouvem: “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Apocalipse 1.3).

Coisas físicas terrenas e coisas físicas espirituais

Ao lermos o livro de Apocalipse como crentes em Cristo, precisamos pedir sabedoria para distinguir entre coisas físicas terrenas e coisas físicas espirituais.
Aqui está um exemplo: No capítulo 1, encontramos uma descrição do Senhor:
“Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro.  A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força” (v. 12-16).
João é incapaz de descrever o que está vendo, senão através de definições metafóricas. Observe as palavras “semelhante” e “como”. Os seus cabelos eram brancos “como neve”; seus olhos, “como chama de fogo”; seus pés “semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha”; a sua voz “como voz de muitas águas”. Se deixarmos nossa imaginação correr solta, construiremos uma figura delirante: um homem com cabelo branco, com labaredas saindo dos olhos, pés pegando fogo, e com uma voz parecendo as Cataratas do Niágara. Esses pensamentos nos levam a uma imagem distorcida da realidade espiritual que o autor tenta transmitir no livro de Apocalipse.
Vejamos alguns outros exemplos.

Irreal, em termos terrenos

No capítulo 5, lemos estas palavras: “... eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu...” (v. 5). No verso 6, lemos: “... entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto...”. Obviamente, o Senhor não havia se transformado num animal, num cordeiro, e nem num leão. Ele é aquele que Isaías descreve: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6).
Mas, novamente, acho que todos nós concordamos que uma criança não poderia ser chamada de “Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Sob o ponto de vista intelectual, não faz o menor sentido. Assim, precisamos nos lembrar do que diz 1 Coríntios 2.14-15: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém”.
Não faz sentido presumir que a besta sobre a qual lemos em Apocalipse 13 seja um animal desconhecido que tem sete cabeças e dez chifres.

A besta de sete cabeças

Do mesmo modo, não faz sentido presumir que a besta sobre a qual lemos em Apocalipse 13 seja um animal desconhecido que tem sete cabeças e dez chifres. Se deixarmos essas fantasias entrarem na nossa mente, imaginando a figura de um monstro, teremos dificuldade em entender o significado espiritual realista dessa profecia.
Apocalipse 13 pode ser difícil de entender, mas isso não altera o que está escrito em 2 Timóteo 3.16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. Com essas palavras, temos a garantia da confiabilidade da Bíblia e recebemos instruções para estudar criteriosamente o conteúdo da Bíblia; neste caso, o livro de Apocalipse.

Toda a terra

Em particular, este capítulo se aplica à época em que vivemos por causa das palavras que identificam o globalismo: “toda a terra” (v. 3); “cada tribo, povo, língua e nação” (v. 7); “adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra” (v. 8); “a terra e os seus habitantes” (v. 12). Essas palavras apontam claramente o que está acontecendo em nossos dias. “Toda a terra”significa o mundo inteiro, e essa é a característica do globalismo.
É mais do que evidente que isso não poderia ter acontecido 100 ou 200 anos atrás. Naquela época, seria impossível para o mundo se unir, ser governado por um único líder ou ter um sistema econômico que monopolizasse o planeta Terra. Pensar em uma religião unificada que fizesse com que “todos os que habitam sobre a terra” adorassem a besta era algo completamente fora de cogitação.
O que aconteceria se seus aviões não pudessem voar por cima dos outros países? A interdependência é um resultado natural do avanço tecnológico.

A nova interdependência

Até há pouco tempo, as nações tinham independência. Cada uma delas precisava zelar pela segurança de suas fronteiras e estabelecer novas, na maioria das vezes pelo uso da força. Elas tinham que cuidar de sua economia, finanças e religião, independentes umas das outras. Mas, hoje em dia, isso já não acontece. Praticamente tudo se tornou uma questão global. Tudo o que acontece em outros países, afeta o nosso. A independência foi substituída pela interdependência. O motivo disso é bastante razoável. Por exemplo, para fazer vôos para a Europa, os Estados Unidos tem que pedir permissão ao Canadá para cruzar seu espaço aéreo. Pense só em países interiores, como a Suíça. O que aconteceria se seus aviões não pudessem voar por cima dos outros países? A interdependência é um resultado natural do avanço tecnológico.

