17 julho 2022

Pelo menos 237 pessoas morrem por onda de calor na Espanha nesta semana

 


O número de pessoas que morreram de doenças atribuíveis às altas temperaturas na última semana pode aumentar.

Foto: Reprodução

O número de mortos pela onda de calor em curso na Espanha subiu para 237 pessoas, segundo estimativas fornecidas pelo Ministério da Saúde do país.

O número triplicou depois que o Instituto de Saúde Carlos III da Espanha (ISCIII) divulgou novos números de quarta (13) e quinta-feira (14), com 60 e 93 mortes estimadas registradas, respectivamente.

Mais cedo, o Instituto de Saúde Carlos III da Espanha disse que foram registradas 15 mortes no domingo, (10), 28 na segunda-feira (11) e 41 na terça-feira (12).

O número de pessoas que morreram de doenças atribuíveis às altas temperaturas na última semana pode aumentar, já que os números de sexta-feira (15), ainda não foram divulgados.

O Instituto de Saúde alertou que esses números devem aumentar nos próximos dias, à medida que as temperaturas continuam subindo. Após o segundo junho mais quente já registrado, a Europa Ocidental está enfrentando sua segunda onda de calor mais perigosa neste verão.

Em junho, 829 mortes foram registradas na Espanha devido ao calor, segundo o Ministério da Saúde.

Médico anestesista flagrado estuprando grávida em hospital do Rio de Janeiro vira réu

 

BRASILPor Redação O Sul | 16 de julho de 2022

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA:

Giovanni Quintella Bezerra é investigado por, pelo menos, 50 possíveis casos. Ele está preso desde a última segunda-feira (11).

Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, na noite dessa sexta-feira (15), a denúncia do Ministério Público contra o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31 anos. O médico virou réu por estupro de vulnerável, após ser flagrado abusando sexualmente de uma grávida dentro do centro cirúrgico.

Giovanni foi preso em flagrante no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense (RJ), na madrugada da última segunda-feira (11). O caso chocou o País. O médico foi flagrado por câmeras colocando o pênis na boca da gestante em trabalho de parto, após dopá-la.

Ele teve a prisão convertida em preventiva na terça-feira (12).

A denúncia do MP foi apresentada na tarde de sexta-feira e aponta “violação do dever inerente à profissão de médico”.

Seis possíveis vítimas depuseram

Até o momento, a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti já ouviu seis possíveis vítimas do médico. Ao todo, 23 testemunhas já prestaram depoimento.

Dois inquéritos foram abertos pela Polícia Civil do Rio: um deles, que será concluído até a próxima terça-feira (19), investiga o vídeo do estupro, feito por técnicas de enfermagem durante a cirurgia; já o outro apura todas as possíveis vítimas de Giovanni em outros procedimentos.

A Deam já conta com uma listagem com 44 nomes de mulheres que foram atendidas pelo anestesista no Hospital da Mãe, em Mesquita, também na Baixada Fluminense. Os prontuários do Hospital da Mulher, unidade em que foi preso, ainda são aguardados. Há suspeita de que o médico possa ter abusado de 30 vítimas.

 Acidente com voo da TAM que ia do RS para SP e deixou 199 mortos completa 15 anos; veja o que mudou na aviação

COMPARTILHE 

17 jul. 2007 - Corpo de Bombeiros trabalhando na sede da TAM Express, que foi atingida pelo Airbus A320 da TAM, que fazia o voo JJ3054.

Foto: Reprodução

O maior acidente aéreo do País completa 15 anos neste domingo (17). Um Airbus A320 da TAM saído de Porto Alegre não conseguiu pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e se chocou contra um prédio da própria companhia, deixando 199 mortos (sendo 187 no avião e 12 em solo) – 98 pessoas moravam ou nasceram no Rio Grande do Sul.

A tragédia de 2007 teve grande repercussão nacional e internacional. Na época, o Brasil, que seria escolhido poucos meses depois como sede da Copa do Mundo de 2014, atravessava o chamado “caos aéreo” – uma série de problemas que o setor da aviação civil enfrentou desde o ano anterior, quando um Boeing 737 da Gol se chocou com um jato Legacy e caiu na floresta amazônica, deixando 154 mortos.

As ocorrências provocaram uma série de revisões nos procedimentos da aviação comercial brasileira, que, apesar dos acidentes em 2006 e 2007, era considerada uma das mais seguras do mundo. Segundo autoridades e especialistas, entre as principais mudanças estão melhorias na tecnologia, na infraestrutura aeroportuária e nos treinamentos das tripulações.

Desde então, o Brasil teve outros acidentes aéreos, mas nenhuma tragédia de grandes proporções com vítimas fatais na categoria da aviação comercial regular, na qual as companhias comercializam passagens e possuem linhas pré-estabelecidas e com operação constante.

Segundo Roberto Peterka, especialista em segurança de voo, as mudanças realizadas não levam em conta apenas um acidente, mas uma série de ocorrências, inclusive em outros países.