Comunicação

A comunicação entre as nações também era limitada. Os países falavam línguas diferentes. A tradução só estava ao alcance das classes superiores. Ninguém sabia realmente o que estava acontecendo no país vizinho. A única informação disponível era aquela fornecida por seus respectivos líderes.
Hoje em dia, podemos nos comunicar com o mundo todo a qualquer hora. Ondas de rádio, telefone, satélites e cabos interconectaram os continentes. Praticamente todas as pessoas podem se comunicar com qualquer um a qualquer hora.

Transporte

Quando lemos na Bíblia sobre uma sociedade política, econômica e religiosa global, compreendemos que só nos nossos dias é que essas coisas são possíveis.
E o que dizer dos transportes? As possibilidades eram bastante limitadas antes de 1900. Os transportes terrestres dependiam da tração animal: cavalo, jumento, camelo, etc. Essa forma de viajar extremamente desconfortável provocava dores nas costas, era muito cansativa e expunha o viajante a grandes perigos. Até mesmo um rei não conseguia percorrer mais do que alguns quilômetros por dia. Além disso, não havia estradas pavimentadas que permitissem uma viagem com um mínimo de conforto. Fora dos vilarejos e cidades, não havia ruas pavimentadas nem rodovias de concreto. As viagens dependiam das condições meteorológicas. Ao tentar ir de um lugar ao outro, o viajante podia ficar retido por vários dias por causa da chuva, por exemplo. As pontes eram poucas. No calor do verão, deveria ser insuportável viajar por aquelas estradas quentes e poeirentas, através de densas florestas, sujeito a todo tipo de perigo a cada curva. Cruzar os oceanos era se arriscar num barquinho de madeira, dependendo dos ventos para se mover e esperando que eles soprassem na direção certa. Histórias sobre as antigas viagens marítimas ficaram registradas para nós no Livro dos Atos. Hoje, podemos praticamente dar a volta ao mundo em 24 horas. Um percurso de 50 km numa cidade não é nada incomum. Muitos fazem isso diariamente.
Portanto, quando lemos na Bíblia sobre uma sociedade política, econômica e religiosa global, compreendemos que só nos nossos dias é que essas coisas são possíveis. Estamos vivendo na época em que essas coisas podem se cumprir.
Espero que esta breve introdução prepare o palco para nosso estudo a respeito desse capítulo singular – Apocalipse 13 – e transmita ao nosso coração a mensagem de que esta é realmente a preparação para a última vitória de Satanás! (Arno Froese -http://www.chamada.com.br)

Extraído do livro Apocalipse 13 - A Última Vitória de Satanás + DVD GRÁTIS

Terremotos no Japão, turbulência nas nações árabes, guerras... Somos bombardeados com notícias negativas a todo instante, o mundo clama por paz. O mundo está pronto para o falso profeta que “seduz os que habitam sobre a 

18 abril 2011

Grupo cristão garante que o mundo vai acabar no dia 21 de maio deste ano


Family Radio usa datas e números da Bíblia para tentar fundamentar a previsão


Evangélicos da Family Radio, grupo dos Estados Unidos com membros em Belo Horizonte (MG), garante que o juízo final está próximo. Os representantes têm rodado o Brasil para divulgar que o fim do mundo será no dia 21 de maio deste ano e não em 2012, conforme profecia popular maia.

Para fundamentar a tese, os membros do grupo usam números e datas da Bíblia. O responsável pelo Family Radio e intérprete da previsão é Harold Camping, que está sendo acusado por cristãos americanos de ser um falso profeta.

Na década de 90 ele chegou a publicar um livro em que mencionava a "alta probabilidade" de Jesus Cristo voltar à Terra em 6 de setembro de 1994. Algumas pessoas chegaram a se reunir em uma cidade da Califórnia para esperar o feito.

Com informações do Estadão
DIÁRIO CATARINENSE
Só uma resposta para essa noticia -Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.Marcos 13:32

22 março 2011

3 perguntas sobre o fim dos tempos


3 Perguntas Sobre o Fim dos Tempos

"Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estais coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores. Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim. Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados. Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grande sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem. Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres" (Mt 24.1-28).
Sobre os acontecimentos dos tempos finais, é recomendável ler também os versículos restantes de Mateus 24 e todo o capítulo 25. A respeito, vamos perguntar-nos:

1. A quem Jesus dirigiu, em primeiro lugar, as palavras de Mateus 24 e 25?

A parábola da figueira é uma representação simbólica da nação judaica.

A resposta é: basicamente aos judeus – e não à Igreja

  • Nessa ocasião a Igreja ainda era um mistério. Somente no Pentecoste ela foi incluída no agir de Deus e, posteriormente, revelada através de Paulo.
  • Portanto, o texto também não está falando do arrebatamento, quando Jesus virá para buscar Sua Igreja, mas trata da volta de Jesus em grande poder e glória para Seu povo Israel, após a Grande Tribulação (Mt 24.29-31). Jesus só falou do arrebatamento mais tarde, pouco antes do Getsêmani, como está registrado em João 14. Até então os discípulos, como judeus, só sabiam da era gloriosa do Messias que viria para Israel (por exemplo, Lucas 17.22-37).
  • Os discípulos a quem Jesus Se dirigiu em Mateus 24 e 25 evidentemente eram judeus. Em minha opinião, eles simbolizam o remanescente judeu fiel, que crerá no Messias no tempo da Grande Tribulação.
  • No sermão profético do Senhor Jesus no Monte das Oliveiras, Ele predisse como será a situação dos judeus no período imediatamente anterior à Sua volta.
  • Falsos profetas e falsos cristos, como são chamados em Mateus 24.5,23,26, representam um perigo para Israel. A Igreja enfrenta outros perigos, pois deve preocupar-se mais com falsos mestres, falsos apóstolos e falsos evangelistas e em discernir os espíritos (2 Co 11.13; 2 Pe 2.1; Gl 1.6-9). Filhos de Deus renascidos pelo Espírito Santo certamente não vão sucumbir às seduções de falsos cristos e cair nesses enganos.
  • O "abominável da desolação" (Mt 24.15) diz respeito claramente à terra judaica, ao templo judaico e aos sacrifícios judeus. Já o profeta Daniel falou a respeito. E Daniel não falava da Igreja, mas de "teu povo... e de tua santa cidade" (Dn 9.24).
  • A frase: "então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes" (Mt 24.16), é bem clara. Trata-se nitidamente da terra de Israel. Pois no Novo Testamento a Igreja de Jesus nunca é conclamada a fugir para os montes.
  • Igualmente o texto que fala do sábado diz respeito aos judeus, aos seus costumes e suas leis (v. 20).
  • Também a parábola da figueira (v. 32) é uma representação simbólica da nação judaica. Do mesmo modo, a expressão "esta geração" (v. 43) aplica-se a Israel.

2. A que época o Senhor se refere em Mateus 24?

A resposta à pergunta anterior nos conduz automaticamente ao tempo em que esses fatos acontecerão. Trata-se da época em que Deus começará a agir novamente com Seu povo Israel de maneira coletiva, levando o povo da Aliança ao seu destino final (v. 3), que é a vinda do seu Messias e o estabelecimento de Seu reino. O centro de todas as profecias de Mateus 24 e 25 é ocupado pelos sete anos que são os últimos da 70ª semana de Daniel (Dn 9.24-27). Devemos estar cientes de que esse período é a consumação do século, o encerramento de uma era, e não apenas o transcorrer de um tempo. O sinal do fim dos tempos é a última semana, a 70ª semana de Daniel.
Coisas espantosas e grandes sinais no céu anunciam a chegada do grande dia da ira do Senhor.
Todos os sinais que o Senhor Jesus predisse em Mateus 24, que conduzirão à Sua vinda visível (v. 30), têm seus paralelos no Apocalipse, nos capítulos de 6 a 19. Mas nessa ocasião a Igreja de Jesus já terá sido arrebatada, guardada da "hora da provação" (Ap 3.10).