“A investigação conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos [Cenipa] não vai buscar culpados. Ela vai buscar elementos para atuar na prevenção”, diz. As conclusões sobre as causas são divulgadas aos pilotos e às empresas, para que aprendam com eventuais erros e atuem na prevenção.

Segundo o Comando da Aeronáutica, da Força Aérea Brasileira (FAB), “as empresas de transporte aéreo regular estão acompanhando de forma mais criteriosa o desempenho de tripulantes”. “Adicionalmente, os processos de controle dos registros de manutenção das companhias aéreas foram revisados”, afirma.

Outros pontos ressaltados pela FAB são a intensificação do uso de sistemas de treinamento com computador para a capacitação teórica e para verificação da proficiência dos tripulantes, assim como em processos de gerenciamento de segurança.

Peterka ressalta que, atualmente, os pilotos estão mais preparados e acostumados a lidar com a tecnologia. “Até pela própria tecnologia global, os comandantes têm mais facilidade e melhor aprendizado”, pontua.

Adalberto Febeliano, professor e especialista em aviação civil, destaca o amadurecimento e o fortalecimento do corpo técnico da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como um dos fatores positivos para a segurança do ambiente da aviação. Além disso, afirma que houve melhoria da infraestrutura aeroportuária e da infraestrutura de controle de tráfego aéreo.

“Muitas lições foram aprendidas. A aviação brasileira já tinha bons índices de segurança, mas muitas lições foram aprendidas”, pontua.

Mudanças feitas pela Latam

Em nota, a Latam – nome pelo qual a TAM passou a ser chamada em 2016 após a fusão com a chilena LAN – explica que é utilizado atualmente o Electronic Flight Bag (EFB), uma ferramenta que substituiu os manuais de consulta dos pilotos na cabine e que pode ser usada para cálculo de performance de decolagem e pouso das aeronaves.

“Além disso, os pilotos possuem um programa de treinamento em simuladores para estarem preparados para as situações que raramente acontecem em voo, justamente para que estejam treinados a agir em tais situações com rapidez, precisão e segurança”, destaca a empresa.

“Por isso, no treinamento anual, além de diversas outras situações, a Latam tem também a simulação de falha de reversor, treinamento de pouso com falha de reversor em Congonhas com pista molhada e treinamento de Reject Landing, manobra onde o piloto pousa e tem que executar uma arremetida após o toque na pista”, complementa.

O acidente

O Airbus A320, de matrícula PP-MBK, decolou às 17h19 de 17 de julho de 2007 do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Às 18h54, o avião aportava no aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista.

A aeronave tinha 187 pessoas a bordo, sendo 181 passageiros (dois eram crianças de colo) e seis tripulantes em serviço.

As condições meteorológicas naquele dia eram adversas, com tempo chuvoso. No deslocamento entre as duas capitais, houve desvios de rota, mas, até então, o voo acontecia com normalidade. Em Congonhas, outros pilotos já haviam relatado que a pista 35L estava molhada e escorregadia.

Um dos reversores do PP-MBK estava inoperante. Esse mecanismo ajuda na frenagem do avião, mas, via de regra, não é obrigatório que esteja em operação. O especialista Roberto Peterka explica que esse sistema fica posicionado na parte interna do motor. Quando acionado, empurra o ar para frente, contribuindo para diminuir a velocidade na pista.

Após o toque em solo, a manete de aceleração de um dos motores estava em posição de reverso. A manete do outro motor estava na posição “climb” (em português, subida) – que, normalmente, deve ser usada após a decolagem, até atingir o nível de cruzeiro.

Com um dos motores acelerados, os chamados ground spoilers não foram acionados, o que também comprometeu a frenagem. Esses sistemas são superfícies aerodinâmicas localizadas nas asas, cuja função é diminuir a velocidade e reduzir a sustentação sobre as asas após o pouso.

Com um dos motores acelerando e o outro reduzindo, o avião foi direcionado para a esquerda. O Airbus foi em direção à lateral esquerda da pista, saiu do aeroporto e atravessou a avenida Washington Luís. Na sequência, bateu no prédio da TAM Express, empresa de cargas da própria companhia.

O edifício sofreu danos estruturais, que posteriormente determinaram sua demolição. Um posto de combustíveis que ficava ao lado também foi atingido, tendo sua loja de conveniência e alguns veículos que estavam estacionados destruídos.

Condições da aeronave

Segundo relatório do Cenipa, o órgão de investigações do Comando da Aeronáutica, o reversor do motor número 2 foi desativado pela manutenção no dia 13 de julho de 2007 devido a um vazamento no atuador interior.

A aeronave foi liberada conforme procedimento do Minimum Equipment List (MEL, Lista de Equipamento Mínimo, em português), que permitia sua operação sem nenhum reversor ativo. A exceção seria para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em que todos os reversores devem estar em funcionamento.

Foram realizadas análises no gravador de voz do cockpit