Os últimos sete anos – divididos em três etapas (Mt 24.4-28)

1. Os versículos 4-8 descrevem, segundo meu entendimento, a primeira metade da 70ª semana de Daniel. O versículo 8 diz claramente:"porém tudo isto é o princípio das dores".As dores não dizem respeito a uma época qualquer, elas definem especificamente o tempo da Tribulação, comparado na Bíblia "às dores de parto de uma mulher grávida" (1 Ts 5.3; veja também Jr 30.5-7). O princípio das dores são os primeiros três anos e meio da 70ª semana. Assim como existem etapas iniciais e finais nas dores que antecedem um parto, também esses últimos 7 anos dividem-se em duas etapas de três anos e meio. Há um paralelismo e uma concordância quase literal entre Mateus 24.4-8 e Apocalipse 6, onde o Senhor abre os selos de juízo:
  • Falsos cristos (Mt 24.5) – primeiro selo: um falso cristo (Ap 6.1-2).
  • Guerras (Mt 24.6-7) – segundo selo: a paz será tirada da terra (Ap 6.3-4).
  • Fomes (Mt 24.7) – terceiro selo: um cavaleiro montado em um cavalo preto com uma balança em suas mãos (Ap 6.5-6).
  • Terremotos (Mt 24.7), epidemias (Lc 21.11) – quarto selo: um cavaleiro montado em um cavalo amarelo, chamado "Morte" (Ap 6.7-8).
2. Nos versículos 9-28 temos a descrição da Grande Tribulação, ou seja, a segunda metade (três anos e meio) da 70ª semana de Daniel.
  • Nesse tempo muitos morrerão como mártires (Mt 24.9) – quinto selo (Ap 6.9-11).
  • Coisas espantosas e grandes sinais no céu anunciam a chegada do grande dia da ira do Senhor (Lc 21.11) – sexto selo (Ap 6.12-17).
  • Em Israel, muitos trairão uns aos outros (Mt 24.10, veja também Mt 10.21).
  • O engano e a impiedade se alastrarão, o amor esfriará, significando que muitos apostatarão de sua fé (Mt 24.11-12, veja 2 Ts 2.10-11). Quem perseverar até o fim verá a volta do Senhor e entrará no Milênio (Mt 24.13).
  • O Evangelho do Reino será pregado por todo o mundo (v. 14). Ele não deve ser confundido com o Evangelho da graça, anunciado atualmente. O Evangelho do Reino é a mensagem que será transmitida no tempo da Tribulação pelo remanescente e pelos 144.000 selados do povo de Israel, chamando a atenção para a volta de Jesus, que então virá para estabelecer Seu Reino (compare Apocalipse 7 com Mateus 10.16-23).
3. Mateus 24.15 refere-se à metade da 70ª semana de Daniel, o começo dos últimos três anos e meio de tribulação.
A "abominação desoladora" não teve seu cumprimento na destruição do templo em 70 d.C., pois refere-se à afirmação de Daniel, que aponta claramente para o fim dos tempos (Dn 12.1,4,7,9,11).
  • A profecia da "abominação desoladora" de Daniel teve um pré-cumprimento aproximadamente em 150 a.C., na pessoa de Antíoco Epifânio. Daniel 11.31 fala a respeito.
  • A "abominação desoladora" cumpriu-se parcialmente em 70 d.C. através dos romanos, que destruíram o templo.
  • Mas "abominável da desolação" de que Jesus fala em Mateus 24.15 será estabelecido apenas pelo anticristo, vindo a ter seu cumprimento pleno e definitivo na metade dos últimos sete anos (como profetizado em Daniel 12). Essa profecia de Daniel é claramente para o tempo do fim (vv. 4,9), referindo-se a um tempo de tão grande angústia como jamais houve antes (v. 1), que durará "um tempo, dois tempos e metade de um tempo". É dessa Grande Tribulação, desse período de imenso sofrimento e angústia, que Jesus fala em Mateus 24.21 (veja Jr 30.7).
Nos versículos a seguir, de 16 a 28, o Senhor Jesus explica como o remanescente dos judeus deve comportar-se durante a Grande Tribulação:
  • Eles devem fugir (veja Ap 12.6).
  • Esses dias serão abreviados para três anos e meio, para que os escolhidos sejam salvos.
  • Falsos cristos e falsos profetas farão milagres e sinais (veja Ap 13.13-14).
  • Mas então, finalmente, diante dos olhos de todos, o Senhor virá "como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente". Esses dias da ira de Deus (Lc 21.22), ou melhor, esses dias da ira de Deus e do Cordeiro (Ap 6.17), são descritos assim: "Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres" (Mt 24.28). O "cadáver" representa o judaísmo apóstata, afastado de Deus, e o sistema mundial sob a regência do anticristo, no qual reinará a morte e o "hades". Os "abutres" simbolizam o juízo de Deus.
Terremotos, tempestades, inundações e doenças imprevisíveis, além de outros fenômenos e catástrofes da natureza, aumentam dramaticamente.
Como já foi mencionado, não creio que em Mateus 24.15 o Senhor Jesus esteja referindo-se à destruição do templo em 70 d.C., mas penso que Ele está falando do tempo do fim. Ele menciona a destruição do templo e de Jerusalém em Lucas 21, fazendo então a ligação com os tempos finais. Aliás, este é o sentido dos quatro Evangelhos: apresentar ênfases diferenciadas dos relatos. Os Evangelhos tratam da profecia como também nós devemos fazê-lo, manejando bem a palavra da verdade (2 Tm 2.15).
Em Lucas 21.20 e 24 o Senhor diz:"Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles." Isso cumpriu-se em 70 d.C.
Mas Mateus 24 menciona algo que não aparece no Evangelho de Lucas, pois cumprir-se-á apenas nos tempos do fim: "o abominável da desolação" (v. 15).
No Evangelho de Lucas, que trata primeiro da destruição do templo em 70 d.C., está escrito:"...haverá grande aflição na terra" (Lc 21.23) (não está escrito: "grande tribulação"). Mas em Mateus 24, que em primeira linha fala dos tempos do fim, lemos sobre uma "grande tribulação" "como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais" (v. 21). A expressão "grande tribulação" diferencia nitidamente a angústia de 70 d.C. da "grande tribulação" no final dos tempos.
Jesus Cristo não é apenas a esperança para o futuro do mundo, mas a esperança para toda pessoa, para cada um que invocar Seu Nome!

3. Qual é a mensagem desse texto bíblico para nós hoje?

Essa passagem tem forte significado para os crentes de hoje, pois sabemos que os impressionantes acontecimentos da Grande Tribulação lançam suas sombras diante de si e que, por essa razão, o arrebatamento da Igreja deve estar muito próximo.
  • Nosso mundo está muito inquieto. Há conflitos em muitos países e torna-se mais e mais evidente a possibilidade de guerras devastadoras em futuro próximo. Mais de 400.000 cientistas estão atualmente ocupados em melhorar sistemas bélicos ou em desenvolver novos armamentos.
  • Grande parte da humanidade passa fome.
  • Terremotos, tempestades, inundações e doenças imprevisíveis, além de outros fenômenos e catástrofes da natureza, aumentam dramaticamente em progressão geométrica, como as dores de parto da que está para dar à luz.
  • Grande parte dos cristãos é perseguida. Muitos chegam a falar de uma "escalada" nas perseguições nos últimos anos.
  • Também a sedução e o engano através de falsas religiões é comparável a uma avalanche. O clamor pelo "homem forte" torna-se mais audível. Qualquer coisa passa a ser anunciada como "deus" ou "salvador" – e as pessoas agarram-se ansiosas a essas ofertas enganosas. Ao mesmo tempo acontece uma apostasia nunca vista, um crescente afastamento da Bíblia e do Deus vivo.
As dores da Grande Tribulação anunciarão a vinda do Filho do Homem. Não nos encontramos diante do fim do mundo, mas nos aproximamos do fim de nossa era (Mt 24.3). O Filho de Deus não nos trará o fim, mas um novo começo. Jesus Cristo não é apenas a esperança para o futuro do mundo, mas a esperança para toda pessoa, para cada um que invocar Seu Nome! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, setembro de 2000.